Do blog de José Dirceu:
“Dilma vai bem no social e mal na economia”. Esta é a manchete do alto da primeira página de O Globo hoje, com matérias ocupando duas páginas internas sobre o assunto. Nenhuma novidade em se tratando do jornalão carioca, sua linha editorial é sempre esta: priorizar a economia, o mercado e relegar o avanço social à última de suas prioridades. No caso hoje, ainda que nas entrelinhas das matérias publicadas a respeito, é visível a contrariedade do Globo com a prioridade dada à área social pela gestão Dilma Rousseff.
Esta manchete principal do jornal – que mais se assemelha a título de editorial – chama para o balanço que O Globo publica hoje, pelo qual, em sua avaliação, de 46 metas (mensuráveis) do governo Dilma, 24 já foram alcançadas ou devem ser até dezembro deste novo ano e 22 estão em ritmo lento e não devem ser cumpridas. O jornal é obrigado a reconhecer – e o faz – que a redução da miséria e do desemprego são pontos fortes do governo Dilma, mas registra que “as reformas não avançam e o crescimento do PIB deve ser o menor desde o governo Collor” (1990-1992).
O jornal bate nessa tecla de que o pior desempenho do governo Dilma se dá no crescimento econômico e nas propostas de reforma política e tributária. Já os maiores avanços, estão na queda da miséria e do desemprego, além da criação de moradias no Minha Casa, Minha Vida. O material afirma, ainda, que o MST terminou 2013 com o menor número de invasões de terra em 11 anos de governos do PT. Foram 110, a maior trégua dada pelo movimento desde 2002, ano da 1ª eleição do presidente Lula, levantou o jornalão.
Estadão fala de “guerra psicológica” como se não fosse um de seus fomentadores
Já O Estado de S.Paulo esperou poucos dias para já vir com contundente críticas à presidenta Dilma por sua mensagem de final de ano em rede de rádio e TV. Sob o título “Uma retórica perigosa”, o Estadão dedicou seu principal editorial do 1º dia do ano a este pronunciamento da chefe do Estado, no qual ela denunciou que o governo é vítima de uma “guerra psicológica” e advertiu à nação de que isto pode ser prejudicial aos investimentos.
“Sem nada melhor para explicar e justificar a inflação alta, a estagnação econômica, a piora das finanças públicas e a deterioração das contas externas, a presidente Dilma Rousseff inventou uma estapafúrdia “guerra psicológica” de “alguns setores” contra o governo. Se esses “setores” criarem uma “desconfiança injustificada” em relação à política econômica, poderão, segundo ela, inibir investimentos”, começa o editorial.
“A presidente – aconselha o jornalão – deveria ter mais cuidado com seus marqueteiros, conhecidos pelos maus conselhos e por sua perigosa influência nas decisões – quase sempre de inspiração eleitoreira – tomadas pelo Executivo. Mas sobra uma dúvida: e se, desta vez, a turma do marketing for inocente de mais essa experiência ridícula vivida por sua cliente? Nesse caso, ela deveria ter mais cuidado com os próprios impulsos e pesar mais suas palavras, imaginando como reagirá um espectador medianamente inteligente e razoavelmente informado. Detalhe relevante: pesar mais as palavras antes de pronunciá-las.”
Para jornal, presidenta recorreu a “retórica totalitária”
Para o jornalão paulista “o sentido mais perverso dessa expressão aparece quando se culpam “alguns setores” pela inibição de investimentos. Esse é um velho e bem conhecido vício da retórica totalitária: apresentar os críticos como inimigos da pátria. Falta ver se o discurso de fim de ano terá sido o começo de uma escalada”, conclui o texto do Estadão.
Retórica totalitária? E que escalada? A presidenta da República simplesmente afirmou na rede de rádio e TV o que os brasileiros estão fartos de saber: há “guerra psicológica”, sim, contra o governo, quando torcem pelo aumento da inflação, desequilíbrio das contas públicas, corte de investimento, mudança da política de pleno emprego no país, arrocho salarial…Guerra psicológica ostensiva, estampada diariamente nos jornais, da qual o Estadão mesmo é um dos principais porta-vozes. Como sempre demonstrava aqui no blog o ex-ministro José Dirceu.
