Por Beto Almeida:
No último sábado, dia 28, a Telesur exibiu, ao vivo, por satélite, para toda a América Latina, para os latinos que vivem nos EUA e para parte da Europa, o retorno do ex-presidente Manoel Zelaya a sua pátria, Honduras, depois de ter sido deposto por um golpe de estado articulado por alas do governo estadunidense, juntamente com a oligarquia interna hondurenha que não admitia a aproximacão de Zelaya de Chávez, de Cuba e da Alba.
A volta de Zelaya simboliza o fracasso deste golpe que, no entanto, cobrou muitas vidas de valorosos lutadores sociais. Zelaya em sua primeira fala em território hondurenho cobrou a apuração das atrocidades e a punição dos responsáveis. E, também, a instalação de uma Assembléia Constituinte, palavra de ordem que estava no centro da Consulta Popular que pretendia realizar há quase dois anos, no momento em que foi deposto ilegalmente.
A ciência da tática aplicada para o seu retorno, sobretudo pela participação do presidente Hugo Chávez, surpreendeu até mesmo setores do movimento de Resistência Democrática de Honduras, deixando alguns outros movimentos do continente confusos e perplexos. Mas, agora, revela-se toda a audácia e a inteligência desta tática que consistiu em explorar a debilidade do governo de Porfirio Lobo, já que Honduras, após o golpe foi excluída da OEA e isolada internacionalmente, o que, para uma economia fragilizadíssima, representou a impossibilidade de financiamentos externos.
A tática também explorou a necessidade do governo de José Santos, da Colômbia, sobretudo da composição de forças que o apoia, de buscar uma normalização de suas relações com a Venezuela, numa linha política diferenciada daquela aplicada por Uribe, que apostou sempre na maior hostilidade possível com o governo de Hugo Chávez para explorar ao máximo o tensionamento em favor das estratégias intervencionistas militares dos EUA na região.
Esta política de tensionar ao máximo para justificar intervencionismo não conta com o apoio do Brasil, que também apostou na tática aplicada por CHávez - haja vista mensagem de Dilma reconhecendo oficialmente e aplaudindo os acordos Chávez-Santos-Lobo-Zelaya - cujo saldo imediato é a neutralização do uribismo e das políticas de militarização das diferenças, e o retorno de Zelaya que instala na agenda de Honduras a mesma pauta política de quando ele foi deposto, a Constituinte. Uma derrota para a direita hondurenha, para o intervencionismo estadunidense e para terrorismo paramilitar uribista.
Para a Venezuela, o Acordo de Cartagena pode representar melhores condições para enfrentar, com novos prazos e rítmos, os desafios da consolidação da Revolução Bolivariana, entre eles o processo eleitoral do próximo ano. O que também não deixa de ser uma recomendação para uma maior unificação de agendas políticas e nas táticas a todos os movimentos políticos que atuam na América Latina, entre elas a consolidação da Unasur, seu fortalecimento, o mesmo em relação à ALBA, evitando-se agendas isolacionistas, sobretudo quando nao sintonizadas com os países que estão proporcionando, no momento, mais iniciativas transformadoras , como é o caso da Venezuela, ou que podem, pelo seu peso específico, ter mais impacto na conjuntura da América Latina, como é o caso do Brasil, cuja política externa teve muita importância no fortalecimento do movimento democrático hondurenho e nesta vitória simbolizada pelo retorno de Zelaya.
* Beto Almeida, diretor de Telesur.
No último sábado, dia 28, a Telesur exibiu, ao vivo, por satélite, para toda a América Latina, para os latinos que vivem nos EUA e para parte da Europa, o retorno do ex-presidente Manoel Zelaya a sua pátria, Honduras, depois de ter sido deposto por um golpe de estado articulado por alas do governo estadunidense, juntamente com a oligarquia interna hondurenha que não admitia a aproximacão de Zelaya de Chávez, de Cuba e da Alba.
