Do sítio da Fundação Maurício Grabois:
O livro "Jornal Movimento, uma reportagem", de Carlos Azevedo, com reportagens de Marina Amaral e Natália Viana, revive toda a trajetória de um dos mais importantes jornais da oposição democrática à ditadura militar. Acompanha o livro um DVD contendo todas as 334 edições publicadas, mais os cadernos especiais. Uma oportunidade única para conhecer ou rever o jornal que abriu caminho para a frente democrática que derrotou o regime ditatorial. O lançamento acontece no próximo dia 3 de agosto, em Brasília, no Sebinho Livros (SCLN 406, Bloco C, Loja 44).
O livro, produzido com apoio de incentivos fiscais autorizados pelo Ministério da Cultura (MinC) e obtidos junto à Petrobras, é fruto de um ano e meio de trabalho. Foi realizado por uma equipe que pesquisou os arquivos da época, descobriu documentos inéditos e realizou mais de 60 entrevistas. Conta com dezenas de ilustrações e com um caderno de fotos.
O livro relata em 28 capítulos e 362 páginas toda a trajetória do semanário. E a história que conta é assim:
Movimento teve sua origem em Opinião, depois que a equipe que havia realizado esse jornal decidiu deixá-lo em virtude de divergências com o empresário Fernando Gasparian.
Foi uma experiência ousada e bem sucedida de jornal em que os patrões eram os próprios jornalistas que o faziam e seus 500 acionistas, também jornalistas, intelectuais, profissionais especializados, estudantes e trabalhadores.
Precedeu o seu lançamento uma campanha nacional de mobilização e obtenção de recursos que envolveu milhares de apoiadores na maioria dos estados.
O novo jornal sofreu censura prévia desde a primeira edição e continuou sendo censurado ao longo dos três primeiros anos de sua existência de seis anos e meio.
Severamente prejudicado pela censura e pelo boicote da ditadura, enfrentou grandes dificuldades materiais durante sua existência. Mas contou com uma direção administrativa competente e criativa e com apoio permanente de seus apoiadores, fatores essenciais para a superação da falta de recursos a maior parte do tempo.
Jornal político, criado e realizado por profissionais politicamente engajados, foi cenário de um debate permanente e enfrentou inúmeras divergências. Todo o tempo buscou estabelecer métodos democráticos de definição de sua linha editorial e de resolução das diferenças de pontos de vista dentro da equipe. Apesar disso, em 1977, em desacordo com as posições defendidas pela maioria, uma parte importante da equipe deixou Movimento.
O jornal se reorganizou e, a partir de 1978, com o fim da censura prévia, viveu uma importante recuperação de suas vendas e grande ampliação de seu prestígio, ao promover uma pioneira campanha em favor da Assembleia Nacional Constituinte e revogação da legislação de exceção, ao apoiar a candidatura presidencial de oposição do general nacionalista Euler Bentes Monteiro, e ao dar sustentação à Campanha pela Anistia Ampla e Irrestrita.
Ao mesmo tempo, em admirável esforço para uma equipe tão pobre de recursos, realizou a mais completa cobertura jornalística do processo de reanimação das lutas populares nas cidades e no campo, destacadamente a divulgação das greves e da afirmação do movimento operário no ABC e em outras regiões, acontecimentos definitivos para o processo de restauração democrática do país.
Ousadamente, Movimento buscava oferecer a seus leitores informações atualizadas tanto no cenário nacional quanto internacional. E sobre todos os fatos apresentava sua opinião, sintonizada com o ponto de vista popular e democrático, nacionalista e antiimperialista. Tratava das divergências no então existente campo socialista e. ao mesmo tempo, das polêmicas dentro do governo ditatorial e no interior das forças da oposição democrática.
Acompanhou de perto o retorno dos exilados políticos após a anistia, e relatou cada episódio da reorganização dos partidos políticos e da criação do Partido dos Trabalhadores.
Em todos aqueles anos não houve ambiente de debates tão amplo e generoso no país quanto as páginas de Movimento.
Todos esses embates que promoveram a mudança do regime político do país, a derrota da ditadura e a redemocratização, estão registrados nas 8.600 páginas das 334 edições do semanário. Acessíveis aos leitores deste livro por meio do DVD que o acompanha.
Ao abrir essas páginas, e guiado pelo livro, o leitor poderá reviver o fragor das batalhas políticas de então como se elas estivessem acontecendo agora.
