Por Altamiro Borges
O pragmático Gilberto Kassab garantiu neste sábado (25) que José Serra desistiu de ser candidato à presidente da República em 2014. “Essa questão está encerrada na vida do Serra... Ele tinha um grande projeto, aliás, legítimo, de ser presidente. Caso fosse candidato de novo, se fosse eleito, seria um grande presidente, mas ele entendeu que deveria abandonar esse projeto. E ele abandonou”.
Ainda segundo o camaleônico prefeito, Serra agora vai se dedicar integralmente a São Paulo. “É por isso que eu digo que a cidade ganha com um grande pré-candidato, depois um grande candidato e prefeito. Os próximos cinco anos dele serão voltados para a cidade”, jurou Kassab, que sempre bajulou o seu criador – já disse até que “durmo de paletó” para atender o notívago tucano.
Dois objetivos básicos
As declarações de Kassab têm dois objetivos. O primeiro é convencer que o tucano não traíra novamente os eleitores, como fez em 2004, quando assinou o compromisso de que não abandonaria a prefeitura para se candidatar a outro cargo. O segundo é aplainar o terreno com os partidários tucanos de Aécio Neves, que nunca confiaram na retidão de caráter do obcecado Serra.
É certo que as declarações do prefeito não contam muito. O seu vai-e-vem oportunista dos últimos meses deve ter alertado até os mais ingênuos. A própria mídia demotucana, que já fez campanha para Kassab e blindou a sua gestão durante algum tempo, hoje desconfia do chefão do PSD. Mesmo assim, a tendência é que agora ela volte a poupá-lo para defender a candidatura de Serra.
Pó pará, Aécio!
O problema é se a manobra carnavalesca convencerá os eleitores e os tucanos ligados a Aécio Neves. No caso dos paulistanos, as últimas pesquisas indicam que a sua rejeição é bem elevada – poucos acreditam que ele se preocupa realmente com a cidade. Durante a campanha eleitoral, o documento com sua assinatura, rasgado dois anos depois, será uma das peças mais exploradas.
Já no caso dos seguidores do “óbvio” senador mineiro, é bom refletir sobre uma notinha publicada por Lauro Jardim, no seu blog hospedado no sítio da insuspeita revista Veja:
*****
Clima de enterro
Duas semanas atrás, José Serra analisava com um interlocutor a possibilidade de candidatar-se à prefeitura de São Paulo. Comparou a um enterro. Disse Serra:
- É um enterro, sim. A diferença é que se eu ganhar, será um enterro com honras militares; se eu perder, será um enterro de indigente.
*****
Alguém acha que o obcecado Serra finalmente topou “enterrar” sua carreira política? Ou a prefeitura, no caso de vitória, será novamente o trampolim para a disputa presidencial de 2014. Pó pará, Aécio! Você acredita nesta história? Acha que Serra, “com suas honras militares”, deixará o caminho livre para a sua candidatura a presidente da República pelo PSDB?
*****
Leia também:
- Serra será candidato. A mídia vibra
- Tucana chama Serra de "palhaço"
- Serra: "salvação" ou boi de piranha?
O pragmático Gilberto Kassab garantiu neste sábado (25) que José Serra desistiu de ser candidato à presidente da República em 2014. “Essa questão está encerrada na vida do Serra... Ele tinha um grande projeto, aliás, legítimo, de ser presidente. Caso fosse candidato de novo, se fosse eleito, seria um grande presidente, mas ele entendeu que deveria abandonar esse projeto. E ele abandonou”.
Ainda segundo o camaleônico prefeito, Serra agora vai se dedicar integralmente a São Paulo. “É por isso que eu digo que a cidade ganha com um grande pré-candidato, depois um grande candidato e prefeito. Os próximos cinco anos dele serão voltados para a cidade”, jurou Kassab, que sempre bajulou o seu criador – já disse até que “durmo de paletó” para atender o notívago tucano.
Dois objetivos básicos
As declarações de Kassab têm dois objetivos. O primeiro é convencer que o tucano não traíra novamente os eleitores, como fez em 2004, quando assinou o compromisso de que não abandonaria a prefeitura para se candidatar a outro cargo. O segundo é aplainar o terreno com os partidários tucanos de Aécio Neves, que nunca confiaram na retidão de caráter do obcecado Serra.
É certo que as declarações do prefeito não contam muito. O seu vai-e-vem oportunista dos últimos meses deve ter alertado até os mais ingênuos. A própria mídia demotucana, que já fez campanha para Kassab e blindou a sua gestão durante algum tempo, hoje desconfia do chefão do PSD. Mesmo assim, a tendência é que agora ela volte a poupá-lo para defender a candidatura de Serra.
Pó pará, Aécio!
O problema é se a manobra carnavalesca convencerá os eleitores e os tucanos ligados a Aécio Neves. No caso dos paulistanos, as últimas pesquisas indicam que a sua rejeição é bem elevada – poucos acreditam que ele se preocupa realmente com a cidade. Durante a campanha eleitoral, o documento com sua assinatura, rasgado dois anos depois, será uma das peças mais exploradas.
Já no caso dos seguidores do “óbvio” senador mineiro, é bom refletir sobre uma notinha publicada por Lauro Jardim, no seu blog hospedado no sítio da insuspeita revista Veja:
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Clima de enterro
Duas semanas atrás, José Serra analisava com um interlocutor a possibilidade de candidatar-se à prefeitura de São Paulo. Comparou a um enterro. Disse Serra:
- É um enterro, sim. A diferença é que se eu ganhar, será um enterro com honras militares; se eu perder, será um enterro de indigente.
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Alguém acha que o obcecado Serra finalmente topou “enterrar” sua carreira política? Ou a prefeitura, no caso de vitória, será novamente o trampolim para a disputa presidencial de 2014. Pó pará, Aécio! Você acredita nesta história? Acha que Serra, “com suas honras militares”, deixará o caminho livre para a sua candidatura a presidente da República pelo PSDB?
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- Tucana chama Serra de "palhaço"
- Serra: "salvação" ou boi de piranha?
2 comentários:
Só espero que PSB, PV, PC do B (hoje todos com cargos em governos do PSDB e PSD) tenham a coerência de se unirem contra a direita.
O partido do holletith tem comandado SP há décadas. É o maior partido do Brasil, e veste camisetas de várias cores. Por isso a direita deita e rola em São Paulo: a oposição troca ideologia por carginhos. Do PSB eu falo desde o Rogê Ferreira, que ganhou a Cetesb prá apoiar o Quércia, em troca de meia-dúzia de empregos.
Vamos, nós que nos dizemos de esquerda, especialmente os comunistas, criar vergonha na cara?
Isso, quer entrar para largar no meio de novo, como SEMPRE fez. Que votem em Serra os sem memória, que são muitos. NUNCA cumpriu um único mandato até o final. Gastou tubos em propaganda da Expansão São Paulo, que foi um engodo, outro tubo na Nova Marginal, política habitacional zero, substituição tributária anulando o Simples Nacional. Só sendo muito tosco pra votar nele.
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