Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:
Assim que saiu a pesquisa que apontava empate técnico entre Serra e Russomanno na corrida à prefeitura de São Paulo, na semana passada, recebi um torpedo de um colega jornalista afirmando que o jogo se decidiria entre três candidatos: os dois primeiros e Fernando Haddad. Fiquei assustado.
Respondi que era impossível ter um cenário daqueles com aquela antecedência. Lembrei-me do Alckmin, quando candidato à presidência que, antes do início da propaganda de rádio e TV, insistia em dizer: "A pesquisa é um retrato do momento. A corrida eleitoral só começa depois que muda o horário da novela." Ele fazia alusão à exposição dos candidatos no horário nobre.
Por esta razão, escrevi ao colega que, na minha opinião, ainda não havia nada definido. E inclui na minha análise o candidato do PMDB, Gabriel Chalita. Ele ironizou. Hoje, depois da nova pesquisa que mostra Russomanno agora à frente de Serra, e diante do texto de Luis Nassif em seu blog (aqui) perguntei: e o Chalita? Será que só eu o considero viável?
Tenho minhas razões. A campanha no rádio e na televisão começa hoje. Serra e Haddad têm mais de 7 minutos cada para apresentarem suas propostas (favoritos, sem dúvida). Russomanno, o azarão, tem pouco mais de 2 minutos e Chalita tem 4. Sem contar que o PMDB ainda é um partido orgânico e um dos maiores do país, mesmo depois de ter perdido espaço em São Paulo, com o PSDB ocupando o mesmo espectro político no estado.
Mas por ser um profissional de TV insisto: tempo de exposição no horário nobre pode operar resultados imprevisíveis. Por isso, não arriscaria ainda fechar o foco sobre apenas três candidatos e subestimar o potencial do peemedebista. Se sete minutos de TV são uma enormidade, quatro é o dobro de dois e não dá para ignorar essa conta.
Mesmo porque Chalita é o queridinho de Alckmin e de parte significativa do PSDB de São Paulo. Não por acaso, um dos diretórios municipais, o do Jabaquara, simplesmente rompeu com Serra cinco dias atrás, numa clara ameaça ao controle de cargos exercido por Serra e sua turma.
E mais, existe um movimento interno no tucanato que pode virar uma onda em direção ao PMDB, caso o agora pangaré Serra resolva seguir empacado ou em queda. Sem contar também a grana. Chalita tem todo o dinheiro do seu partido, além das "sobras de campanha" de Alckmin, que estão à sua disposição, caso precisar.
Por isso, a minha recomendação é esperar...
Assim que saiu a pesquisa que apontava empate técnico entre Serra e Russomanno na corrida à prefeitura de São Paulo, na semana passada, recebi um torpedo de um colega jornalista afirmando que o jogo se decidiria entre três candidatos: os dois primeiros e Fernando Haddad. Fiquei assustado.
Respondi que era impossível ter um cenário daqueles com aquela antecedência. Lembrei-me do Alckmin, quando candidato à presidência que, antes do início da propaganda de rádio e TV, insistia em dizer: "A pesquisa é um retrato do momento. A corrida eleitoral só começa depois que muda o horário da novela." Ele fazia alusão à exposição dos candidatos no horário nobre.
Por esta razão, escrevi ao colega que, na minha opinião, ainda não havia nada definido. E inclui na minha análise o candidato do PMDB, Gabriel Chalita. Ele ironizou. Hoje, depois da nova pesquisa que mostra Russomanno agora à frente de Serra, e diante do texto de Luis Nassif em seu blog (aqui) perguntei: e o Chalita? Será que só eu o considero viável?
Tenho minhas razões. A campanha no rádio e na televisão começa hoje. Serra e Haddad têm mais de 7 minutos cada para apresentarem suas propostas (favoritos, sem dúvida). Russomanno, o azarão, tem pouco mais de 2 minutos e Chalita tem 4. Sem contar que o PMDB ainda é um partido orgânico e um dos maiores do país, mesmo depois de ter perdido espaço em São Paulo, com o PSDB ocupando o mesmo espectro político no estado.
Mas por ser um profissional de TV insisto: tempo de exposição no horário nobre pode operar resultados imprevisíveis. Por isso, não arriscaria ainda fechar o foco sobre apenas três candidatos e subestimar o potencial do peemedebista. Se sete minutos de TV são uma enormidade, quatro é o dobro de dois e não dá para ignorar essa conta.
Mesmo porque Chalita é o queridinho de Alckmin e de parte significativa do PSDB de São Paulo. Não por acaso, um dos diretórios municipais, o do Jabaquara, simplesmente rompeu com Serra cinco dias atrás, numa clara ameaça ao controle de cargos exercido por Serra e sua turma.
E mais, existe um movimento interno no tucanato que pode virar uma onda em direção ao PMDB, caso o agora pangaré Serra resolva seguir empacado ou em queda. Sem contar também a grana. Chalita tem todo o dinheiro do seu partido, além das "sobras de campanha" de Alckmin, que estão à sua disposição, caso precisar.
Por isso, a minha recomendação é esperar...
1 comentários:
O Russomano é velho conhecido de todos, por isso tem altos índices nessas prévias. O Chalita, é um cara bem menos conhecido e o Haddad, menos ainda. O povão mesmo, conhece o Serra e o Russomano, o resto é estranho. Mas, eu ví uma estranha senhora, dona Dilma, ganhar uma eleição e tb era estranha....
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