O livro "Jornal Movimento, uma reportagem", de Carlos Azevedo, com reportagens de Marina Amaral e Natália Viana, revive toda a trajetória de um dos mais importantes jornais da oposição democrática à ditadura militar. Acompanha o livro um DVD contendo todas as 334 edições publicadas, mais os cadernos especiais. Uma oportunidade única para conhecer ou rever o jornal que abriu caminho para a frente democrática que derrotou o regime ditatorial. O lançamento acontece no próximo dia 3 de agosto, em Brasília, no Sebinho Livros (SCLN 406, Bloco C, Loja 44).
O livro, produzido com apoio de incentivos fiscais autorizados pelo Ministério da Cultura (MinC) e obtidos junto à Petrobras, é fruto de um ano e meio de trabalho. Foi realizado por uma equipe que pesquisou os arquivos da época, descobriu documentos inéditos e realizou mais de 60 entrevistas. Conta com dezenas de ilustrações e com um caderno de fotos.
O livro relata em 28 capítulos e 362 páginas toda a trajetória do semanário. E a história que conta é assim:
Movimento teve sua origem em Opinião, depois que a equipe que havia realizado esse jornal decidiu deixá-lo em virtude de divergências com o empresário Fernando Gasparian.
Foi uma experiência ousada e bem sucedida de jornal em que os patrões eram os próprios jornalistas que o faziam e seus 500 acionistas, também jornalistas, intelectuais, profissionais especializados, estudantes e trabalhadores.
Precedeu o seu lançamento uma campanha nacional de mobilização e obtenção de recursos que envolveu milhares de apoiadores na maioria dos estados.
O novo jornal sofreu censura prévia desde a primeira edição e continuou sendo censurado ao longo dos três primeiros anos de sua existência de seis anos e meio.
Severamente prejudicado pela censura e pelo boicote da ditadura, enfrentou grandes dificuldades materiais durante sua existência. Mas contou com uma direção administrativa competente e criativa e com apoio permanente de seus apoiadores, fatores essenciais para a superação da falta de recursos a maior parte do tempo.
Jornal político, criado e realizado por profissionais politicamente engajados, foi cenário de um debate permanente e enfrentou inúmeras divergências. Todo o tempo buscou estabelecer métodos democráticos de definição de sua linha editorial e de resolução das diferenças de pontos de vista dentro da equipe. Apesar disso, em 1977, em desacordo com as posições defendidas pela maioria, uma parte importante da equipe deixou Movimento.
O jornal se reorganizou e, a partir de 1978, com o fim da censura prévia, viveu uma importante recuperação de suas vendas e grande ampliação de seu prestígio, ao promover uma pioneira campanha em favor da Assembleia Nacional Constituinte e revogação da legislação de exceção, ao apoiar a candidatura presidencial de oposição do general nacionalista Euler Bentes Monteiro, e ao dar sustentação à Campanha pela Anistia Ampla e Irrestrita.
Ao mesmo tempo, em admirável esforço para uma equipe tão pobre de recursos, realizou a mais completa cobertura jornalística do processo de reanimação das lutas populares nas cidades e no campo, destacadamente a divulgação das greves e da afirmação do movimento operário no ABC e em outras regiões, acontecimentos definitivos para o processo de restauração democrática do país.
Ousadamente, Movimento buscava oferecer a seus leitores informações atualizadas tanto no cenário nacional quanto internacional. E sobre todos os fatos apresentava sua opinião, sintonizada com o ponto de vista popular e democrático, nacionalista e antiimperialista. Tratava das divergências no então existente campo socialista e. ao mesmo tempo, das polêmicas dentro do governo ditatorial e no interior das forças da oposição democrática.
Acompanhou de perto o retorno dos exilados políticos após a anistia, e relatou cada episódio da reorganização dos partidos políticos e da criação do Partido dos Trabalhadores.
Em todos aqueles anos não houve ambiente de debates tão amplo e generoso no país quanto as páginas de Movimento.
Todos esses embates que promoveram a mudança do regime político do país, a derrota da ditadura e a redemocratização, estão registrados nas 8.600 páginas das 334 edições do semanário. Acessíveis aos leitores deste livro por meio do DVD que o acompanha.
Ao abrir essas páginas, e guiado pelo livro, o leitor poderá reviver o fragor das batalhas políticas de então como se elas estivessem acontecendo agora.
1 comentários:
O Pasquim era mais irreverente, mas o Movimento era, dos políticos, o meu preferido.
Apesar do Opinião, do gaucho Coojornal.
Portanto, compremos o livro e boa leitura para todos.
Caro Miro Borges, cá em Minas ainda fazemos o jornal O Cometa, O Cometa Itabirano, de cultura, ideias e humor, criado em novembro de 1979, há 31 anos e nove meses.
Gostaria de enviar o jornal para você. Como faço?
Qualquer coisa: cometaon@gmail.com
ou o meu: mprocopio@ig.com.br
abraços,
Marcelo Procopio
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