Por Altamiro Borges
Na próxima segunda-feira (6), diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) irão se reunir com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, em Brasília. Eles cobrarão uma postura mais incisiva do governo diante da multinacional estadunidense GM, que demitiu na véspera do Ano Novo, por telegrama, mais de mil operários. No ano passado, quando foi acertada a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a montadora se comprometeu a investir R$ 2,5 bilhões na ampliação da produção de veículos na unidade - o que geraria mais de 2,5 mil empregos diretos. Mas a empresa simplesmente não cumpriu o acordado e agora promoveu um covarde facão na empresa.
“O sindicato vai continuar cobrando que o poder público, nas esferas municipal, estadual e federal, intervenha à favor dos trabalhadores e dos seus empregos. Com tantos incentivos fiscais concedidos à montadora, não vamos aceitar que ela continue fechando postos de trabalho... Não podemos aceitar que os governos continuem dando dinheiro público para as montadoras colocarem os trabalhadores na rua. Vamos exigir que o governo intervenha, suspenda as demissões e garanta a estabilidade dos trabalhadores”, afirma o presidente da entidade sindical, Antônio Ferreira de Barros (Macapá).
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CSP-Conlutas, também protocolou pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff com o intento de "cobrar uma intervenção mais direta no caso". Nesta sexta-feira (3), os dirigentes sindicais se reuniram com o secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Tadeu Morais, também com o objetivo de exigir uma posição oficial do governador tucano Geraldo Alckmin.
A entidade critica a postura autoritária da multinacional, que sequer comunicou o sindicato e demitiu os metalúrgicos durante as suas férias coletivas, numa atitude covarde que visou evitar a reação dos operários. O setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA) foi desativado e a produção dos automóveis Classic foi transferida para Rosário (Argentina). Na próxima quarta-feira (8), assembleia convocada pelo sindicato definirá as próximas ações da categoria para resistir às demissões.
1 comentários:
O que eu quero saber é o seguinte: Esse sindicato vai convocar o restante dos trabalhadore pra luta concreta ou vai ficar na choradeira com os governos que segundo eles de nada servem pra população brasileira?
Ou será que vão colocar tudo na mão da "justiça burguesa"...que agora é o principal método de luta do PSTU?
Postar um comentário