Por Camila Queiroz, no sítio da Adital:
Às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais no Peru, a ocorrer no próximo dia cinco de junho, o candidato Ollanta Humala, do partido Gana Perú, denunciou ontem (26), durante comício, indícios de fraude a favor da rival conservadora Keiko Fujimori. "Há uma série de indícios que nos preocupam e que podem conduzir a uma fraude, há indícios que não mostram uma equidade, isso sim nos preocupa”, afirmou, acrescentando que se deve defender o voto, um instrumento "democrático”.
Perguntado se respeitaria os resultados do segundo turno, Humala disse que é necessário respeitar a democracia e o chefe de Estado deve fazer isso primeiro. "Tem que perguntar ao que tem o poder se respeitará o poder das urnas ou vai impor o seu”, ressaltou.
O candidato acusou o atual presidente peruano, Alan García, de enfrentar a população majoritariamente a favor de Gana Perú, na região sul-andina de Puno, por questões eleitorais.
Alan García se recusa a atender a reivindicação da população de cessar as concessões mineiras e petroleiras – há 20 dias moradores de Puno promovem o bloqueio de estradas e fecham a fronteira com a Bolívia. Para Humala, o presidente adota a postura em represália à escolha política dos moradores.
O porta-voz de Humala, Omar Chehade, também acusou Alan García de preparar uma suposta fraude. Ele lembrou que a fraude não ocorre apenas no dia das eleições, mas "é um processo como na época de Fujimori, onde se utilizava os mecanismos do Estado, os recursos do Estado para distorcer a vontade popular”.
Por sua vez, Alan García respondeu que repudia "completamente” a acusação e convocou o Jurado Nacional de Eleições (JNE) a chamar os candidatos para que façam uma declaração explícita de respeito aos resultados do pleito.
"É um jurado absolutamente independente, totalmente plural em sua composição e não temos nenhuma evidência de que poderia ter uma orientação ou uma intervenção nos temas eleitorais”, defendeu.
A candidata Keiko Fujimori também rebateu as declarações do partido Gana Perú. "É uma atitude irresponsável dos membros do Gana Perú, ou poderíamos chamar-lhes Perde Perú, porque o que eles pensam e sentem é que, como as pesquisas não lhes favorecem, poderiam ir contra as regras e não reconhecer os resultados do cinco de junho. Isso seria muito perigoso e terrível para nossa democracia”, disse.
Apoio
Com o mesmo receio de Humala, o ex-presidente Alejandro Toledo, do grupo Perú Possível, anunciou ontem (26) apoio ao candidato do Gana Perú, porém "criticamente”.
Já as organizações de direitos humanos promoveram manifestações pacíficas em Lima e outras cidades para lembrar à população os horrores da ditadura de Alberto Fujimori, pai de Keiko Fujimori. Em dez anos (1990-2000), Fujimori promoveu muita violência e corrupção, de acordo com as organizações.
Às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais no Peru, a ocorrer no próximo dia cinco de junho, o candidato Ollanta Humala, do partido Gana Perú, denunciou ontem (26), durante comício, indícios de fraude a favor da rival conservadora Keiko Fujimori. "Há uma série de indícios que nos preocupam e que podem conduzir a uma fraude, há indícios que não mostram uma equidade, isso sim nos preocupa”, afirmou, acrescentando que se deve defender o voto, um instrumento "democrático”.
Perguntado se respeitaria os resultados do segundo turno, Humala disse que é necessário respeitar a democracia e o chefe de Estado deve fazer isso primeiro. "Tem que perguntar ao que tem o poder se respeitará o poder das urnas ou vai impor o seu”, ressaltou.
O candidato acusou o atual presidente peruano, Alan García, de enfrentar a população majoritariamente a favor de Gana Perú, na região sul-andina de Puno, por questões eleitorais.
Alan García se recusa a atender a reivindicação da população de cessar as concessões mineiras e petroleiras – há 20 dias moradores de Puno promovem o bloqueio de estradas e fecham a fronteira com a Bolívia. Para Humala, o presidente adota a postura em represália à escolha política dos moradores.
O porta-voz de Humala, Omar Chehade, também acusou Alan García de preparar uma suposta fraude. Ele lembrou que a fraude não ocorre apenas no dia das eleições, mas "é um processo como na época de Fujimori, onde se utilizava os mecanismos do Estado, os recursos do Estado para distorcer a vontade popular”.
Por sua vez, Alan García respondeu que repudia "completamente” a acusação e convocou o Jurado Nacional de Eleições (JNE) a chamar os candidatos para que façam uma declaração explícita de respeito aos resultados do pleito.
"É um jurado absolutamente independente, totalmente plural em sua composição e não temos nenhuma evidência de que poderia ter uma orientação ou uma intervenção nos temas eleitorais”, defendeu.
A candidata Keiko Fujimori também rebateu as declarações do partido Gana Perú. "É uma atitude irresponsável dos membros do Gana Perú, ou poderíamos chamar-lhes Perde Perú, porque o que eles pensam e sentem é que, como as pesquisas não lhes favorecem, poderiam ir contra as regras e não reconhecer os resultados do cinco de junho. Isso seria muito perigoso e terrível para nossa democracia”, disse.
Apoio
Com o mesmo receio de Humala, o ex-presidente Alejandro Toledo, do grupo Perú Possível, anunciou ontem (26) apoio ao candidato do Gana Perú, porém "criticamente”.
Já as organizações de direitos humanos promoveram manifestações pacíficas em Lima e outras cidades para lembrar à população os horrores da ditadura de Alberto Fujimori, pai de Keiko Fujimori. Em dez anos (1990-2000), Fujimori promoveu muita violência e corrupção, de acordo com as organizações.
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