Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Pensei que o apagão político do governo tinha ficado para trás, mas, pelo jeito, me enganei.
Dias depois da presidente fazer um espetacular pronunciamento, anunciando redução na tabela do imposto de renda e aumento do bolsa família, Guido Mantega dá uma entrevista ao Globo cujo título é: “Temos uma previsão de aumento de tributos”.
Quando vamos ler a entrevista, descobrimos que a frase de Mantega foi: “temos uma previsão de aumento de alguns tributos” e cita alguns impostos sobre bebidas. Coisa pequena, que traria adicional de R$ 2 a R$ 2,5 bilhões. Os aumentos seriam diluídos por causa do grande consumo de bebidas, numa população tão grande.
Política tributária é coisa séria. Comunicação também. Se o governo tem alguma medida concreta para reduzir ou aumentar impostos, que informe oficialmente a toda a imprensa através do site do Ministério. Informe exatamente qual será o tributo, qual a percentagem de aumento, quais os produtos, qual a data exata. Falar que vai aumentar tributos sem esses detalhes é irresponsabilidade, afinal se está mexendo com setores vivos da economia, que precisam planejar suas atividades! Acrescenta-se um tom de especulação a um momento já tenso por causa das eleições! E para que? Para posar de “bom petista” na Globo?
Ir ao Globo e falar em aumentos “possíveis” em alguns impostos é, enfim, uma tremenda leviandade, além de um incompreensível favorecimento a uma empresa que está fazendo uma campanha pesadíssima contra a presidente Dilma e o PT. Uma empresa que, aliás, jamais estimulou o combate à sonegação e sempre fez campanha para desqualificar a arrecadação de impostos.
Se você ler o Globo de hoje, encontrará o seguinte: 100% da seção política nacional são escândalos contra o PT. O jornal criou até uma nova aba: Escândalos em série, sendo que não inclui um escandalozinho da oposição. E aí, quando chegamos na parte de economia, o que encontramos: o ministro da fazenda falando em “aumento de tributos”. É de lascar!
Tolice dupla: botou lenha, desnecessariamente, no terrorismo econômico; e chancelou um jornal que se tornou pasquim policial de oposição.
O que a sociedade quer saber de Mantega é: a Globo vai mostrar o Darf?
Mantega, se tivesse um pouco mais de sangue nas veias, poderia ajudar Dilma a ganhar eleição dizendo que o governo está buscando aliviar a carga da classe média através do endurecimento na luta contra a sonegação praticada pelas grandes empresas.
Poderia defender que a política tributária nacional se aproximasse, ao menos, daquela praticada nos EUA e Europa. Nos EUA, temos uma duríssima lei de herança, através da qual as grandes fortunas terminam quase toda em mãos do Estado. Quem quiser ser milionário, tem de ralar por si só. Na Europa, os ricos e grandes empresas pagam impostos pesadíssimos e progressivos. Em ambos, a sonegação é um crime gravíssimo, que dá prisão, em alguns casos até sem direito à fiança.
Assim fica difícil. Dilma marca um golaço na televisão e aí Mantega vai a Globo e faz um gol contra?
Mantega não é um consultor econômico da Globo, é ministro de Estado do governo Dilma! Tem que ser político e saber de que lado está!
Dias depois da presidente fazer um espetacular pronunciamento, anunciando redução na tabela do imposto de renda e aumento do bolsa família, Guido Mantega dá uma entrevista ao Globo cujo título é: “Temos uma previsão de aumento de tributos”.
Quando vamos ler a entrevista, descobrimos que a frase de Mantega foi: “temos uma previsão de aumento de alguns tributos” e cita alguns impostos sobre bebidas. Coisa pequena, que traria adicional de R$ 2 a R$ 2,5 bilhões. Os aumentos seriam diluídos por causa do grande consumo de bebidas, numa população tão grande.
Política tributária é coisa séria. Comunicação também. Se o governo tem alguma medida concreta para reduzir ou aumentar impostos, que informe oficialmente a toda a imprensa através do site do Ministério. Informe exatamente qual será o tributo, qual a percentagem de aumento, quais os produtos, qual a data exata. Falar que vai aumentar tributos sem esses detalhes é irresponsabilidade, afinal se está mexendo com setores vivos da economia, que precisam planejar suas atividades! Acrescenta-se um tom de especulação a um momento já tenso por causa das eleições! E para que? Para posar de “bom petista” na Globo?
Ir ao Globo e falar em aumentos “possíveis” em alguns impostos é, enfim, uma tremenda leviandade, além de um incompreensível favorecimento a uma empresa que está fazendo uma campanha pesadíssima contra a presidente Dilma e o PT. Uma empresa que, aliás, jamais estimulou o combate à sonegação e sempre fez campanha para desqualificar a arrecadação de impostos.
Se você ler o Globo de hoje, encontrará o seguinte: 100% da seção política nacional são escândalos contra o PT. O jornal criou até uma nova aba: Escândalos em série, sendo que não inclui um escandalozinho da oposição. E aí, quando chegamos na parte de economia, o que encontramos: o ministro da fazenda falando em “aumento de tributos”. É de lascar!
Tolice dupla: botou lenha, desnecessariamente, no terrorismo econômico; e chancelou um jornal que se tornou pasquim policial de oposição.
O que a sociedade quer saber de Mantega é: a Globo vai mostrar o Darf?
Mantega, se tivesse um pouco mais de sangue nas veias, poderia ajudar Dilma a ganhar eleição dizendo que o governo está buscando aliviar a carga da classe média através do endurecimento na luta contra a sonegação praticada pelas grandes empresas.
Poderia defender que a política tributária nacional se aproximasse, ao menos, daquela praticada nos EUA e Europa. Nos EUA, temos uma duríssima lei de herança, através da qual as grandes fortunas terminam quase toda em mãos do Estado. Quem quiser ser milionário, tem de ralar por si só. Na Europa, os ricos e grandes empresas pagam impostos pesadíssimos e progressivos. Em ambos, a sonegação é um crime gravíssimo, que dá prisão, em alguns casos até sem direito à fiança.
Assim fica difícil. Dilma marca um golaço na televisão e aí Mantega vai a Globo e faz um gol contra?
Mantega não é um consultor econômico da Globo, é ministro de Estado do governo Dilma! Tem que ser político e saber de que lado está!
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