Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Os principais líderes tucanos demoraram mais de três horas para chegar à convenção nacional do partido, mas conseguiram um acordo para apaziguar as disputas internas e, principalmente, acomodar o ex-governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência José Serra.
Ele comandará o conselho político tucano, que segundo o presidente reeleito do PSDB, o deputado Sérgio Guerra (PE), sofrerá alguns "ajustes" e será fortalecido. A primeira vice-presidência ficou com o também ex-governador paulista Alberto Goldman, ligado a Serra, enquanto a secretaria-geral, outro cargo cobiçado, será do deputado Rodrigo Castro (PSDB-MG), da ala do senador Aécio Neves.
O ex-governador mineiro mostrou força na décima convenção nacional do partido e, ao final, puxou um coro de "parabéns a você" ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que completará 80 anos em junho. FHC foi o avalizador do acordo dos tucanos, que chamaram de "intriga" as notícias que tratavam de um possível racha interno do partido e até de um boicote de Serra à convenção.
"Brigamos muito, é verdade. Mas estamos aqui, juntos outra vez", afirmou Fernando Henrique, o último a falar a uma plateia formada majoritariamente por "aecistas" e "marconistas", partidários do governador de Goiás, Marconi Perillo. Outro cargo que causou briga, a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), ficou com Tasso Jereissati.
O início da convenção estava marcado para as 9 horas, mas a essa hora só se viam alguns militantes. A dúvida corrente era sobre a presença de José Serra. Um dos primeiros políticos a chegar foi a senadora Marisa Serrano (MS), que iniciou os discursos de unidade que marcariam o dia. "A preocupação agora é arregimentar os companheiros. Às vezes as pessoas querem discutir 2014 (ano da eleição presidencial), mas a eleição municipal é fundamental para que tenhamos sucesso." Àquela altura, ela dizia que o comando do ITV ainda não havia sido definido e que talvez essa discussão ficasse para depois. O deputado paulista Vanderlei Macris também negou a existência de uma crise interna. "Tem disputa, mas não racha', afirmou.
A nova direção foi anunciada por Sérgio Guerra pouco depois das 13h, meia hora depois da chegada dos chefes tucanos: FHC, Serra, Aécio, Perillo e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, entre outros, que chegaram de braços dados na tentativa de mostrar união. Foram 277 votos a favor, sete contra e seis abstenções. "O PSDB nunca esteve dividido. Essa afirmação é uma fraude", afirmou o presidente reeleito, que destacou a importância do ex-presidente Fernando Henrique para o "processo interno" do partido. Homenageado várias vezes, Fernando Henrique puxou o discurso de oposição ao chamar o governo Dilma Rousseff de "bazófia, lero-lero, balela, mentira". E defendeu um "trabalho de formiguinha" com vistas às eleições municipais.
O conselho político tucano, que terá ainda o próprio Fernando Henrique, Alckmin, Aécio, Perillo e Sérgio Guerra, poderá discutir mais adiante possíveis fusões com partidos como o DEM. O presidente da legenda, senador José Agripino Maia (RN), participou da convenção. "Não é a festa do PSDB, é a festa da oposição no Brasil", afirmou. "Em nome das afinidades, estamos juntos. Eles (governo) não têm afinidades."
Convidado pelos tucanos, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse que as disputas internas só valorizam o PSDB. "Isso mostra que o partido é vivo. Se fosse fácil, não teria valor", comentou. A uma pergunta sobre preferências, ele se esquivou: "Não quero entrar nisso. O Aécio é meu amigo fraterno e eu tenho respeito ao Serra." Para ele, a oposição está "encontrando seu caminho".
Os principais líderes tucanos demoraram mais de três horas para chegar à convenção nacional do partido, mas conseguiram um acordo para apaziguar as disputas internas e, principalmente, acomodar o ex-governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência José Serra.
Ele comandará o conselho político tucano, que segundo o presidente reeleito do PSDB, o deputado Sérgio Guerra (PE), sofrerá alguns "ajustes" e será fortalecido. A primeira vice-presidência ficou com o também ex-governador paulista Alberto Goldman, ligado a Serra, enquanto a secretaria-geral, outro cargo cobiçado, será do deputado Rodrigo Castro (PSDB-MG), da ala do senador Aécio Neves.
O ex-governador mineiro mostrou força na décima convenção nacional do partido e, ao final, puxou um coro de "parabéns a você" ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que completará 80 anos em junho. FHC foi o avalizador do acordo dos tucanos, que chamaram de "intriga" as notícias que tratavam de um possível racha interno do partido e até de um boicote de Serra à convenção.
"Brigamos muito, é verdade. Mas estamos aqui, juntos outra vez", afirmou Fernando Henrique, o último a falar a uma plateia formada majoritariamente por "aecistas" e "marconistas", partidários do governador de Goiás, Marconi Perillo. Outro cargo que causou briga, a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), ficou com Tasso Jereissati.
O início da convenção estava marcado para as 9 horas, mas a essa hora só se viam alguns militantes. A dúvida corrente era sobre a presença de José Serra. Um dos primeiros políticos a chegar foi a senadora Marisa Serrano (MS), que iniciou os discursos de unidade que marcariam o dia. "A preocupação agora é arregimentar os companheiros. Às vezes as pessoas querem discutir 2014 (ano da eleição presidencial), mas a eleição municipal é fundamental para que tenhamos sucesso." Àquela altura, ela dizia que o comando do ITV ainda não havia sido definido e que talvez essa discussão ficasse para depois. O deputado paulista Vanderlei Macris também negou a existência de uma crise interna. "Tem disputa, mas não racha', afirmou.
A nova direção foi anunciada por Sérgio Guerra pouco depois das 13h, meia hora depois da chegada dos chefes tucanos: FHC, Serra, Aécio, Perillo e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, entre outros, que chegaram de braços dados na tentativa de mostrar união. Foram 277 votos a favor, sete contra e seis abstenções. "O PSDB nunca esteve dividido. Essa afirmação é uma fraude", afirmou o presidente reeleito, que destacou a importância do ex-presidente Fernando Henrique para o "processo interno" do partido. Homenageado várias vezes, Fernando Henrique puxou o discurso de oposição ao chamar o governo Dilma Rousseff de "bazófia, lero-lero, balela, mentira". E defendeu um "trabalho de formiguinha" com vistas às eleições municipais.
O conselho político tucano, que terá ainda o próprio Fernando Henrique, Alckmin, Aécio, Perillo e Sérgio Guerra, poderá discutir mais adiante possíveis fusões com partidos como o DEM. O presidente da legenda, senador José Agripino Maia (RN), participou da convenção. "Não é a festa do PSDB, é a festa da oposição no Brasil", afirmou. "Em nome das afinidades, estamos juntos. Eles (governo) não têm afinidades."
Convidado pelos tucanos, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse que as disputas internas só valorizam o PSDB. "Isso mostra que o partido é vivo. Se fosse fácil, não teria valor", comentou. A uma pergunta sobre preferências, ele se esquivou: "Não quero entrar nisso. O Aécio é meu amigo fraterno e eu tenho respeito ao Serra." Para ele, a oposição está "encontrando seu caminho".
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