terça-feira, 23 de março de 2021
Deu bug no Datafolha ou foi algo pior?
Por Renato Rovai, na revista Fórum:
Na terça-feira, dia 16, à noite fomos surpreendidos com o anúncio de que o Datafolha tinha nova pesquisa para divulgar.
A gente ajustava os gráficos da 8ª Pesquisa Fórum e não pensávamos em soltar de cara a pergunta sobre intenção de votos.
Primeiro íamos dar uma esquentada nas expectativas dos leitores. Sim, amigos, esse recurso também faz parte do jogo jornalístico.
A ideia era divulgar primeiro a popularidade de Bolsonaro, seu índice de ótimo e bom, e como a população avalia sua gestão da pandemia.
Pulamos essa parte e na quarta, dia 17, às 7h31, Fórum divulgava o resultado do cenário eleitoral da pesquisa feita em parceria com a Offerwise, um dos maiores institutos do mundo com mais de 15 anos de experiência no setor de pesquisa de mercado e atuação em 22 países.
Na terça-feira, dia 16, à noite fomos surpreendidos com o anúncio de que o Datafolha tinha nova pesquisa para divulgar.
A gente ajustava os gráficos da 8ª Pesquisa Fórum e não pensávamos em soltar de cara a pergunta sobre intenção de votos.
Primeiro íamos dar uma esquentada nas expectativas dos leitores. Sim, amigos, esse recurso também faz parte do jogo jornalístico.
A ideia era divulgar primeiro a popularidade de Bolsonaro, seu índice de ótimo e bom, e como a população avalia sua gestão da pandemia.
Pulamos essa parte e na quarta, dia 17, às 7h31, Fórum divulgava o resultado do cenário eleitoral da pesquisa feita em parceria com a Offerwise, um dos maiores institutos do mundo com mais de 15 anos de experiência no setor de pesquisa de mercado e atuação em 22 países.
Profissionais de saúde no limite da exaustão
Da Rede Brasil Atual:
Há mais de um ano atuando na linha de frente contra a covid-19, os profissionais da saúde do país estão no limite da exaustão. É o que revela um amplo levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre as Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19. De acordo com a pesquisa, divulgada neste domingo (21), 95% desses trabalhadores tiveram suas vidas bastante alteradas de modo significativo pela pandemia do novo coronavírus.
Há mais de um ano atuando na linha de frente contra a covid-19, os profissionais da saúde do país estão no limite da exaustão. É o que revela um amplo levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre as Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19. De acordo com a pesquisa, divulgada neste domingo (21), 95% desses trabalhadores tiveram suas vidas bastante alteradas de modo significativo pela pandemia do novo coronavírus.
STF decide: Moro é um juiz parcial
Por Fernando Brito, em seu blog:
Foi como capítulo final de novela, com uma reviravolta no final, com a mudança do voto da ministra Cármem Lúcia que acabou a novela Lula.
Moro é, agora, por decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, um juiz parcial em relação a Lula e, portanto, não só suas sentenças são mulas como também são nulas as decisões e providências determinadas ao longo do processo que ficou conhecido como o do triplex do Guarujá.
Fachin segue ainda no seu chororô, porque Fachin é, tanto quanto o ex-juiz de Curitiba, um magistrado de um nota só: condenar Lula.
Ele joga no terrorismo de uma completa anulação da Lava Jato para, assim, conseguir simpatia a Moro, mesmo quando fala que os diálogos revelados pela Operação Spoofing “são graves e precisam ser apurados”.
Foi como capítulo final de novela, com uma reviravolta no final, com a mudança do voto da ministra Cármem Lúcia que acabou a novela Lula.
Moro é, agora, por decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, um juiz parcial em relação a Lula e, portanto, não só suas sentenças são mulas como também são nulas as decisões e providências determinadas ao longo do processo que ficou conhecido como o do triplex do Guarujá.
Fachin segue ainda no seu chororô, porque Fachin é, tanto quanto o ex-juiz de Curitiba, um magistrado de um nota só: condenar Lula.
Ele joga no terrorismo de uma completa anulação da Lava Jato para, assim, conseguir simpatia a Moro, mesmo quando fala que os diálogos revelados pela Operação Spoofing “são graves e precisam ser apurados”.
É urgente conter autoritarismo bolsonarista
Charge: Rodrigo Yakota |
Nos últimos tempos tem aumentado a quantidade de ações da Polícia Federal (PF) para perseguir pessoas que se manifestam contra Bolsonaro, tendo por base a Lei de Segurança Nacional, entulho autoritário da ditadura militar. São ações em sintonia com manifestações de bolsonaristas que pedem intervenção militar e defendem o fechamento de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
O desmascaramento de um juiz parcial
Por Juca Kfouri
Antipática a prática do "eu já sabia". Mas, às vezes, necessária.
