sexta-feira, 27 de abril de 2018
Boechat e a misoginia nossa de cada dia
Por Nathalí Macedo, no blog Diário do Centro do Mundo:
Em mais uma demonstração de seu jornalismo opinativo duvidoso, Ricardo Boechat não fez questão de esconder a misoginia ao comentar a proibição de visitas ao ex-presidente Lula, determinada pela juíza Carolina Moura Lebbos – que, aliás, concedeu liberdade condicional a Pedro Barusco, ex-executivo da Petrobras e condenado a 18 anos em regime fechado, dispensando até a tornozeleira eletrônica.
Rigidez seletiva: a gente vê por aqui.
Rigidez seletiva: a gente vê por aqui.
A mais longeva ditadura de nossa história
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Completaram-se, no último 1º de abril, 54 anos da implantação da mais longeva ditadura de nossa história, com todo o seu acervo de tragédias sociais e individuais, e profundo atraso político. Suas consequências ainda se fazem sentir, pois estão na raiz dos dramas de nossos dias, cujo desfecho não podemos divisar: em alguns momentos a ‘luz no fim do túnel’ nos enche de esperanças; noutros sugere um trem na contramão.
Completaram-se, no último 1º de abril, 54 anos da implantação da mais longeva ditadura de nossa história, com todo o seu acervo de tragédias sociais e individuais, e profundo atraso político. Suas consequências ainda se fazem sentir, pois estão na raiz dos dramas de nossos dias, cujo desfecho não podemos divisar: em alguns momentos a ‘luz no fim do túnel’ nos enche de esperanças; noutros sugere um trem na contramão.
Clima de horror contra a Eletrobras
Editorial do site Vermelho:
A pressa do presidente usurpador Michel Temer em entregar a Eletrobras para o grande capital privado, sobretudo estrangeiro, move uma tentativa de negociata com ingredientes semelhantes àqueles que quase sempre foram cometidos em iguais atentados contra a economia brasileira, o Estado nacional e a soberania do país.
A pressa do presidente usurpador Michel Temer em entregar a Eletrobras para o grande capital privado, sobretudo estrangeiro, move uma tentativa de negociata com ingredientes semelhantes àqueles que quase sempre foram cometidos em iguais atentados contra a economia brasileira, o Estado nacional e a soberania do país.
Metrô já registrou 57 falhas graves em 2018
Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
No dia em que completou 50 anos, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) registou a 57ª falha grave – chamada oficialmente de "incidente notável', quando a circulação é afetada por mais de 5 minutos – ocorrida este ano. Em apenas quatro meses, esse tipo de falha já superou metade do número total de incidentes notáveis ocorridos em 2017, quando foram registradas 102 ocorrências do tipo. Na terça, a linha 1-Azul (Jabaquara/Tucuruvi) chegou a ser totalmente fechada pela manhã, com reflexos e lentidão atingindo também as linhas 2-Verde (Vila Prudente/Vila Madalena) e 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera/Palmeiras-Barra Funda).
Economia mexicana: lições para o Brasil?
Por Nathalie Marins, no site Brasil Debate:
Muitos economistas acreditam que políticas liberalizantes e de ampliação do grau de abertura comercial e financeira resultam, necessariamente, em maior crescimento econômico. No Brasil, por exemplo, esta visão respalda o argumento de que o excessivo intervencionismo estatal e o grau de abertura internacional (visto como insuficiente) são entraves ao crescimento e ao desenvolvimento econômico. Contudo, se assim fosse, o “modelo mexicano” estaria destinado a ser o garoto-propaganda desta visão.
Muitos economistas acreditam que políticas liberalizantes e de ampliação do grau de abertura comercial e financeira resultam, necessariamente, em maior crescimento econômico. No Brasil, por exemplo, esta visão respalda o argumento de que o excessivo intervencionismo estatal e o grau de abertura internacional (visto como insuficiente) são entraves ao crescimento e ao desenvolvimento econômico. Contudo, se assim fosse, o “modelo mexicano” estaria destinado a ser o garoto-propaganda desta visão.
Educação é direito e não mercadoria
Por Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:
No último dia 17 de abril o Senado aprovou um empréstimo do governo federal no valor de US$ 250 milhões do Banco Mundial para financiar ações do novo ensino médio brasileiro. A aplicação do recurso tem previsão de cinco anos e ele será destinado a fundações ligadas a empresas e bancos, que deverão coordenar a capacitação de gestores públicos para a implementação dos novos currículos – os itinerários formativos – atualmente em fase de discussão.
