Editorial do sítio Vermelho:
Os embates políticos que se revelaram intensos neste início de ano legislativo, as tensões entre partidos da base de sustentação do governo, as movimentações das principais lideranças oposicionistas, as campanhas da mídia monopolizada para criar artificialmente um clima negativo no país - fatos que têm caracterizado a cena política durante as duas últimas semanas - são reveladores de que o Brasil está diante de uma encruzilhada política. Já está em curso uma aguda e intensa a luta política.
Os embates políticos que se revelaram intensos neste início de ano legislativo, as tensões entre partidos da base de sustentação do governo, as movimentações das principais lideranças oposicionistas, as campanhas da mídia monopolizada para criar artificialmente um clima negativo no país - fatos que têm caracterizado a cena política durante as duas últimas semanas - são reveladores de que o Brasil está diante de uma encruzilhada política. Já está em curso uma aguda e intensa a luta política.
Em cada episódio da conjuntura nacional vão delineando-se os termos dessa encruzilhada: avançar no rumo das mudanças iniciado em 2002 com a primeira vitória eleitoral de Lula – e que tem continuidade hoje sob o governo da presidenta Dilma –, ou retroceder ao neoliberalismo conservador sob o domínio da oligarquia financeira e do imperialismo.
Inevitavelmente o embate político-eleitoral vai intensificando-se mesmo antes de se iniciar a campanha propriamente dita.
As principais lideranças oposicionistas tentam dar o tom do combate e afirmar-se como alternativa. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em solenidade organizada na semana passada por seu partido, o PSDB, para comemorar os 20 anos do Plano Real, bateu na tecla de que “é falsa a ideia de que não há alternativa” (à reeleição da presidenta Dilma). Intermitentemente, FHC se sente obrigado a ir a público com tiradas desse tipo, em face do desânimo e da dispersão reinantes em suas fileiras.
O ex-presidente parte do falso diagnóstico de que são evidentes os “descaminhos” do governo Dilma, de que o Brasil vai mal, a insatisfação popular grassa e a coalizão governamental estaria a ponto de se dissolver. Como outros analistas, interpreta com seus desejos e de maneira interessada a constatação feita em sondagens de opinião pública de que o eleitorado brasileiro quer “mudanças”, confundindo esse justo anseio com a rejeição ao rumo que o país vem trilhando.
A expressão desse sentimento de mudança vem de par com a aprovação do governo da presidenta Dilma e com a intenção majoritária de nela votar, para que permaneça por mais quatro anos à frente dos destinos da nação. Assim, a mensagem não permite equívocos. Mudança, no caso, traduz-se por avanço, mais democracia, mais desenvolvimento, mais distribuição de renda, maior papel do Brasil no cenário internacional em defesa da paz e de uma nova ordem política e econômica mundial.
Por seu turno, os pré-candidatos da oposição tentam firmar um discurso político cujo escopo é o desgaste do governo e da mandatária, não raras vezes por meio de agressões verbais gratuitas. O senador Aécio Neves, que não consegue firmar sua candidatura nem empolgar o eleitorado, vem a público clamar contra o “isolamento” do governo, o qual quer estigmatizar como “ufanista”, “autoritário” e “encastelado em quimeras”. Já o governador pernambucano Eduardo Campos, pré-candidato da coalizão formada pelo PSB, o PPS de Roberto Freire e a Rede de Marina Silva, afirmou que a maior autoridade pública do país “não sabe de nada”. Seu discurso procura demonstrar que o governo Dilma se esgotou. “O Brasil não aguenta mais quatro anos com Dilma”, afirmou em ato da sua pré-campanha.
Tudo está a indicar, contudo, que o encastelamento, o alheamento da realidade nacional e do povo são atributos das forças oposicionistas.
Num quadro de dificuldades econômicas resultantes do cenário internacional de crise sistêmica do capitalismo e redução generalizada dos índices de crescimento, o Brasil manteve a economia em desenvolvimento, com patamares modestos mas aceitáveis. Permanecem os níveis de emprego e renda, em constante aumento. Prosseguem as políticas públicas de forte impacto social, mantém-se a valorização do salário mínimo, resiste-se à ofensiva do capital para impor retrocessos na legislação trabalhista. E, para além de tudo isso, a presidenta tem feito esforços para honrar os compromissos assumidos após as manifestações de junho do ano passado. São realidades que nenhum catastrofismo da mídia e dos pré-candidatos oposicionistas poderá desmanchar.
“Sabemos que temos muito a fazer e nossos desafios hoje têm a consistência de um Brasil muito melhor. Queremos afirmar mais uma vez que 2014 será um ano de muitas realizações”, afirmou solenemente a presidenta na posse dos novos ministros na última segunda-feira (17) em Brasília.
