sábado, 6 de junho de 2015

Agressor fascista de haitiano é bandido



Por Altamiro Borges

Os grupos da extrema-direita nativa começam a produzir cenas execráveis, que mereceriam enérgica resposta dos poderes públicos. Na semana passada, um sujeito em trajes militares ameaçou um jovem haitiano durante seu trabalho como frentista de um posto de gasolina de Canoas (RS). Ele mesmo fez questão de postar o vídeo acima na internet. Xenófobo e racista, ele acusa o governo “comunista” de Dilma Rousseff de tirar o emprego de brasileiros para beneficiar os imigrantes. Ele também questiona o haitiano sobre treinamento militar. De imediato, a identidade do agressor fascista foi descoberta. Trata-se de Daniel Barbosa. Agora, a Rádio Guaíba informa que o sujeito é um marginal, com várias passagens pela polícia gaúcha.

Motivações do FBI para investigar a Fifa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A hipótese de que nem todas as motivações do FBI para investigar a FIFA sejam legítimas nem louváveis não deve surpreender a ninguém. O FBI funciona como uma polícia secreta do governo norte-americano, funciona para servir a seus interesses e tem um currículo nem sempre admirável.

Por exemplo: a investigação que deu origem a renuncia do presidente Richard Nixon, em 1974. teve um dirigente do FBI, Mark Felt, como a principal fonte dos repórteres Bob Woodward e Carl Bernestein, do Washington Post. Felt foi preterido na luta interna por promoções, ficou inconformado e decidiu vingar-se do governo Nixon. Suas análises e informações abriram o caminho para que as investigações chegassem ao Salão Oval da Casa Branca, o que levou Nixon a renúncia para evitar o impeachment.

O catastrofismo, via para a catástrofe

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

- Seguir no labirinto ou jogar tudo pela janela? O falso dilema.

Quando a história nos coloca dilemas difíceis de resolver, o catastrofismo é um bom consolo: tudo vai para o pior dos mundos. Ou mudamos tudo radicalmente, abandonando tudo o que foi feito até aqui ou despencaremos inevitavelmente no abismo que nos aguarda ali na esquina.

Passeata da UNE contra corte na educação

Do site da UNE:

Com o tema “Que os ricos paguem pela crise: nenhum centavo a menos para a educação”, o ato reuniu forças do movimento estudantil numa reivindicação pela implementação dos 10% do PIB para o setor e em repúdio à redução de verbas motivada pelo ajuste fiscal.

Na saída da marcha, na Praça Universitária, a primeira fila veio com chuva de confetes e serpentinas. Os diversos estandartes, a favor da reforma política democrática, pela regulamentação da mídia ou contra a redução da maioridade penal, desenhavam a imagem de um carnaval de luta.

Mídia usa Jefferson de bucha de canhão

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A Folha publica hoje, ao lado de um anúncio pró-impeachment da presidenta, uma entrevista exclusiva com Roberto Jefferson.

Não é bem uma entrevista. É antes um palanque para Jefferson. A mídia usa o ex-presidente do PTB, mais uma vez, como bucha de canhão para atacar o PT.

É preciso reagir aos nazistas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Comecei muito mal o dia, lendo o Diário do Centro do Mundo. Não pelo site, obvio, que é muito bom, mas pela matéria – com o vídeo que reproduzo ao final com um imbecil que, estupidamente, vai provocar e humilhar um frentista de posto de gasolina que abastece um carro, em Porto Alegre.

A razão? O trabalhador é haitiano.

Os mistérios de Ronaldo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Por conta de um comercial de cigarros, Gerson, o canhotinha de ouro, ganhou a fama de pretender levar vantagem em tudo. Sem nunca ter cometido a imprudência de revelar seu caráter em comerciais chulos, Ronaldo, o Fenômeno, tornou-se a expressão mais completa da esperteza futebolística.

