Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Então, a democracia está ameaçada na Venezuela?
Sim, está, pela tentativa de deposição extra-legal do presidente eleito há menos de um ano, Nicolás Maduro.
Simplificando: um golpe de Estado.
Não é a minha opinião, é a da maioria dos venezuelanos.
Duas pesquisas de opinião – da International Consulting Services e da Hinterlaces – realizadas na semana passada e “escondidas” pela mídia brasileira – só tomei conhecimento delas pelo excelente Opera Mundi – mostram que até 85,4% rejeitam a continuidade dos protestos que há quase um mês a oposição promove em todo o país.
Como você vê no gráfico, somente 3,8% dos venezuelanos estão “muito de acordo” com os protestos, um número dez vezes menor que os que estão “muito em desacordo: 37,4%.
E entre os que estão apenas “de acordo” a proporção é novamente gritante: 6,5% contra 32,7% que estão em desacordo. Ou um contra cinco venezuelanos.
No total, pouco mais de 10% defendem a continuidade dos protestos.
Outro instituto, o Hinterlaces, diz que apenas 22% dos venezuelanos apoiam a saída de Nicolás Maduro do cargo, enquanto 40% querem uma aliança entre governos e empresários ou oposicionistas. Mais de um terço, porém, querem mesmo é que Maduro entre de sola sobre oposicionistas e empresas que aumentam preços: “mano dura”, escolheram estes.
Mesmo sendo apenas 22% os que querem a derrubada ou a renúncia de Maduro, é preciso considerar que ele venceu por 52% uma eleição polarizada e onde a oposição não quis aceitar os resultados das urnas. Esperado, portanto, que parte disso reflita mais o ressentimento com a derrota de abril passado do que uma condenação à administração do presidente.
71%, independentemente de apoiarem ou rejeitarem Maduro não aceita nenhuma solução fora dos caminhos eleitorais: ou nas novas eleições ou pelo mecanismo criado por Chávez na Constituição do País: o referendo revogatório, que pode ser convocado na segunda metade do mandato, por pelo menos 20% dos eleitores do país.
Há muitos outros detalhes, mas o essencial é o que não está sendo mostrado a você, embora os correspondentes dos nossos jornais e televisões tenham tido acesso a estas pesquisas, que já foram publicadas quatro ou cinco dias atrás.
É preciso vender a imagem de que “as ruas” querem a saída do presidente livremente eleito.
E dar, assim, cobertura “democrática” ao golpismo.
Então, a democracia está ameaçada na Venezuela?
Sim, está, pela tentativa de deposição extra-legal do presidente eleito há menos de um ano, Nicolás Maduro.
Simplificando: um golpe de Estado.
Não é a minha opinião, é a da maioria dos venezuelanos.
Duas pesquisas de opinião – da International Consulting Services e da Hinterlaces – realizadas na semana passada e “escondidas” pela mídia brasileira – só tomei conhecimento delas pelo excelente Opera Mundi – mostram que até 85,4% rejeitam a continuidade dos protestos que há quase um mês a oposição promove em todo o país.
Como você vê no gráfico, somente 3,8% dos venezuelanos estão “muito de acordo” com os protestos, um número dez vezes menor que os que estão “muito em desacordo: 37,4%.
E entre os que estão apenas “de acordo” a proporção é novamente gritante: 6,5% contra 32,7% que estão em desacordo. Ou um contra cinco venezuelanos.
No total, pouco mais de 10% defendem a continuidade dos protestos.
Outro instituto, o Hinterlaces, diz que apenas 22% dos venezuelanos apoiam a saída de Nicolás Maduro do cargo, enquanto 40% querem uma aliança entre governos e empresários ou oposicionistas. Mais de um terço, porém, querem mesmo é que Maduro entre de sola sobre oposicionistas e empresas que aumentam preços: “mano dura”, escolheram estes.
Mesmo sendo apenas 22% os que querem a derrubada ou a renúncia de Maduro, é preciso considerar que ele venceu por 52% uma eleição polarizada e onde a oposição não quis aceitar os resultados das urnas. Esperado, portanto, que parte disso reflita mais o ressentimento com a derrota de abril passado do que uma condenação à administração do presidente.
71%, independentemente de apoiarem ou rejeitarem Maduro não aceita nenhuma solução fora dos caminhos eleitorais: ou nas novas eleições ou pelo mecanismo criado por Chávez na Constituição do País: o referendo revogatório, que pode ser convocado na segunda metade do mandato, por pelo menos 20% dos eleitores do país.
Há muitos outros detalhes, mas o essencial é o que não está sendo mostrado a você, embora os correspondentes dos nossos jornais e televisões tenham tido acesso a estas pesquisas, que já foram publicadas quatro ou cinco dias atrás.
É preciso vender a imagem de que “as ruas” querem a saída do presidente livremente eleito.
E dar, assim, cobertura “democrática” ao golpismo.
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