Seja como for, a estridência dos pré-candidatos oposicionistas, dos dirigentes de suas cúpulas partidárias e da mídia, demonstra que o país viverá uma renhida disputa política em que as forças progressistas não podem baixar a guarda, antes ao contrário, devem preparar-se para estar à altura dos desafios.
Além da necessária unidade política, há que preparar um discurso político agudo, que cale fundo nos desejos de avanço da maioria esmagadora do povo brasileiro, que pode encontrar sua tradução mais concentrada numa plataforma de luta pelas reformas estruturais democráticas, para que a nação dê novos passos no rumo do aprofundamento da democracia, do reforço da soberania nacional e do progresso social.
Inevitavelmente o embate político-eleitoral vai intensificando-se mesmo antes de se iniciar a campanha propriamente dita.
As principais lideranças oposicionistas tentam dar o tom do combate e afirmar-se como alternativa. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em solenidade organizada na semana passada por seu partido, o PSDB, para comemorar os 20 anos do Plano Real, bateu na tecla de que “é falsa a ideia de que não há alternativa” (à reeleição da presidenta Dilma). Intermitentemente, FHC se sente obrigado a ir a público com tiradas desse tipo, em face do desânimo e da dispersão reinantes em suas fileiras.
O ex-presidente parte do falso diagnóstico de que são evidentes os “descaminhos” do governo Dilma, de que o Brasil vai mal, a insatisfação popular grassa e a coalizão governamental estaria a ponto de se dissolver. Como outros analistas, interpreta com seus desejos e de maneira interessada a constatação feita em sondagens de opinião pública de que o eleitorado brasileiro quer “mudanças”, confundindo esse justo anseio com a rejeição ao rumo que o país vem trilhando.
A expressão desse sentimento de mudança vem de par com a aprovação do governo da presidenta Dilma e com a intenção majoritária de nela votar, para que permaneça por mais quatro anos à frente dos destinos da nação. Assim, a mensagem não permite equívocos. Mudança, no caso, traduz-se por avanço, mais democracia, mais desenvolvimento, mais distribuição de renda, maior papel do Brasil no cenário internacional em defesa da paz e de uma nova ordem política e econômica mundial.
Por seu turno, os pré-candidatos da oposição tentam firmar um discurso político cujo escopo é o desgaste do governo e da mandatária, não raras vezes por meio de agressões verbais gratuitas. O senador Aécio Neves, que não consegue firmar sua candidatura nem empolgar o eleitorado, vem a público clamar contra o “isolamento” do governo, o qual quer estigmatizar como “ufanista”, “autoritário” e “encastelado em quimeras”. Já o governador pernambucano Eduardo Campos, pré-candidato da coalizão formada pelo PSB, o PPS de Roberto Freire e a Rede de Marina Silva, afirmou que a maior autoridade pública do país “não sabe de nada”. Seu discurso procura demonstrar que o governo Dilma se esgotou. “O Brasil não aguenta mais quatro anos com Dilma”, afirmou em ato da sua pré-campanha.
Tudo está a indicar, contudo, que o encastelamento, o alheamento da realidade nacional e do povo são atributos das forças oposicionistas.
Num quadro de dificuldades econômicas resultantes do cenário internacional de crise sistêmica do capitalismo e redução generalizada dos índices de crescimento, o Brasil manteve a economia em desenvolvimento, com patamares modestos mas aceitáveis. Permanecem os níveis de emprego e renda, em constante aumento. Prosseguem as políticas públicas de forte impacto social, mantém-se a valorização do salário mínimo, resiste-se à ofensiva do capital para impor retrocessos na legislação trabalhista. E, para além de tudo isso, a presidenta tem feito esforços para honrar os compromissos assumidos após as manifestações de junho do ano passado. São realidades que nenhum catastrofismo da mídia e dos pré-candidatos oposicionistas poderá desmanchar.
“Sabemos que temos muito a fazer e nossos desafios hoje têm a consistência de um Brasil muito melhor. Queremos afirmar mais uma vez que 2014 será um ano de muitas realizações”, afirmou solenemente a presidenta na posse dos novos ministros na última segunda-feira (17) em Brasília.
Seja como for, a estridência dos pré-candidatos oposicionistas, dos dirigentes de suas cúpulas partidárias e da mídia, demonstra que o país viverá uma renhida disputa política em que as forças progressistas não podem baixar a guarda, antes ao contrário, devem preparar-se para estar à altura dos desafios.
Além da necessária unidade política, há que preparar um discurso político agudo, que cale fundo nos desejos de avanço da maioria esmagadora do povo brasileiro, que pode encontrar sua tradução mais concentrada numa plataforma de luta pelas reformas estruturais democráticas, para que a nação dê novos passos no rumo do aprofundamento da democracia, do reforço da soberania nacional e do progresso social.
1 comentários:
Altamiro, acho excelente a seleção de textos do blog. Parabéns!!!
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