Não se sabe até onde irão as investigações do FBI sobre a corrupção no futebol. Mas há grande probabilidade de que a longa mão da lei norte-americana o alcance.

Beto Richa e a covardia da 'Folha'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na última quinta-feira, a Folha de São Paulo publicou longa entrevista do governador paranaense, Beto Richa, concedida após almoço entre este e a direção do jornal. Durante mais de trinta minutos, o entrevistado dominou as três entrevistadoras, distorceu fatos e mentiu com absoluta tranquilidade, sem ser questionado uma única vez.

Banco dos Brics incomoda EUA e Europa

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Senado Federal aprovou, esta semana, a constituição do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado Banco dos Brics, formado pelos governos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com capital final previsto de 100 bilhões de dólares. A Câmara dos Deputados já havia dado sua autorização para a participação do Brasil no projeto, além da constituição de um fundo de reservas para empréstimos multilaterais de emergência também no valor de 100 bilhões de dólares.

A imprensa quer o colinho do Estado

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O Globo aborda, na edição de sexta-feira (5/6), na sua editoria de Opinião, a questão da exigência do diploma específico para o exercício da profissão de jornalista. A posição do jornal (ver aqui), coincidente com a de todas as grandes empresas de comunicação do país, é a mesma que levou o Supremo Tribunal Federal a extinguir a regulamentação da atividade jornalística, em 2009.

Ninguém se entende no PSDB

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, dois tucanos de alta plumagem confessaram o que muita gente já sabia. O PSDB está totalmente perdido, sem rumo. O decrépito Alberto Goldman, vice-presidente da legenda e ex-governador por alguns dias de São Paulo, foi o primeiro a reconhecer a tragédia. “Nós não temos um projeto para o país”, afirmou no final de maio. Na sequência, um dos fundadores da sigla, o ex-deputado Arnaldo Madeira, disse estar decepcionado com as posições da cúpula tucana. “Está difícil entender o partido. Em vez de defender conceitos, estamos fazendo uma oposição igual a que o PT fazia contra nós. Agora só falta o PSDB votar contra a Lei de Responsabilidade Fiscal”, desabafou, ao criticar o voto da legenda contra o fator previdenciário e a reeleição.

J. Hawilla grampeou a famiglia Marinho?

Por Altamiro Borges

Os três filhos de Roberto Marinho – que, segundo o afiado blogueiro Paulo Henrique Amorim, não têm nome próprio – devem estar preocupados. Uma nova descoberta nas investigações do escândalo de corrupção da Fifa deve tirar o sono dos bilionários herdeiros. Segundo o noticiário internacional, J. Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic e afiliado da Rede Globo, utilizou grampos telefônicos desde 2013 como parte do acordo firmado com o Departamento de Justiça dos EUA para apurar o esquema de corrupção no futebol e aliviar a sua pena.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

'Ronalducho', o fenômeno do oportunismo

Por Altamiro Borges

O ex-craque Ronaldo – que José Simão apelidou carinhosamente de "Ronalducho" – é realmente um fenômeno. Fenômeno do oportunismo e do cinismo! Como centenas de fotos e vídeos comprovam, o jogador sempre manteve íntimas relações com os chefões da Fifa e da CBF. Na Copa do Mundo do ano passado, ele inclusive foi presenteado pelos dois organismos com o cargo de chefão do Comitê Organizador Local – o que lhe rendeu muita grana em anúncios publicitários. Segundo o fofoqueiro Lauro Jardim, da "Veja", a sua proximidade com os cartolas do futebol era tanta que ele alugou seu apartamento de cobertura na praia do Leblon (RJ) para Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, pela modesta quantia de R$ 150 mil mensais. 

O mercado é mesmo bom?

