Da Rede Brasil Atual:
O presidente do Uruguai, José Mujica, deu fim hoje (4) à polêmica sobre o papel do Brasil na entrada da Venezuela no Mercosul afirmando que concordou com a posição de Dilma Rousseff durante a reunião de chefes de Estado realizada na semana passada em Mendoza, na Argentina.
“Se bem é certo que quem pediu a reunião reservada foi Dilma, estivemos de acordo os três e fui eu quem sugeriu a data da próxima reunião, no Rio de Janeiro, na primeira semana de agosto, mas então sugeriram que fosse 31 de julho e eu aceitei”, disse em Montevidéu, tirando o foco do chanceler Luis Almagro, sob críticas desde que afirmou discordar da posição do Brasil, que teria sido imposta por Dilma em um encontro reservado com os presidentes Mujica e Cristina Fernández de Kirchner, da Argentina.
“O político superava largamente o jurídico”, explicou Mujica, dando a entender que a entrada da Venezuela se baseou na leitura do contexto, para além do estritamente definido pelos acordos regionais. O novo ingresso foi definido após a suspensão temporária do Paraguai, definida depois que o presidente constitucional Fernando Lugo sofreu um impeachment-relâmpago conduzido pelo Congresso e avalizado pelo Judiciário.
“Sou o responsável, e não o chanceler”, afirmou Mujica. “Estou de acordo com seu desempenho. Atuou muito bem e, quanto mais lhe batam, mais o fixarão à cadeira do ministério porque vou defendê-lo.”
Na terça-feira (3), o vice-presidente Danilo Astori somou-se às críticas feitas pelo chanceler. “Eu não compartilho com a decisão de permitir o ingresso da Venezuela como membro pleno porque se trata de uma agressão institucional muito importante para o Mercosul. É uma ferida constitucional muito importante, talvez a mais grave dos 21 anos de existência do Mercosul.”
Em sintonia
Para Mujica, porém, a entrada da Venezuela, além de importante, mostrou sintonia entre ele, Dilma e Cristina. Ele lembrou que alguns integrantes da União de Nações Sul-americanas (Unasul) queriam a imposição de sanções econômicas ao Paraguai, atitude que foi contida pelos três presidentes, que temiam que a população acabasse punida por um erro político.
Neste sentido, o uruguaio voltou a criticar o Legislativo do Paraguai pela atitude tomada contra Lugo por “fechar a porta na ponta do nariz de mais de dez chanceleres que foram pedir algo justo”. “Esse mesmo Senado que faz cinco anos nos vem castigando negando o ingresso da Venezuela com argumentos imorais e rasos, agora derruba um presidente, o substitui por quem muda a camisa e desconhece o pedido de mais de dez chanceleres. Por isso decidimos não convalidar esta manipulação de quem durante anos desconheceu a 30 milhões de venezuelanos.”
O presidente do Uruguai, José Mujica, deu fim hoje (4) à polêmica sobre o papel do Brasil na entrada da Venezuela no Mercosul afirmando que concordou com a posição de Dilma Rousseff durante a reunião de chefes de Estado realizada na semana passada em Mendoza, na Argentina.
“Se bem é certo que quem pediu a reunião reservada foi Dilma, estivemos de acordo os três e fui eu quem sugeriu a data da próxima reunião, no Rio de Janeiro, na primeira semana de agosto, mas então sugeriram que fosse 31 de julho e eu aceitei”, disse em Montevidéu, tirando o foco do chanceler Luis Almagro, sob críticas desde que afirmou discordar da posição do Brasil, que teria sido imposta por Dilma em um encontro reservado com os presidentes Mujica e Cristina Fernández de Kirchner, da Argentina.
“O político superava largamente o jurídico”, explicou Mujica, dando a entender que a entrada da Venezuela se baseou na leitura do contexto, para além do estritamente definido pelos acordos regionais. O novo ingresso foi definido após a suspensão temporária do Paraguai, definida depois que o presidente constitucional Fernando Lugo sofreu um impeachment-relâmpago conduzido pelo Congresso e avalizado pelo Judiciário.
“Sou o responsável, e não o chanceler”, afirmou Mujica. “Estou de acordo com seu desempenho. Atuou muito bem e, quanto mais lhe batam, mais o fixarão à cadeira do ministério porque vou defendê-lo.”
Na terça-feira (3), o vice-presidente Danilo Astori somou-se às críticas feitas pelo chanceler. “Eu não compartilho com a decisão de permitir o ingresso da Venezuela como membro pleno porque se trata de uma agressão institucional muito importante para o Mercosul. É uma ferida constitucional muito importante, talvez a mais grave dos 21 anos de existência do Mercosul.”
Em sintonia
Para Mujica, porém, a entrada da Venezuela, além de importante, mostrou sintonia entre ele, Dilma e Cristina. Ele lembrou que alguns integrantes da União de Nações Sul-americanas (Unasul) queriam a imposição de sanções econômicas ao Paraguai, atitude que foi contida pelos três presidentes, que temiam que a população acabasse punida por um erro político.
Neste sentido, o uruguaio voltou a criticar o Legislativo do Paraguai pela atitude tomada contra Lugo por “fechar a porta na ponta do nariz de mais de dez chanceleres que foram pedir algo justo”. “Esse mesmo Senado que faz cinco anos nos vem castigando negando o ingresso da Venezuela com argumentos imorais e rasos, agora derruba um presidente, o substitui por quem muda a camisa e desconhece o pedido de mais de dez chanceleres. Por isso decidimos não convalidar esta manipulação de quem durante anos desconheceu a 30 milhões de venezuelanos.”
1 comentários:
O próximo país na parada para entrar no mercosul é o Bolívia, já que também tem bastante petróleo, né? Vizinho do Paraguai.
Postar um comentário