Tenho, no entanto, a felicidade de, na primeira foto que vi de Sergio Moro, de paletó, camisa e gravata pretas, ter escrito na "Folha de S.Paulo", que desconfiava do estilo mais para justiceiro do que para juiz.
Nem os de futebol se vestem mais de preto, escrevi.
Um amigo até pediu que eu fosse mais cauteloso, porque a sociedade toda estava entusiasmada com o então juiz — que virou ministro da Justiça e hoje advoga para empresas que levou à quebradeira.
Antipática a prática do "eu já sabia". Mas, às vezes, necessária.
Tenho, no entanto, a felicidade de, na primeira foto que vi de Sergio Moro, de paletó, camisa e gravata pretas, ter escrito na "Folha de S.Paulo", que desconfiava do estilo mais para justiceiro do que para juiz.
Nem os de futebol se vestem mais de preto, escrevi.
Um amigo até pediu que eu fosse mais cauteloso, porque a sociedade toda estava entusiasmada com o então juiz — que virou ministro da Justiça e hoje advoga para empresas que levou à quebradeira.
O andamento de sua atuação com investigador, julgador, sentenciador e carcereiro demonstrou claramente quem é.
E a frase de Jair Bolsonaro, em 8 de novembro de 2019, comprova:
E a frase de Jair Bolsonaro, em 8 de novembro de 2019, comprova:
O atraso na posse do novo capacho da Saúde
Por Altamiro Borges
A revista Veja garante que dois fatores atrasam a posse do novo capacho da Saúde, o médico bolsonarista Marcelo Queiroga. A nomeação do ministro deveria ter sido publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (22), mas foi novamente adiada – frustrando quem espera pelo desfecho de mais essa crise no laranjal que acelera o colapso no sistema e as mortes no Brasil.
Uma das razões é que ainda não foi definido o destino do general Eduardo Pazuello. "O presidente Bolsonaro quer protegê-lo das investigações que apuram a responsabilidade dele na crise do desabastecimento de oxigênio em Manaus e cogita colocá-lo num posto no Palácio do Planalto. Como ministro da Saúde, Pazuello tem direito ao foro privilegiado”.
A revista Veja garante que dois fatores atrasam a posse do novo capacho da Saúde, o médico bolsonarista Marcelo Queiroga. A nomeação do ministro deveria ter sido publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (22), mas foi novamente adiada – frustrando quem espera pelo desfecho de mais essa crise no laranjal que acelera o colapso no sistema e as mortes no Brasil.
Uma das razões é que ainda não foi definido o destino do general Eduardo Pazuello. "O presidente Bolsonaro quer protegê-lo das investigações que apuram a responsabilidade dele na crise do desabastecimento de oxigênio em Manaus e cogita colocá-lo num posto no Palácio do Planalto. Como ministro da Saúde, Pazuello tem direito ao foro privilegiado”.
Arthur Lira, Pacheco e os aliados do genocida
Por Altamiro Borges
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal – Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente – seguem inertes diante do avanço da Covid-19. Eles parecem aliados do genocida Jair Bolsonaro. Até as pesquisas já apontam o desespero da sociedade. Quantas mortes serão necessárias para despertá-los?
Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostra que 79% dos brasileiros acham que a pandemia está fora do controle, ante 62% que manifestavam essa opinião em janeiro. O medo toma conta da população, assustada com um governo que sequer tem ministro da Saúde. Teme que o Brasil vire o cemitério do mundo, como já afirmam no exterior.
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal – Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente – seguem inertes diante do avanço da Covid-19. Eles parecem aliados do genocida Jair Bolsonaro. Até as pesquisas já apontam o desespero da sociedade. Quantas mortes serão necessárias para despertá-los?
Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostra que 79% dos brasileiros acham que a pandemia está fora do controle, ante 62% que manifestavam essa opinião em janeiro. O medo toma conta da população, assustada com um governo que sequer tem ministro da Saúde. Teme que o Brasil vire o cemitério do mundo, como já afirmam no exterior.
segunda-feira, 22 de março de 2021
A Carta dos 500 e sua força política
Por Gilberto Maringoni, no site Brasil Debate:
A carta aberta sobre o combate à pandemia, lançada por cerca de 500 economistas e empresários (em sua maioria do setor financeiro) é evento da maior importância. Estão lá representantes do Itaú e do Bradesco, ex-ministros e ex-presidentes de bancos públicos, além de acadêmicos de relevo. Genericamente, pode-se dizer que subscrevem o documento setores ligados à direita liberal que um dia se identificaram com o governo FHC e com think tanks como a Casa das Garças e o Instituto Millenium. Ou a “frente ampla sem PT”.