Por Luis Felipe Miguel, no Blog da Boitempo:

Há um elemento comum, nas manifestações recentes da direita brasileira – e não só brasileira: o discurso de que o Estado deve recuar e o mercado deve regular uma porção maior das interações humanas. Enquanto o Estado premiaria os “preguiçosos” por meio de suas políticas sociais, o mercado daria a cada um a recompensa justa pelo seu esforço. É o que diziam as faixas, nas manifestações de março e abril, que reivindicavam o direito daqueles que “trabalharam muito” a se dessolidarizar dos pobres e marginalizados. Por vezes, como quando denuncia as cotas nas universidades, este discurso ainda é tingido por um racismo indisfarçável.

Estatais e parlamentarismo de achaque

Por Davidson Magalhães

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB, apresentaram nesta semana um anteprojeto de lei que dispõe sobre a responsabilidade na gestão empresarial das sociedades de economia mista e empresas públicas no âmbito da União.

Trata-se de um anteprojeto que se aproveita da crise desencadeada pela seletiva Operação Lava Jato. A pretexto de dar transparência e buscar eficiência na gestão das empresas estatais é mais uma iniciativa legislativa lesiva aos interesses nacionais. E o seu principal alvo é a Petrobras.

Ricos devem pagar pelo ajuste fiscal

Por Pedro Rafael Vilela, no jornal Brasil de Fato:

Na última semana, o governo federal conseguiu aprovar boa parte das medidas de ajuste fiscal no Congresso, que incluíram regras mais duras para concessão de direitos trabalhistas e previdenciários, como o acesso à pensão por morte e ao seguro-desemprego. Agora, cresce a pressão para que os setores mais ricos do país também assumam uma parte significativa do arrocho nas contas públicas, o que até agora não ocorreu. Por causa disso, ganhou força novamente a proposta de regulamentação do imposto sobre grandes fortunas (IGF). Esse imposto é um dos sete tributos previstos na Constituição Federal de 1988, mas o único que até hoje não foi regulamentado.

Editora Abril agoniza em praça pública

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em 1989, a revista Veja deu uma capa que provocou uma barulhenta polêmica.

Cazuza estava morrendo de AIDS, e seu emagrecimento avassalador vinha sendo acompanhado por todos em fotos. Na etapa final, Cazuza parecia uma caveira.

A capa da Veja estampava Cazuza na etapa final com a seguinte chamada: agonia em praça pública.

A Espanha das ruas às urnas: e agora?

Por Lucia Nader, na revista CartaCapital:

Há uma semana a Espanha acordou caminhando à esquerda. Ada Colau foi eleita prefeita de Barcelona e, em Madri, Manuela Carmena foi a segunda colocada e deve ser a prefeita de fato. Ada é ativista antidespejo e uma das protagonistas do movimento 15M e dos protestos de 2011, que fizeram tremer as praças espanholas. Manuela é ex-juíza e defensora dos direitos humanos desde a luta contra a ditadura franquista. As duas representam uma renovação na política espanhola e trazem ao poder o eco das vozes que tomaram as ruas do País há 4 anos. Trazem também um ar fresco para as eleições gerais que acontecerão em novembro e a um mundo descrente na política.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Racismo, mídia e a carta de Porto Alegre

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

A mídia brasileira tem de nacional apenas o fato de que seus proprietários, por um acaso, nasceram aqui, mas a mentalidade é colonial. E assim, nas TVs, na publicidade, nos filmes, o padrão físico dominante deve seguir um modelo europeu, que retrata pobremente as multifacetadas e maravilhosas belezas do Brasil e da América Latina, pois tudo passa pelo filtro de uma visão de mundo burguesa e elitista.

Jornal para quem pode pagar

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O 67º Congresso da Associação Mundial de Jornais e Editores, realizada nos últimos dias em Washington, termina com uma recomendação que representa uma espécie de rendição sem honra das empresas jornalísticas à nova realidade digital. Basicamente, trata-se de transformar o jornal impresso em um produto mais caro, dirigido a uma elite de leitores, e tentar competir no ambiente virtual com ênfase na imagem, e não mais no texto.