Foto: Valcir Araújo/CTB |
O que é notícia? Notícia é fato. Se fato de grande relevância, notícia também maior. Também é notícia uma declaração ou uma opinião expressa por pessoa notável – político, artista, líder de classe, clérigo etc.
Bem. Uma manifestação com 50 mil pessoas na Capital de um País é notícia ou não? Se essas 50 mil pessoas estão mobilizadas, não por um fato clamoroso ou alguma tragédia, mas buscando objetivos econômicos, sociais e políticos, então esse fato, além de ser notícia, deveria ensejar amplas possibilidades jornalísticas. Ou não?
Imagine essas mesmas 50 mil pessoas nas ruas tendo por base um programa, no caso a Agenda Unitária da Classe Trabalhadora, aprovada numa plenária com 30 mil participantes (Conclat), em 2010. Essa reunião de quantidade e qualidade, além de ser noticiada, não seria natural que chamasse a atenção de editorialistas e outros “pensadores” que pontuam na mídia?
Se você considerar que, dessas 50 mil pessoas, pelo menos cinco mil são portadoras de mandato sindical, eleitas por amplas bases de trabalhadores, representando segmentos profissionais ou categorias inteiras (é gente que faz greve, conduz assembleias, participa de negociações coletivas, tem mandato parlamentar – vários têm), tais condições, sob o ponto de vista jornalístico, não tornaria o fato ainda mais interessante?
Digamos que uma delegação representativa desses 50 mil, num país aleatório, fosse recebida pelos poderes máximos da República (Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Presidente da República e, de quebra, pelo presidente da mais alta Corte de Justiça), isso não daria densidade ao ato, não injetaria ainda mais qualidade política no evento, não ampliaria sua relevância social e política? E, sendo assim, não seria natural que tudo isso mobilizasse a imprensa e gerasse espaço nos jornais, rádios e emissoras de TV?
Considere, apenas, o, digamos, aspecto visual – ou gráfico. Uma manifestação de 50 mil pessoas em marcha, com faixas, camisetas, balões, bonés etc., é um evento visualmente rico, não? Esse tipo de acontecimento tem o poder de encher a objetiva do repórter fotográfico ou a câmara do cinegrafista, produzindo imagens bonitas, coloridas, vibrantes. Menos para a mídia brasileira, que ignorou o evento gigantesco.
Duas perguntas: em que mundo vivem os mandatários da mídia brasileira? Que direito eles têm de sonegar um fato – e, portanto, uma informação – dessa magnitude?
Justiça - O jornal Guarulhos Hoje, diário da segunda maior cidade do Estado de São Paulo, enxergou o que os muitos veículos não viram. Sua edição do dia 7 de março enche toda primeira página (tabloide) com uma foto imensa, e colorida, da marcha em Brasília. Fez o que o jornal? Praticou jornalismo!
Bem. Uma manifestação com 50 mil pessoas na Capital de um País é notícia ou não? Se essas 50 mil pessoas estão mobilizadas, não por um fato clamoroso ou alguma tragédia, mas buscando objetivos econômicos, sociais e políticos, então esse fato, além de ser notícia, deveria ensejar amplas possibilidades jornalísticas. Ou não?
Imagine essas mesmas 50 mil pessoas nas ruas tendo por base um programa, no caso a Agenda Unitária da Classe Trabalhadora, aprovada numa plenária com 30 mil participantes (Conclat), em 2010. Essa reunião de quantidade e qualidade, além de ser noticiada, não seria natural que chamasse a atenção de editorialistas e outros “pensadores” que pontuam na mídia?
Se você considerar que, dessas 50 mil pessoas, pelo menos cinco mil são portadoras de mandato sindical, eleitas por amplas bases de trabalhadores, representando segmentos profissionais ou categorias inteiras (é gente que faz greve, conduz assembleias, participa de negociações coletivas, tem mandato parlamentar – vários têm), tais condições, sob o ponto de vista jornalístico, não tornaria o fato ainda mais interessante?
Digamos que uma delegação representativa desses 50 mil, num país aleatório, fosse recebida pelos poderes máximos da República (Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Presidente da República e, de quebra, pelo presidente da mais alta Corte de Justiça), isso não daria densidade ao ato, não injetaria ainda mais qualidade política no evento, não ampliaria sua relevância social e política? E, sendo assim, não seria natural que tudo isso mobilizasse a imprensa e gerasse espaço nos jornais, rádios e emissoras de TV?
Considere, apenas, o, digamos, aspecto visual – ou gráfico. Uma manifestação de 50 mil pessoas em marcha, com faixas, camisetas, balões, bonés etc., é um evento visualmente rico, não? Esse tipo de acontecimento tem o poder de encher a objetiva do repórter fotográfico ou a câmara do cinegrafista, produzindo imagens bonitas, coloridas, vibrantes. Menos para a mídia brasileira, que ignorou o evento gigantesco.
Duas perguntas: em que mundo vivem os mandatários da mídia brasileira? Que direito eles têm de sonegar um fato – e, portanto, uma informação – dessa magnitude?
Justiça - O jornal Guarulhos Hoje, diário da segunda maior cidade do Estado de São Paulo, enxergou o que os muitos veículos não viram. Sua edição do dia 7 de março enche toda primeira página (tabloide) com uma foto imensa, e colorida, da marcha em Brasília. Fez o que o jornal? Praticou jornalismo!
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