Os empréstimos não obtiveram grande repercussão, não viraram notícia, por assim dizer. Mas deveriam.
No último dia 17 de abril o Senado aprovou um empréstimo do governo federal no valor de US$ 250 milhões do Banco Mundial para financiar ações do novo ensino médio brasileiro. A aplicação do recurso tem previsão de cinco anos e ele será destinado a fundações ligadas a empresas e bancos, que deverão coordenar a capacitação de gestores públicos para a implementação dos novos currículos – os itinerários formativos – atualmente em fase de discussão.
Os empréstimos não obtiveram grande repercussão, não viraram notícia, por assim dizer. Mas deveriam.
Os descaminhos da globalização
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:
CartaCapital nasceu em 1994, ano do Plano Real, com o mundo e o Brasil em êxtase desde os 80 com as pregações da nova economia. Crises financeiras fustigaram o Japão em 1989, o México em 1994, iriam abalar a Ásia em 1997 e o Brasil em 1999, mas, na visão de muitos, a economia global vivia os confortos da “Grande Moderação”.
Essa senhora exibiu seus brilhos nos 90 e chegou ao narcisismo autocongratulatório na primeira década do Terceiro Milênio. A “Grande Moderação” alimentava certezas pacificadoras que garantiam o caráter benfazejo da globalização e de seus frutos sociais, bons para todos. Eram celebrados os benefícios da abertura comercial e da liberalização das contas de capital.
Essa senhora exibiu seus brilhos nos 90 e chegou ao narcisismo autocongratulatório na primeira década do Terceiro Milênio. A “Grande Moderação” alimentava certezas pacificadoras que garantiam o caráter benfazejo da globalização e de seus frutos sociais, bons para todos. Eram celebrados os benefícios da abertura comercial e da liberalização das contas de capital.
Lava-Jato e o jornalismo de guerra da Globo
A decisão do stf abre caminho para a nulidade não só do processo do sítio de Atibaia, como também para a anulação da farsa do tríplex armada por Moro, Dallagnol e Globo para perseguir, condenar e prender Lula.
As razões para isso são robustas: [1] se houvesse crime, a jurisdição para julgamento seria a justiça federal de São Paulo, nunca a de Curitiba; e, [2] em caso de processo penal, deveria ser observado o juiz natural do caso, princípio constitucional que excluiria Sérgio Moro da condução dos casos.
A “xepa” de Antonio Palocci
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Alguém acredita que a Procuradoria Geral da República teria recusado a delação de Antonio Palocci se esta contivesse indícios minimamente críveis contra o ex-presidente Lula?
Como, se Lula é a obsessão de nove entre dez procuradores que se acham designados por Deus para dar fim ao “lulopetismo que desgraça o Brasil”?
Palloci, rejeitado pelas “forças-tarefa” de Dallagnol e de Janot baixou a rebotalho de delegados e agentes policias para negociar uma delação que, a esta altura, só “vale” pelo que puder produzir com frases de efeito como aquela do “pacto de sangue” com Emílio Odebrecht.
Alguém acredita que a Procuradoria Geral da República teria recusado a delação de Antonio Palocci se esta contivesse indícios minimamente críveis contra o ex-presidente Lula?
Como, se Lula é a obsessão de nove entre dez procuradores que se acham designados por Deus para dar fim ao “lulopetismo que desgraça o Brasil”?
Palloci, rejeitado pelas “forças-tarefa” de Dallagnol e de Janot baixou a rebotalho de delegados e agentes policias para negociar uma delação que, a esta altura, só “vale” pelo que puder produzir com frases de efeito como aquela do “pacto de sangue” com Emílio Odebrecht.