“Dilma vai bem no social e mal na economia”. Esta é a manchete do alto da primeira página de O Globo hoje, com matérias ocupando duas páginas internas sobre o assunto. Nenhuma novidade em se tratando do jornalão carioca, sua linha editorial é sempre esta: priorizar a economia, o mercado e relegar o avanço social à última de suas prioridades. No caso hoje, ainda que nas entrelinhas das matérias publicadas a respeito, é visível a contrariedade do Globo com a prioridade dada à área social pela gestão Dilma Rousseff.
Esta manchete principal do jornal – que mais se assemelha a título de editorial – chama para o balanço que O Globo publica hoje, pelo qual, em sua avaliação, de 46 metas (mensuráveis) do governo Dilma, 24 já foram alcançadas ou devem ser até dezembro deste novo ano e 22 estão em ritmo lento e não devem ser cumpridas. O jornal é obrigado a reconhecer – e o faz – que a redução da miséria e do desemprego são pontos fortes do governo Dilma, mas registra que “as reformas não avançam e o crescimento do PIB deve ser o menor desde o governo Collor” (1990-1992).
O jornal bate nessa tecla de que o pior desempenho do governo Dilma se dá no crescimento econômico e nas propostas de reforma política e tributária. Já os maiores avanços, estão na queda da miséria e do desemprego, além da criação de moradias no Minha Casa, Minha Vida. O material afirma, ainda, que o MST terminou 2013 com o menor número de invasões de terra em 11 anos de governos do PT. Foram 110, a maior trégua dada pelo movimento desde 2002, ano da 1ª eleição do presidente Lula, levantou o jornalão.
Estadão fala de “guerra psicológica” como se não fosse um de seus fomentadores
Já O Estado de S.Paulo esperou poucos dias para já vir com contundente críticas à presidenta Dilma por sua mensagem de final de ano em rede de rádio e TV. Sob o título “Uma retórica perigosa”, o Estadão dedicou seu principal editorial do 1º dia do ano a este pronunciamento da chefe do Estado, no qual ela denunciou que o governo é vítima de uma “guerra psicológica” e advertiu à nação de que isto pode ser prejudicial aos investimentos.
“Sem nada melhor para explicar e justificar a inflação alta, a estagnação econômica, a piora das finanças públicas e a deterioração das contas externas, a presidente Dilma Rousseff inventou uma estapafúrdia “guerra psicológica” de “alguns setores” contra o governo. Se esses “setores” criarem uma “desconfiança injustificada” em relação à política econômica, poderão, segundo ela, inibir investimentos”, começa o editorial.
“A presidente – aconselha o jornalão – deveria ter mais cuidado com seus marqueteiros, conhecidos pelos maus conselhos e por sua perigosa influência nas decisões – quase sempre de inspiração eleitoreira – tomadas pelo Executivo. Mas sobra uma dúvida: e se, desta vez, a turma do marketing for inocente de mais essa experiência ridícula vivida por sua cliente? Nesse caso, ela deveria ter mais cuidado com os próprios impulsos e pesar mais suas palavras, imaginando como reagirá um espectador medianamente inteligente e razoavelmente informado. Detalhe relevante: pesar mais as palavras antes de pronunciá-las.”
Para jornal, presidenta recorreu a “retórica totalitária”
Para o jornalão paulista “o sentido mais perverso dessa expressão aparece quando se culpam “alguns setores” pela inibição de investimentos. Esse é um velho e bem conhecido vício da retórica totalitária: apresentar os críticos como inimigos da pátria. Falta ver se o discurso de fim de ano terá sido o começo de uma escalada”, conclui o texto do Estadão.
Retórica totalitária? E que escalada? A presidenta da República simplesmente afirmou na rede de rádio e TV o que os brasileiros estão fartos de saber: há “guerra psicológica”, sim, contra o governo, quando torcem pelo aumento da inflação, desequilíbrio das contas públicas, corte de investimento, mudança da política de pleno emprego no país, arrocho salarial…Guerra psicológica ostensiva, estampada diariamente nos jornais, da qual o Estadão mesmo é um dos principais porta-vozes. Como sempre demonstrava aqui no blog o ex-ministro José Dirceu.
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