A carta aberta sobre o combate à pandemia, lançada por cerca de 500 economistas e empresários (em sua maioria do setor financeiro) é evento da maior importância. Estão lá representantes do Itaú e do Bradesco, ex-ministros e ex-presidentes de bancos públicos, além de acadêmicos de relevo. Genericamente, pode-se dizer que subscrevem o documento setores ligados à direita liberal que um dia se identificaram com o governo FHC e com think tanks como a Casa das Garças e o Instituto Millenium. Ou a “frente ampla sem PT”.
Candidatura de Lula em 2022 está em risco
Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:
A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República em 2022 está em risco. Essa é a avaliação do jurista Pedro Serrano, doutor em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com Pós-Doutoramento pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o especialista lembra que a decisão do ministro Luiz Edson Fachin, que anulou as ações penais contra Lula no último dia 8, será analisada em breve pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A meta olímpica do Fachin é evitar a candidatura de Lula novamente, em 2022. A segunda finalidade dele, caso não consiga a primeira, é pelo menos salvar a narrativa da Lava Jato. Ou seja, não haver o reconhecimento do sistema de justiça de que o que houve com o ex-presidente foi uma fraude, e não um processo penal”, afirma.
A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República em 2022 está em risco. Essa é a avaliação do jurista Pedro Serrano, doutor em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com Pós-Doutoramento pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o especialista lembra que a decisão do ministro Luiz Edson Fachin, que anulou as ações penais contra Lula no último dia 8, será analisada em breve pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A meta olímpica do Fachin é evitar a candidatura de Lula novamente, em 2022. A segunda finalidade dele, caso não consiga a primeira, é pelo menos salvar a narrativa da Lava Jato. Ou seja, não haver o reconhecimento do sistema de justiça de que o que houve com o ex-presidente foi uma fraude, e não um processo penal”, afirma.
A 'Folha' tem medo de Lula
Foto: Ricardo Stuckert |
A maioria dos colunistas e parte do próprio noticiário da Folha de S. Paulo têm mostrado que Bolsonaro ficou assustado com a devolução dos direitos políticos do ex-presidente Lula, a ponto de defender a vacina e usar máscara, contrariando sua própria natureza de negacionista. Mas o que ficou claro nos dois últimos dias é que também a Folha está com medo de um Lula que, com suas condenações anuladas e diante da justa e provável declaração de suspeição de Moro pelo STF, retoma seu protagonismo natural na política brasileira e pode ser ele mesmo candidato à presidência e/ou liderar um processo de reconquista da democracia e reconstrução do país.
Ronco do capital e último aviso a Bolsonaro
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:
"Roncou, roncou
Roncou de raiva a cuíca
Roncou de fome
(...)
A fome tem que ter raiva pra interromper
A raiva é a fome de interromper
A fome e a raiva é coisas dos home"
(Aldir Blanc e João Bosco)
O ronco da fome se espalha pelo Brasil.
Em centenas de comunidades, só doações de comida garantem a sobrevivência de quem se debate entre o vírus e o desemprego.
Em centenas de comunidades, só doações de comida garantem a sobrevivência de quem se debate entre o vírus e o desemprego.
O retorno de Lula
Foto: Ricardo Stuckert |
A política é um deserto de profetas. Foi impressionante e totalmente inesperada a reviravolta do quadro nacional neste mês de março, confirmando uma vez mais como é difícil, a rigor impossível, fazer previsões em matéria política. A reviravolta, como se sabe, foi produzida por três acontecimentos encadeados. Primeiro, a decisão do ministro Edson Fachin de anular todas as sentenças contra o ex-presidente Lula. Segundo, a decisão do ministro Gilmar Mendes de colocar em votação à suspeição de Moro (derrotando a pretensão de Fachin de declarar a questão superada). E, terceiro, o discurso extraordinário do ex-presidente, que demonstrou sua quase inacreditável capacidade de se expressar e argumentar, com força e sutileza ao mesmo tempo. Reafirmou posições políticas e realizações do seu governo, mas fez acenos significativos a seus adversários. Mostrou a todos que está em plena forma. O leitor pode até não gostar de Lula, não votar nele, mas há de reconhecer que foi um discurso de estadista.
Crise na TV Universitária de Pernambuco
Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:
A Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco solicitou a retirada de uma breve referência ao presidente da República, num video com o total de apenas 45 segundos, produzido pela Coordenação de Jornalismo e que mostrava a importância das medidas de isolamento social para conter a transmissão do Coronavirus. O professor Marcos Mondaini, Diretor do Núcleo de Rádio e Televisão da Universidade, não concordou com o corte e colocou o seu cargo à disposição da Reitoria.
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