Foi como capítulo final de novela, com uma reviravolta no final, com a mudança do voto da ministra Cármem Lúcia que acabou a novela Lula.
Moro é, agora, por decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, um juiz parcial em relação a Lula e, portanto, não só suas sentenças são mulas como também são nulas as decisões e providências determinadas ao longo do processo que ficou conhecido como o do triplex do Guarujá.
Fachin segue ainda no seu chororô, porque Fachin é, tanto quanto o ex-juiz de Curitiba, um magistrado de um nota só: condenar Lula.
Ele joga no terrorismo de uma completa anulação da Lava Jato para, assim, conseguir simpatia a Moro, mesmo quando fala que os diálogos revelados pela Operação Spoofing “são graves e precisam ser apurados”.
Ele preferiu dar a Lula a vantagem jurídica – anular os processos de Curitiba por incompetência de foro – para manter a vantagem política: Lula não era vítima de um juiz parcial, mas apenas de um erro de escolha da vara onde deveria ser processado, com o direito de se aproveitarem todas as maquinações de Moro e Dallagnol nos atos processuais.
Lula ainda pode ser julgado – neste e em outros processos, vários deles ridículos – mas é improvável que agora, sem a histeria daqueles dias e a possibilidade das chantagens das delações premiadas, eles possam avançar.
Lula é um homem livre e redimido das acusações e sofrimentos que sofreu.
Já Moro é um prisioneiro de sua própria infâmia e condenado, agora, a definhar na penumbra de sua parcialidade criminosa.
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