Por Altamiro Borges
No final da tarde desta segunda-feira (5), os demos ingressaram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o pronunciamento de Dilma Rousseff, em rede nacional de rádio e televisão, por ocasião do Dia Internacional dos Trabalhadores. Poucas horas antes, os tucanos já tinham feito o mesmo. Desta forma, DEM e PSDB se unem novamente para tentar calar a presidenta eleita democraticamente pelos brasileiros, que na véspera do 1º de Maio anunciou o reajuste do “Bolsa Família”, a correção da tabela do Imposto de Renda e a manutenção da política de valorização do salário mínimo. Com este novo factoide, a oposição de direita procura sair da defensiva política resultante do discurso de Dilma.
Segundo matéria de André Richter, da Agência Brasil, os demos alegaram que “a presidenta usou o pronunciamento para promover a candidatura à reeleição”. Já os tucanos argumentaram que “a presidenta fez propaganda eleitoral antecipada”. DEM e PSDB solicitaram ao TSE o “direito de resposta” e também a aplicação de multa contra Dilma Rousseff. É sabido que os dois partidos sempre foram contra o “Bolsa Família”, rotulado por caciques demotucanos de “bolsa-esmola”. Eles também criticaram projeto de valorização do salário mínimo, fruto de um acordo histórico do ex-presidente Lula com as centrais sindicais. Quanto ao Imposto de Renda, a direita nativa prega apenas a redução dos impostos para os ricaços!
Ainda não se sabe qual será a sentença do TSE diante das duas representações. Mas não dá para confiar muito em uma decisão isenta. Os nossos juízes adoram os holofotes da imprensa e nem escondem suas afinidades político-partidárias – que o digam os “imparciais” ministros do STF no midiático julgamento do chamado “mensalão petista”. O triste nesta história é que a direita não sossega e sempre tenta retomar a ofensiva política. Já os partidos da base aliada parecem lerdos – ou “republicanos”, como gostam de teorizar os conciliadores de plantão. No dia 21 de abril, em Ouro Preto (MG), Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, transformou a celebração da Inconfidência Mineira num descarado palanque eleitoral.
Segundo reportagem da própria Folha tucana, “o pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, aproveitou a celebração da Inconfidência Mineira para criticar o governo federal. Ele foi o orador oficial do evento. Somente autoridades e convidados – além dos seguranças e dos artistas – puderam participar da cerimônia na Praça Tiradentes. A população local e os turistas foram mantidos à distância... O tucano citou os escândalos no governo: ‘O país também nos exige rigor, responsabilidade e autoridade para condução dos negócios de Estado, e rechaça de forma vigorosa os escândalos em série, intermináveis, que nos humilham como povo. Não é esse o Brasil que queremos’. Ele defendeu ainda a aprovação da CPI da Petrobras”.
O uso eleitoreiro de um evento oficial ficou explícito, escancarado. O dinheiro público foi usado para montar palanque para o candidato tucano. Dava até para usar o relato da Folha numa representação junto ao TSE. Dava para fazer o maior escarcéu em discursos na Câmara e no Senado. Mas o PT e os partidos aliados dormiram, novamente, de touca. Eles são tão “republicanos”. Agora, tomem mais duas representações contra o pronunciamento da presidenta!
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Leia também:
- O crescimento biônico de Aécio Neves
- O horário eleitoral exclusivo da oposição
- Dilma coloca a oposição na defensiva
- Aécio e a estranha pesquisa Sensus
- PT esboça reação. Será eficaz?
No final da tarde desta segunda-feira (5), os demos ingressaram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o pronunciamento de Dilma Rousseff, em rede nacional de rádio e televisão, por ocasião do Dia Internacional dos Trabalhadores. Poucas horas antes, os tucanos já tinham feito o mesmo. Desta forma, DEM e PSDB se unem novamente para tentar calar a presidenta eleita democraticamente pelos brasileiros, que na véspera do 1º de Maio anunciou o reajuste do “Bolsa Família”, a correção da tabela do Imposto de Renda e a manutenção da política de valorização do salário mínimo. Com este novo factoide, a oposição de direita procura sair da defensiva política resultante do discurso de Dilma.
Segundo matéria de André Richter, da Agência Brasil, os demos alegaram que “a presidenta usou o pronunciamento para promover a candidatura à reeleição”. Já os tucanos argumentaram que “a presidenta fez propaganda eleitoral antecipada”. DEM e PSDB solicitaram ao TSE o “direito de resposta” e também a aplicação de multa contra Dilma Rousseff. É sabido que os dois partidos sempre foram contra o “Bolsa Família”, rotulado por caciques demotucanos de “bolsa-esmola”. Eles também criticaram projeto de valorização do salário mínimo, fruto de um acordo histórico do ex-presidente Lula com as centrais sindicais. Quanto ao Imposto de Renda, a direita nativa prega apenas a redução dos impostos para os ricaços!
Ainda não se sabe qual será a sentença do TSE diante das duas representações. Mas não dá para confiar muito em uma decisão isenta. Os nossos juízes adoram os holofotes da imprensa e nem escondem suas afinidades político-partidárias – que o digam os “imparciais” ministros do STF no midiático julgamento do chamado “mensalão petista”. O triste nesta história é que a direita não sossega e sempre tenta retomar a ofensiva política. Já os partidos da base aliada parecem lerdos – ou “republicanos”, como gostam de teorizar os conciliadores de plantão. No dia 21 de abril, em Ouro Preto (MG), Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, transformou a celebração da Inconfidência Mineira num descarado palanque eleitoral.
Segundo reportagem da própria Folha tucana, “o pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, aproveitou a celebração da Inconfidência Mineira para criticar o governo federal. Ele foi o orador oficial do evento. Somente autoridades e convidados – além dos seguranças e dos artistas – puderam participar da cerimônia na Praça Tiradentes. A população local e os turistas foram mantidos à distância... O tucano citou os escândalos no governo: ‘O país também nos exige rigor, responsabilidade e autoridade para condução dos negócios de Estado, e rechaça de forma vigorosa os escândalos em série, intermináveis, que nos humilham como povo. Não é esse o Brasil que queremos’. Ele defendeu ainda a aprovação da CPI da Petrobras”.
O uso eleitoreiro de um evento oficial ficou explícito, escancarado. O dinheiro público foi usado para montar palanque para o candidato tucano. Dava até para usar o relato da Folha numa representação junto ao TSE. Dava para fazer o maior escarcéu em discursos na Câmara e no Senado. Mas o PT e os partidos aliados dormiram, novamente, de touca. Eles são tão “republicanos”. Agora, tomem mais duas representações contra o pronunciamento da presidenta!
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2 comentários:
Pois é, o que não falta é registro do que foi a festa eleitoreira do 21 de abril este ano em Ouro Preto.
O prefeito da cidade,José Leandro Filho,do PSDB, disse no final do seu discurso que eles iriam eleger o futuro presidente do Brasil, o senador (soneca) Aécio Neves.
Se precisarem (PT e aliados, TSE, PSDB e DEMOS), é só pedir à Rede Minas o vídeo.
Elisa
Desculpe, mas a nossa presidenta usou sim o horário de pronunciamento para informar medidas que imputam sim na sua campanha eleitoral, além do mais falou sobre a oposição e Petrobras. Sejamos coerentes... Não é porque eles fazem que o PT também deve fazer.
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