Por Antônio David, no blog Viomundo:
Tendo recuado diante da movimentação de um representante da velha política e do velho fanatismo - Silas Malafaia -, Marina Silva apelou na hora de justificar.
Ela quer convencer os eleitores de que, na verdade, não houve recuo, mas apenas um mal-entendido, gerado exatamente - pasmem! - pela maneira de proceder da “nova política”.
“Na parte LGBT, o texto que foi para redação foi a parte apresentada pelos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram propostas e se contemplou tanto quanto possível as propostas” – disse a ex-senadora.
Marina quer fazer do limão uma limonada. Quer aproveitar a vexatória situação para tirar proveito e alimentar a (falsa) ideia de que, notem bem, sua candidatura é “aberta a propostas”. Afinal, seu partido não é bem um partido, mas uma “rede”. Na hora de compilar as propostas, a “rede” se confundiu. Deixou passar o que não deveria ter passado.
Reparem bem: o mal-entendido teria sido causado pelo fato de sua candidatura ser… boa demais! É tão boa, tão boa, tem tantas propostas vindas de tantos lugares, de tantos setores, de tantas pessoas… que ela até se confundiu, de tanta participação!
Seu demérito é, na verdade, um mérito.
Seu vício, uma virtude.
(Uma desculpa típica da velha política).
No final, para coroar, Marina solta: “Estado laico para defender os interesses de quem crê e de quem não crê”.
Que bonito!
Resta saber no que consistem os “interesses de quem crê e de quem não crê”.
Há crentes que são contra a homofobia, para quem atos de ódio a homossexuais devem ser considerados crime. Há crentes, ao contrário, que fecham os olhos para a homofobia e que, diante da luta pela criminalização da homofobia, opõem-se ao que chamam de “pauta gay”. Entre os não crentes, também há gregos e troianos.
Mas, tanto eu, como os crentes como os não crentes estamos ansiosos para saber: de que interesses Marina está falando? Dos interesses dos que se opõem à criminalização da homofobia? Ou dos interesses dos que reclamam pela criminalização da homofobia?
Os dois lados querem saber!
Contudo, não esperemos que Marina explique.
Sua tática eleitoral consiste em fugir de polêmicas.
Quanto mais abstrato, melhor. Nada de propostas concretas. Nada de compromissos.
Uma de suas principais assessoras – acionista do Itaú, banco devedor de bilhões em impostos (velha política) – declarou há alguns dias à Folha de S. Paulo que, se eleita, Marina conduzirá a inflação a 3% ao ano. Como Marina fará esse malabarismo sem que haja um expressivo aumento do desemprego, sobretudo entre aqueles que ganham até 3 salários mínimos?
Não sabemos. Ela não diz. Ela não quer pensar nisso e não quer que pensemos nisso.
O que Marina quer é “unir a todos” – foi o que ouvimos mais de uma vez no debate da Band. Marina quer unir FHC e Lula. Será que ela também quer unir Silas Malafaia e Jean Wyllys?
Marina parece ser aquele sujeito que, sem um tostão no bolso, entra no bar e passa a madrugada pedindo várias rodadas para todo mundo. Resta saber o que ela fará quando o dia amanhecer.
Tendo recuado diante da movimentação de um representante da velha política e do velho fanatismo - Silas Malafaia -, Marina Silva apelou na hora de justificar.
Ela quer convencer os eleitores de que, na verdade, não houve recuo, mas apenas um mal-entendido, gerado exatamente - pasmem! - pela maneira de proceder da “nova política”.
“Na parte LGBT, o texto que foi para redação foi a parte apresentada pelos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram propostas e se contemplou tanto quanto possível as propostas” – disse a ex-senadora.
Marina quer fazer do limão uma limonada. Quer aproveitar a vexatória situação para tirar proveito e alimentar a (falsa) ideia de que, notem bem, sua candidatura é “aberta a propostas”. Afinal, seu partido não é bem um partido, mas uma “rede”. Na hora de compilar as propostas, a “rede” se confundiu. Deixou passar o que não deveria ter passado.
Reparem bem: o mal-entendido teria sido causado pelo fato de sua candidatura ser… boa demais! É tão boa, tão boa, tem tantas propostas vindas de tantos lugares, de tantos setores, de tantas pessoas… que ela até se confundiu, de tanta participação!
Seu demérito é, na verdade, um mérito.
Seu vício, uma virtude.
(Uma desculpa típica da velha política).
No final, para coroar, Marina solta: “Estado laico para defender os interesses de quem crê e de quem não crê”.
Que bonito!
Resta saber no que consistem os “interesses de quem crê e de quem não crê”.
Há crentes que são contra a homofobia, para quem atos de ódio a homossexuais devem ser considerados crime. Há crentes, ao contrário, que fecham os olhos para a homofobia e que, diante da luta pela criminalização da homofobia, opõem-se ao que chamam de “pauta gay”. Entre os não crentes, também há gregos e troianos.
Mas, tanto eu, como os crentes como os não crentes estamos ansiosos para saber: de que interesses Marina está falando? Dos interesses dos que se opõem à criminalização da homofobia? Ou dos interesses dos que reclamam pela criminalização da homofobia?
Os dois lados querem saber!
Contudo, não esperemos que Marina explique.
Sua tática eleitoral consiste em fugir de polêmicas.
Quanto mais abstrato, melhor. Nada de propostas concretas. Nada de compromissos.
Uma de suas principais assessoras – acionista do Itaú, banco devedor de bilhões em impostos (velha política) – declarou há alguns dias à Folha de S. Paulo que, se eleita, Marina conduzirá a inflação a 3% ao ano. Como Marina fará esse malabarismo sem que haja um expressivo aumento do desemprego, sobretudo entre aqueles que ganham até 3 salários mínimos?
Não sabemos. Ela não diz. Ela não quer pensar nisso e não quer que pensemos nisso.
O que Marina quer é “unir a todos” – foi o que ouvimos mais de uma vez no debate da Band. Marina quer unir FHC e Lula. Será que ela também quer unir Silas Malafaia e Jean Wyllys?
Marina parece ser aquele sujeito que, sem um tostão no bolso, entra no bar e passa a madrugada pedindo várias rodadas para todo mundo. Resta saber o que ela fará quando o dia amanhecer.
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