domingo, 7 de abril de 2024

Receita investiga influenciadores ostentação

Imagem do site PicMix
Por Altamiro Borges


Na terra sem lei da internet, onde qualquer regulação é tratada cinicamente como atentado à liberdade de expressão, tem muita gente fazendo fortuna por meio de ações criminosas. Para combater esses crimes, a Receita Federal decidiu investigar influenciadores digitais que ostentam carrões, mansões e outros objetos de luxo em suas redes sociais. O principal objetivo é coibir a sonegação fiscal, mas os auditores também já descobriram delitos mais graves, como lavagem de dinheiro para bicheiros, traficantes e milicianos.

Jornalistas barram trumpista em TV dos EUA

Foto: Divulgação
Por Altamiro Borges

A eleição indireta para presidente da República nos Estados Unidos – que alguns ainda bajulam como a pátria da democracia ocidental – será uma das mais sujas e violentas da história recente. Marcada para 5 de novembro, ela já desperta fortes tensões. O temor não é apenas com o esgoto digital trumpista, famoso por difundir fakes news e deepfakes. Há receio também com as baixarias na mídia tradicional, nos jornalões e emissoras de rádio e tevê. O clima já é de guerra nas redações.

No final de março, a poderosa NBC Universal, dona dos canais NBC e MSNBC, informou que desistiu da contratação da comentarista Ronna McDaniel, ex-dirigente do Partido Republicano de Donald Trump. A decisão só ocorreu devido a uma estridente rebelião nas redações. Em um comunicado, o presidente da rede, Cesar Conde, classificou como legítima a pressão e pediu desculpas aos funcionários que se sentiram decepcionados com a contratação. “Nenhuma organização, particularmente uma Redação, pode ser bem-sucedida a não ser que seja coesa e alinhada”, afirmou, justificando o recuo da NBC Universal.

Governador do Mato Grosso persegue jornalistas

Charge do site 123RF
Por Altamiro Borges


A deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, pediu na semana passada informações ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre as providências já tomadas diante dos ataques sofridos por jornalistas do Mato Grosso, que têm sido alvos constantes de uma “polícia paralela” do governador bolsonarista Mauro Mendes (União Brasil). A mesma solicitação foi encaminhada ao Ministério Público Federal.

Diante das graves denúncias sobre ameaças aos profissionais de imprensa mato-grossenses, o Ministério da Justiça criou em 2023 um grupo de trabalho para acompanhar as investigações e também o desenrolar das ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele conta com a participação da Secretaria de Comunicação do governo federal, da Secretaria Nacional de Justiça, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), do Instituto Vladimir Herzog e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

A segurança pública e a comunicação

Foto: Polícia Federal
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Imagina o provável saldo de mortos e feridos, se a operação de recaptura dos fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró fosse conduzida pela PM de Tarcísio de Freitas?

E se Bolsonaro fosse reeleito? Alguém duvida que as investigações sobre o assassinato de Marielle e Anderson seriam definitivamente atiradas na lata do lixo, depois de sabotadas durante os quatro anos de mandato do capitão fascista?

O governo federal marcou dois golaços em uma área sensível, como a segurança pública, que lidera o ranking de preocupação dos brasileiros, conforme atestam todas as pesquisas.

Mas, atenção para o dito popular de que "não basta pôr o ovo, é preciso cacarejar."

Aí que mora o perigo. Será a comunicação do governo capaz de capitalizar os dois episódios exitosos junto à população?

Limitar o poder das big techs!

Charge: Jorge Braga
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Muito tem sido escrito a respeito do enorme poder que vem sendo conquistado pelas chamadas “big techs” no mundo globalizado. Estas grandes corporações do universo que tangencia os espaços das comunicações, da informação e da tecnologia digital de ponta revelam a faceta concentradora e oligopolista do capitalismo contemporâneo. Enfim, ainda que esta tendência seja uma característica intrínseca a esse modo de produção desde sempre, o fato é que a realidade da internacionalização e da financeirização do mesmo aponta perigosamente para os riscos que tal processo inédito de concentração de capital, de poder político e de mercado coloca para a maioria da população do planeta.

A pior podridão bolsonarista é civil

Charge: Cau Gomez
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O que 99% dos acusados de produzir violência, qualquer tipo de violência, têm em comum: são bolsonaristas assumidos ou têm índole bolsonarista.

São da base do fascismo, não necessariamente como ativistas de extrema direita. Mas como participantes, às vezes silenciosos, de uma estrutura social que sustenta um terço do eleitorado de direita.

São todos bolsonaristas os políticos que incitam violência contra pobres e negros, sob o pretexto de que combatem bandidos, como faz o governador Tarcísio de Freitas com a matança do tô nem aí na Baixada Santista.

São bolsonaristas os agressores de mulheres, os donos de pitbulls que atacam escritoras na praia, os donos de Porsche que dirigem a 160 por hora e matam motorista de aplicativo.

Estado Islâmico x Estado de Israel

Por Jair de Souza

Queria dar início a este singelo texto trazendo de volta à memória excertos dos pensamentos de dois grandes filósofos contemporâneos que, pelo prestimoso papel que prestaram a certos setores sociais são por estes muito reverenciados. Em razão da grandiosidade de suas figuras e por serem muito conhecidos e amados nos círculos já referidos, não será preciso explicitar seus nomes, os quais, de todos modos, serão imediatamente reconhecidos.

