Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Pensei em escrever um texto sob o título “Escuta, Dilma”, após ter escrito outro em que pedi que a presidente falasse mais, ou seja, que parasse de fazer pronunciamentos burocráticos e usasse o palanque de quatro anos de duração a que todo presidente da República tem direito para fazer política, pois ocupa o cargo de líder política dos brasileiros.
Dilma não fala sobre política porque não escuta sobre política. Ao que parece, as pessoas que a assessoram mais diretamente nessa seara lhe têm um temor reverencial, sem falar no resto do entorno que vemos na internet, dia após dia, dizer amém a cada novo erro estratégico na condução política deste governo.
O movimento “Lula 2014” a que a Folha de São Paulo remete hoje suas vítimas poderia ser uma invenção, mas não é. Todos sabem como tem sido ruim a interlocução de Dilma com os mesmos movimentos sociais, sindicatos e parlamentares que a matéria diz que já pedem que a presidente ceda a Lula a candidatura presidencial pelo PT daqui a três anos.
Nada poderia simbolizar melhor o processo de envelhecimento precoce a que este governo se submeteu do que o surgimento de um movimento que pretende que Dilma tenha um mandato só em um país que teve as quatro últimas eleições presidenciais vencidas por dois presidentes no exercício do cargo.
Todavia, o movimento “Volta, Lula” não ajuda. Soa como chantagem, mesmo que pretenda o que diz pretender. Até porque, falta muito tempo para a próxima eleição presidencial e ninguém, portanto, tem condições de decidir nada. Sobretudo o próprio Lula.
A matéria da Folha alude a “sebastianismo” na tentativa de desqualificar a iniciativa, pois o que a direita midiática mais teme na vida, além da morte, é a volta de Lula ao poder. É uma bobagem. Se a Constituição permite um “Volta, Lula” – ou “Lula 2014”, como quer o jornal –, atribuir a possibilidade a “messianismo” vai de encontro à Carta Magna da nação.
Contudo, Lula cumprirá um papel maior na história se ficar registrado nela como aquele presidente que deixou o poder nos braços do povo no primeiro dia deste ano. O simbolismo da era Lula é um patrimônio da nação que jornal nenhum conseguirá empanar. Além disso, este país precisa de novas lideranças.
Tenho pouca fé em que Dilma Rousseff se torne uma liderança política de peso se continuar teimando em ouvir só os elogios indefectíveis, previsíveis e danosos a qualquer coisa que diga, faça ou deixe de fazer. Sempre disse que as críticas infindáveis, sistemáticas e abusivas que Lula recebeu durante seu mandato fizeram com que tenha sido o sucesso que foi.
Mas não é por isso que se cometerá o desatino de condenar um governo que ainda tem três anos e pouco pela frente antes de ele terminar o seu primeiro ano, por mais que a sua inabilidade política e a sua falta de coragem já lhe tenham surtido efeitos que se esperaria que, caso ocorressem, fosse bem mais adiante…
Que tal, então, substituir o movimento “Volta, Lula” pelo movimento “Escuta as críticas, Dilma”?
Pensei em escrever um texto sob o título “Escuta, Dilma”, após ter escrito outro em que pedi que a presidente falasse mais, ou seja, que parasse de fazer pronunciamentos burocráticos e usasse o palanque de quatro anos de duração a que todo presidente da República tem direito para fazer política, pois ocupa o cargo de líder política dos brasileiros.
Dilma não fala sobre política porque não escuta sobre política. Ao que parece, as pessoas que a assessoram mais diretamente nessa seara lhe têm um temor reverencial, sem falar no resto do entorno que vemos na internet, dia após dia, dizer amém a cada novo erro estratégico na condução política deste governo.
O movimento “Lula 2014” a que a Folha de São Paulo remete hoje suas vítimas poderia ser uma invenção, mas não é. Todos sabem como tem sido ruim a interlocução de Dilma com os mesmos movimentos sociais, sindicatos e parlamentares que a matéria diz que já pedem que a presidente ceda a Lula a candidatura presidencial pelo PT daqui a três anos.
Nada poderia simbolizar melhor o processo de envelhecimento precoce a que este governo se submeteu do que o surgimento de um movimento que pretende que Dilma tenha um mandato só em um país que teve as quatro últimas eleições presidenciais vencidas por dois presidentes no exercício do cargo.
Todavia, o movimento “Volta, Lula” não ajuda. Soa como chantagem, mesmo que pretenda o que diz pretender. Até porque, falta muito tempo para a próxima eleição presidencial e ninguém, portanto, tem condições de decidir nada. Sobretudo o próprio Lula.
A matéria da Folha alude a “sebastianismo” na tentativa de desqualificar a iniciativa, pois o que a direita midiática mais teme na vida, além da morte, é a volta de Lula ao poder. É uma bobagem. Se a Constituição permite um “Volta, Lula” – ou “Lula 2014”, como quer o jornal –, atribuir a possibilidade a “messianismo” vai de encontro à Carta Magna da nação.
Contudo, Lula cumprirá um papel maior na história se ficar registrado nela como aquele presidente que deixou o poder nos braços do povo no primeiro dia deste ano. O simbolismo da era Lula é um patrimônio da nação que jornal nenhum conseguirá empanar. Além disso, este país precisa de novas lideranças.
Tenho pouca fé em que Dilma Rousseff se torne uma liderança política de peso se continuar teimando em ouvir só os elogios indefectíveis, previsíveis e danosos a qualquer coisa que diga, faça ou deixe de fazer. Sempre disse que as críticas infindáveis, sistemáticas e abusivas que Lula recebeu durante seu mandato fizeram com que tenha sido o sucesso que foi.
Mas não é por isso que se cometerá o desatino de condenar um governo que ainda tem três anos e pouco pela frente antes de ele terminar o seu primeiro ano, por mais que a sua inabilidade política e a sua falta de coragem já lhe tenham surtido efeitos que se esperaria que, caso ocorressem, fosse bem mais adiante…
Que tal, então, substituir o movimento “Volta, Lula” pelo movimento “Escuta as críticas, Dilma”?
1 comentários:
Meu Caro Miro
Acho pouco provavel a Volta do nosso amado Lula a presidenta esta acuada .mas é certo que ela vai sair desta com Luvor.#ApoioDilma
Forte abraço
Rebeca
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