Por Altamiro Borges
A obrigatoriedade da publicação dos balanços tornou-se uma aberração
em tempos de internet. É um dos expedientes usados pelas corporações
midiáticas, que adoram bravatear sobre “livre mercado”, para manter os seus lucrativos
negócios. A já batizada “Lei Garotinho” fere estes interesses monopolistas e
sofrerá dura reação. O próprio deputado, famoso por seu pragmatismo, está
ciente de que será alvo de ataques. “Não tenho medo de retaliação”, garante o
parlamentar, que é pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro.
O deputado Anthony Garotinho
(PR-RJ) apresentou na semana passada o projeto de lei 5061, que elimina a obrigatoriedade
da publicação dos balanços de empresas privadas e públicas nos jornais
impressos. Em pronunciamento no plenário da Câmara Federal, ele argumentou que “isso
gerará uma economia enorme para os cofres das empresas”. Caso o projeto seja
aprovado, o que é improvável num parlamento que virou refém da mídia comercial,
ele representará um duro golpe no caixa dos jornalões.
Seus argumentos em defesa do projeto pelo menos são
consistentes. Conforme aponta, a obrigatoriedade da publicação dos balanços corporativos
na mídia impressa “já acabou no mundo inteiro. O certo é que as empresas
publiquem na internet e comuniquem aos seus acionistas”. Em entrevista ao sítio
Brasil-247, ele afirmou que não faz sentido garantir um subsídio aos jornais
por meio de uma lei que onera o setor produtivo e causa danos ambientais. “O
subsídio é tão escandaloso que as empresas hoje publicam os balanços com corpo
seis, para não serem ainda mais oneradas”.
4 comentários:
Única coisa boa que esse elemento apresentou de bem na vida!
Sou contador de te garanto uma coisa: eles enchem o caixa no premeiro trimestre que passam o resto do ano com os burros na sombra.
Ele poderia tentar aprovar essa lei e depois sair da vida política!
Sou tua fã garotinho, leio teu blog diariamente.
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