O primeiro desses pensadores, por ter se consagrado como um ilibado e justo perseguidor da verdade e da justiça, ao justificar suas ações visando aplicar merecida condenação a um certo vilão, exibiu um PowerPoint e proferiu uma sentença que dizia mais ou menos o seguinte: “Não disponho de provas para corroborar a justeza da condenação dessa pessoa, mas tenho convicção mais do que suficiente para garantir sua validade”. E, como deveria ter sido, suas convicções foram plenamente aceitas, pelo menos no seio da grande mídia corporativa de nosso país.

O outro grandioso filósofo a quem vamos recorrer era um sábio, grande conhecedor das leis e, mais ainda, um certeiro aplicador da justiça. E, certa vez, ao saber que o nome de um conhecido figurão tinha sido detectado em coisas não muito lícitas, não vacilou em fazer uso de toda sua sapiência jurídica e externar o seguinte pensamento: “Em razão de que a tal pessoa flagrada em atividades condenáveis é, na verdade, um potencial aliado para nossas causas, não convém que melindremos com a mesma”.

sábado, 6 de abril de 2024

Globo é condenada por impor padrão de beleza

Ilustração: Patricio Betteo
Por Altamiro Borges


O jornalista Daniel Castro destaca no site de entretenimento Notícias da TV que a “Globo é condenada por misoginia ao impor ‘padrão de beleza’ e discriminar repórter”. A decisão da Justiça é inédita e a empresa terá que indenizar a repórter Veruska Donato “por impor uma ‘ditadura da magreza’ que a deixou doente. É a primeira vez que a emissora é punida por estabelecer um ‘padrão Globo de beleza’, interpretado pela Justiça como prática misógina”, descreve a reportagem.

O império global também foi condenado a reconhecer uma série de direitos trabalhistas e poderá ter que desembolsar ao menos R$ 3,5 milhões. “Veruska Donato deixou a Globo em novembro de 2021, após ficar 77 dias afastada com síndrome de burnout (estresse e esgotamento físico devido a trabalho desgastante). Em janeiro do ano passado, ela entrou com uma ação trabalhista acusando a emissora de misoginia (ódio às mulheres) e etarismo (preconceito por idade”.

Mídia deve autocrítica sobre a Lava-Jato

Eleição na Venezuela e posição do Itamaraty

Braga Netto inventa desculpa esfarrapada

Crise na Petrobras? Prates deixará o cargo?

Marielle e o Rio paralelo do clã Brazão

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Indignação vazia sobre o genocídio em Gaza

Charge: Peter Schrank/Political Cartoon
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


O governo de extrema-direita de Netanyahu ultrapassou todos os limites. Limites morais, legais e políticos.

Não respeita nada e ninguém.

Tratados e convenções internacionais simplesmente não existem para ele. Resoluções da ONU, inclusive a última que obriga o cessar-fogo em Gaza, são solenemente ignoradas. Ignoradas há décadas, frise-se.

Atacar hospitais, campos de refugiados, escolas etc. tornou-se a norma macabra do governo Netanyahu. Matar mulheres e crianças também. Cerca de 70% das vítimas fatais em Gaza fazem parte desse grupo de inocentes. Já morreram, até agora, mais de 32 mil pessoas em Gaza e há cerca de 15 mil desaparecidos, provavelmente gente morta embaixo das imensas ruínas.

Fome, sede, falta de energia, de comunicação, de assistência médica, de saneamento básico etc. é a situação dantesca imposta pelo governo Netanyahu aos palestinos de Gaza.

A presidência do Brasil no G20 e a mídia

O duplo discurso dos EUA em relação ao TikTok

Da Agência de Notícias Xinhua:

A recente aprovação pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de um projeto de lei que visa forçar o TikTok a se separar de sua empresa controladora chinesa, a ByteDance, ou enfrentar uma proibição em todo o país, gerou uma forte controvérsia internacional. Analistas de vários países sul-americanos coincidiram em que a medida reflete uma postura intervencionista e iliberal do Congresso dos Estados Unidos, contrária às suas próprias narrativas de livre mercado e democracia.

As críticas se concentram na contradição entre as políticas econômicas promovidas pelos Estados Unidos para outros países e sua intervenção direta em questões tecnológicas e de segurança nacional, e questionam especialmente a ameaça que essa medida representa para a liberdade de expressão e o livre fluxo de informações na esfera digital, não apenas para a sociedade americana, mas para o mundo.

Lula e seus adversários

Foto: Ricardo Stuckert (PR)
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

A situação do governo Lula, difícil desde o primeiro dia, parece ter sofrido alguma deterioração nos meses recentes. Não chega a ser surpreendente. Sempre há uma lua de mel e ela sempre acaba. Mais importante, a herança recebida dos governos anteriores é pesada, são muitas as dificuldades de recuperar a máquina pública e – ponto de quero tratar hoje – são poderosos os adversários políticos do governo.

Cheguei a pensar em intitular o artigo “Governo sitiado”, mas me pareceu pesado e sombrio demais. Aí pensei em amenizar colocando um ponto de interrogação, mas isso também não resolveu. Não cabe espalhar pessimismo e desânimo. Os adversários são poderosos, mas o governo Lula tem seus recursos e pode prevalecer.

Jornalista: panorama da profissão no Brasil

Otan: A máquina de guerra do imperialismo