Aécio fez Joesley pagar compra de jornal
Por Aloísio Morais, no site Jornalistas Livres:
Não há como negar, boleto para pagamento do IPTU obtido pelos Jornalistas Livres comprova que realmente a J&F, a holding de Joesley Batista, pagou a compra do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, a pedido do senador Aécio Neves. Isso é mais uma prova de que o senador Romero Jucá, do MDB, sabia mesmo muito bem do que dizia quando se referiu ao colega mineiro como o “primeiro a ser comido”, durante diálogo telefônico com o ex-presidente do PSDB e ex-senador Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
Não há como negar, boleto para pagamento do IPTU obtido pelos Jornalistas Livres comprova que realmente a J&F, a holding de Joesley Batista, pagou a compra do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, a pedido do senador Aécio Neves. Isso é mais uma prova de que o senador Romero Jucá, do MDB, sabia mesmo muito bem do que dizia quando se referiu ao colega mineiro como o “primeiro a ser comido”, durante diálogo telefônico com o ex-presidente do PSDB e ex-senador Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
Liberdade de Lula terá de ser obtida na luta
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O contra-ataque selvagem dos sentinelas da Lava Jato na mídia para condenar a decisão da 2a Turma do STF que retirou as delações premiadas de executivos da Odebrecht da guarda de Sérgio Moro para enviá-las a São Paulo é mais grave do parece.
Representa uma tentativa de definir um novo limite, ainda mais estreito, para o espaço de liberdade que pode ser usufruído por Lula - e, através dele, pelo PT, pelos movimentos sociais e dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras que se opõem ao projeto anti-nacional em curso desde o trágico abril de 2016.
Representa uma tentativa de definir um novo limite, ainda mais estreito, para o espaço de liberdade que pode ser usufruído por Lula - e, através dele, pelo PT, pelos movimentos sociais e dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras que se opõem ao projeto anti-nacional em curso desde o trágico abril de 2016.
quinta-feira, 26 de abril de 2018
O desastre da nova legislação trabalhista
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
A economia é uma engrenagem complexa, similar a um jogo do xadrez, no qual a mudança de uma peça mexe com o equilíbrio das demais.
Aprovada no governo Castello Branco, a legislação trabalhista em vigor garantia não apenas os direitos do trabalhador, mas um complexo e eficiente sistema de arrecadação de tributos – através do desconto na folha -, e de financiamento da infraestrutura – especialmente saneamento e habitação popular.
A economia é uma engrenagem complexa, similar a um jogo do xadrez, no qual a mudança de uma peça mexe com o equilíbrio das demais.
Aprovada no governo Castello Branco, a legislação trabalhista em vigor garantia não apenas os direitos do trabalhador, mas um complexo e eficiente sistema de arrecadação de tributos – através do desconto na folha -, e de financiamento da infraestrutura – especialmente saneamento e habitação popular.
A principal opção da esquerda consequente
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:
O Brasil está sob o domínio ditatorial, apesar da aparência de normalidade jurídica e constitucional. Malgrado as contradições, cada um com seu papel, são responsáveis por essa ditadura o governo do presidente ilegítimo, o presidente da Câmara, setores do Poder Judiciario, do Ministério Público, a Polícia Federal e a Mídia, sob hegemonia da Globo.
O Brasil está sob o domínio ditatorial, apesar da aparência de normalidade jurídica e constitucional. Malgrado as contradições, cada um com seu papel, são responsáveis por essa ditadura o governo do presidente ilegítimo, o presidente da Câmara, setores do Poder Judiciario, do Ministério Público, a Polícia Federal e a Mídia, sob hegemonia da Globo.
Sobre a ‘delação’ de Palocci
Do site de Dilma Rousseff:
A propósito da notícia veiculada no jornal “O Globo”, nesta quinta-feira, 26 de abril, informando que o senhor Antonio Palocci teria assinado acordo de delação premiada com a Polícia Federal, a assessoria de imprensa de Dilma Rousseff esclarece:
1. O senhor Antonio Palocci volta a mentir ao dizer que teria participado de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o então presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, ocorrida em “meados de 2010”, no Palácio da Alvorada, para falar de financiamento de campanha. Essa reunião nunca existiu.
A propósito da notícia veiculada no jornal “O Globo”, nesta quinta-feira, 26 de abril, informando que o senhor Antonio Palocci teria assinado acordo de delação premiada com a Polícia Federal, a assessoria de imprensa de Dilma Rousseff esclarece:
1. O senhor Antonio Palocci volta a mentir ao dizer que teria participado de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o então presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, ocorrida em “meados de 2010”, no Palácio da Alvorada, para falar de financiamento de campanha. Essa reunião nunca existiu.