A volta de Zelaya simboliza o fracasso deste golpe que, no entanto, cobrou muitas vidas de valorosos lutadores sociais. Zelaya em sua primeira fala em território hondurenho cobrou a apuração das atrocidades e a punição dos responsáveis. E, também, a instalação de uma Assembléia Constituinte, palavra de ordem que estava no centro da Consulta Popular que pretendia realizar há quase dois anos, no momento em que foi deposto ilegalmente.
A ciência da tática aplicada para o seu retorno, sobretudo pela participação do presidente Hugo Chávez, surpreendeu até mesmo setores do movimento de Resistência Democrática de Honduras, deixando alguns outros movimentos do continente confusos e perplexos. Mas, agora, revela-se toda a audácia e a inteligência desta tática que consistiu em explorar a debilidade do governo de Porfirio Lobo, já que Honduras, após o golpe foi excluída da OEA e isolada internacionalmente, o que, para uma economia fragilizadíssima, representou a impossibilidade de financiamentos externos.
A tática também explorou a necessidade do governo de José Santos, da Colômbia, sobretudo da composição de forças que o apoia, de buscar uma normalização de suas relações com a Venezuela, numa linha política diferenciada daquela aplicada por Uribe, que apostou sempre na maior hostilidade possível com o governo de Hugo Chávez para explorar ao máximo o tensionamento em favor das estratégias intervencionistas militares dos EUA na região.
Esta política de tensionar ao máximo para justificar intervencionismo não conta com o apoio do Brasil, que também apostou na tática aplicada por CHávez - haja vista mensagem de Dilma reconhecendo oficialmente e aplaudindo os acordos Chávez-Santos-Lobo-Zelaya - cujo saldo imediato é a neutralização do uribismo e das políticas de militarização das diferenças, e o retorno de Zelaya que instala na agenda de Honduras a mesma pauta política de quando ele foi deposto, a Constituinte. Uma derrota para a direita hondurenha, para o intervencionismo estadunidense e para terrorismo paramilitar uribista.
Para a Venezuela, o Acordo de Cartagena pode representar melhores condições para enfrentar, com novos prazos e rítmos, os desafios da consolidação da Revolução Bolivariana, entre eles o processo eleitoral do próximo ano. O que também não deixa de ser uma recomendação para uma maior unificação de agendas políticas e nas táticas a todos os movimentos políticos que atuam na América Latina, entre elas a consolidação da Unasur, seu fortalecimento, o mesmo em relação à ALBA, evitando-se agendas isolacionistas, sobretudo quando nao sintonizadas com os países que estão proporcionando, no momento, mais iniciativas transformadoras , como é o caso da Venezuela, ou que podem, pelo seu peso específico, ter mais impacto na conjuntura da América Latina, como é o caso do Brasil, cuja política externa teve muita importância no fortalecimento do movimento democrático hondurenho e nesta vitória simbolizada pelo retorno de Zelaya.
* Beto Almeida, diretor de Telesur.
1 comentários:
Tem alguns resentidos que ainda se chupam o dedão do pé pensando en revoluções.
Hugo Chavez tem já 12 anos de que tomou o poder na Venezuela e acabou com a pouca democracia que tinha por lá, e a Venezuela só piorou em todos os sentidos, más o principal foi na possibilidade da alternancia de poder. Hoje a Venezuela mostra o fracaso das políticas ditas de revolucionarias e supostamente antiimperialistas.
Mais de 2 milhoés de Venezuelanos tiveran de sair por não terem condições econó,icas ao não venderem sua conciencia ao estado intervencionista. Na Venezuela hoje faltam produtos básicos de alimentamentação porque as políticas de Hugo Chavez acabaram com a produção. A violencia é desatada, os meios de comunicação são controlados pelo estado e a justiça é parcial com o goberno que não admite disidencia e mete preso a quem ousa reclamar.
Pense direito se isso é o que você acha um goberno loavel e a formula a ser seguida. Alternativa?
"Não gosto da direita porque é de direita, mas menos gosto da ezquerda porque é de extrema direita". Segam chupando dedão.
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