sexta-feira, 22 de março de 2013

Mídia é culpada pelos erros no Enem

Do blog Cloaca News:

O Brasil assistiu, estarrecido, à ribombante revelação de O Globo, publicada na edição de 18/3, de que alguns estudantes receberam a nota máxima na prova de redação do Enem, mesmo depois de cometer erros grosseiros de português. Como sói acontecer quando se trata de usar qualquer motivo para esculhambar qualquer governo do PT, a imprensa golpista "repercutiu" imediatamente o furo do jornalão carioca. Portais noticiosos e edições digitais dos principais veículos dos conglomerados mafiomidiáticos esbaldaram-se com as besteiras dos adolescentes, pinçadas com esmero de algumas redações. Que governo incompetente é esse, que confere nota 1.000 a tamanha ignorância? - era o que estava nas entrelinhas, ou no subtexto, dos editoriais indignados.

Pois, este Cloaca News, perplexo com tamanha afronta à língua-mater, resolveu investigar o problema em sua origem. Após apurar que boa parte das escolas - públicas e privadas - adotou a prática de indicar textos "jornalísticos" como referência aos estudantes, descobrimos que estavam ali as fontes inspiradoras da juventude. Constatamos ainda que, não por acaso, o governo tucano paulista comprou milhares de assinaturas de algumas porcarias impressas para “instruir” os alunos da rede pública.


A sequência de imagens a seguir é parte de nosso singelo acervo, colecionado ao longo dos últimos quatro anos, dedicado à contribuição da gloriosa "grande imprensa" brasileira à formação intelectual e moral de nossos jovens.
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G1 obteve nota máxima em estupidez

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Rosane de Oliveira, de Zero Hora: Hors Concours
do Troféu Muar de Gramática Normativa

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Revista Veja: jornalismo indecente

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RBS: na vanguarda da ignorância

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Folha: não dá pra não rir

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Analfabetismo em dose cavalar

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Zero Hora cria serviço de submarinos em Porto Alegre

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ZH: burrice gritante

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Ainda bem que não computaram as transmissíveis...

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Texto de ZH. Alguma dúvida?

Curioso mesmo é que, ao reproduzir a reporcagem do Jornal Nacional sobre as bobagens das redações do último Enem, o portal G1, das Organizações Globo, demonstrou que se trata, na verdade, de uma feroz batalha entre os rotos e os descosidos...
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Clique aqui para conferir na fonte

Se quiser ver tudo o que já publicamos com o marcador "Analfabetismo", clique aqui.

PS - Não se convenceu ainda? Experimente este acepipe aqui, do Zé do Armarinho. Ou este outro aqui, do Café & Aspirinas.

5 comentários:

Dirckdisse disse...

A redação, pinçada como se tivesse GPS, e que insere uma receita de miojo é até bem razoável, pontuação quase perfeita, aborda com propriedade a questão dos haitianos no Acre e revela um autor nada energúmeno.
Então, sugiro uma investigação sobre a autoria, e reais intenções, que a mim parecem propositais para sabotar o ENEM, gerar matéria e criar essa polêmica toda.

Hamilton Carvalho disse...

Globo.com: "Alunos que fizeram a prova de redação do Enem receberam a nota máxima, mesmo depois de COMETER erros grosseiros de português. O caso foi revelado na edição desta segunda-feira (18) do jornal O Globo."
Apreciem antes que eles mudem (já aconteceu antes com o G1 depois de comentário que fiz): http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/03/redacoes-nota-1000-do-enem-tinham-erros-graves-de-portugues.html

Claret Breyner i Torres disse...

É "cumpadi" não primamos por acertos no falar e escrever... Porém, com as nossas escolas e numero de alunos (mais para ausentes) e professores que são tratados como a pior profissão (especialmente em termos de remuneração... Só louvados nos discursos e "post" de "facebook"...), até que estamos muito bem na foto... Também fico chocado com erros e frases de péssimas construção, ideias e gosto...Mas no caso da prova e nota máxima, tratava-se de exigência de perfeita correção... Eu até acho que o Enem não devia nem ter nota, mas concluir pela aprovação ou não (como era no antigo Admissão ao Ginásio... Lembra?). Especialmente considerando os objetivos iniciais do Enem... Hoje ele serve mais para ranquear cursinhos preparatórios e escolas privadas, reforçando os aspectos mercadológicos...

totiy disse...

quem se alembra da manchete sobre o pior lucro da Petrobrás estampada nos portais?

Fátima Silva disse...

Boa Dia.A língua portuguesa não é fácil,tem muitas pegadinhas,quem escreve e tem pouco domínio da gramática passa mico(eu).O jornalista tem uma carga de trabalho exaustiva e muitas vezes,nesse mundo midiático e competitivo,a mercadoria vale mais.