Desemprego e miséria na SP dos tucanos
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Novos números sobre os índices de desemprego e de extrema pobreza na Grande São Paulo mostram o resultado das duas décadas de reinado dos “gestores” tucanos, uma realidade bem diferente da propaganda oficial que inunda as emissoras neste período de pré-campanha eleitoral.
Com o eterno e agora ex-governador Geraldo Alckmin candidato a presidente pela segunda vez, e o ex-prefeito João Doria, que ficou apenas 15 meses no cargo, candidato a governador, as estatísticas são alarmantes no Estado mais rico do país:
Eduardo Azeredo e a vacina vencida
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Não faltará quem aponte a condenação do ex-governador tucano Eduardo Azeredo pela segunda instância em Minas como prova de que a Justiça bate dos dois lados, e não apenas no PT. Mas o que ela verdadeiramente expressa é o quanto a Justiça, no trato de réus políticos, foi seletiva até aqui, usando pesos e relógios diferentes. O julgamento de ontem aconteceu 20 anos depois do cometimento dos crimes pelos quais foi ele condenado, e 11 anos após a apresentação da denúncia, numa lentidão que contrasta com a celeridade do processo contra o ex-presidente Lula.
Não faltará quem aponte a condenação do ex-governador tucano Eduardo Azeredo pela segunda instância em Minas como prova de que a Justiça bate dos dois lados, e não apenas no PT. Mas o que ela verdadeiramente expressa é o quanto a Justiça, no trato de réus políticos, foi seletiva até aqui, usando pesos e relógios diferentes. O julgamento de ontem aconteceu 20 anos depois do cometimento dos crimes pelos quais foi ele condenado, e 11 anos após a apresentação da denúncia, numa lentidão que contrasta com a celeridade do processo contra o ex-presidente Lula.
As eleições de 2018 e a economia
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
A única certeza que se pode ter a respeito do quadro eleitoral de outubro próximo é uma profunda incerteza que paira a seu respeito. Longe de ser mero trocadilho com propósito retórico, o fato é que o cenário segue bastante indefinido e as alternativas possíveis que se colocam como desdobramentos da situação atual são inúmeras.
O primeiro elemento a se considerar refere-se à realização mesma das eleições daqui a seis meses. Afinal não é de todo desprovida de sentido a indagação a respeito das razões que levaram ao golpeachment para depois eventualmente devolver o poder às forças políticas que estavam envolvidas com aquele projeto de País que foi abortado. A estratégia de retirar Dilma do Palácio do Planalto para depois resolver os problemas do Brasil fracassou a olhos nus. Cabe ficarmos alertas e atentos para evitar esse novo golpe no golpe.
A única certeza que se pode ter a respeito do quadro eleitoral de outubro próximo é uma profunda incerteza que paira a seu respeito. Longe de ser mero trocadilho com propósito retórico, o fato é que o cenário segue bastante indefinido e as alternativas possíveis que se colocam como desdobramentos da situação atual são inúmeras.
O primeiro elemento a se considerar refere-se à realização mesma das eleições daqui a seis meses. Afinal não é de todo desprovida de sentido a indagação a respeito das razões que levaram ao golpeachment para depois eventualmente devolver o poder às forças políticas que estavam envolvidas com aquele projeto de País que foi abortado. A estratégia de retirar Dilma do Palácio do Planalto para depois resolver os problemas do Brasil fracassou a olhos nus. Cabe ficarmos alertas e atentos para evitar esse novo golpe no golpe.
Extrema-direita domina o Facebook
Do site Manchetômetro:
Entre os dias 10 e 17 de abril de 2018, as 41 páginas que monitoramos publicaram 7.159 posts, que geraram 5.983.227 compartilhamentos. As páginas que mais postaram esta semana foram: UOL (491 posts), Juiz Sergio Moro – o Brasil está com você (448 posts) e VEJA (445 posts).
Tabela 1: 10 posts mais compartilhados da semana (10/4/2018 a 17/4/2018)
Entre os dias 10 e 17 de abril de 2018, as 41 páginas que monitoramos publicaram 7.159 posts, que geraram 5.983.227 compartilhamentos. As páginas que mais postaram esta semana foram: UOL (491 posts), Juiz Sergio Moro – o Brasil está com você (448 posts) e VEJA (445 posts).
Tabela 1: 10 posts mais compartilhados da semana (10/4/2018 a 17/4/2018)
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