Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Há menos de dois meses, o senhor ladrão Paulo Roberto Costa que, junto o condenado doleiro Alberto Youssef, ostenta o papel de oráculo da verdade em nossa imprensa, disse, ao vivo e a cores, pela TV Senado, que estava “enojado”, já em 2009, da roubalheira que ele próprio praticava.
E que resolveu fazer a delação premiada motivado pela família, também enojada com tudo aquilo:
- Quem me colocou com clareza para eu fazer a delação foi minha esposa, minha filha, meus genros e meus netos. Falaram pra mim: ‘Paulo, por que só você? E os outros? Cadê os outros? Você vai pagar sozinho?’. Fiz a delação para dar um sossego a minha alma e por respeito e amor à minha família.
Hoje, o repórter Aguirre Talento, na Folha, mostra o que rendeu o “nojo” da família Costa: as filhas de Costa, Ariana Azevedo Costa Bachmann e Shanni Azevedo Costa Bachmann, e seus genros, Marcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita.
Todo mundo leva “livre, leve e solto”, mesmo tendo conscientemente participado de todo o esquema.
Eram eles que abriram e operaram as contas no exterior por onde passava a nojenta bufunfa familiar:
"A conta na Suíça foi aberta em nome do executivo, de sua mulher e de uma das filhas. Os dois genros assinaram a documentação para criar uma conta no Royal Canadian Bank em Cayman, um paraíso fiscal no Caribe. Essa conta tinha um saldo de US$ 2,8 milhões".
Dr. Moro, francamente, eu também quero ficar “enojado”, se a coisa funciona assim.
Youssef recebe “comissão” sobre o dinheiro roubado, mesmo já sendo um condenado por corrupção que descumpriu os termos de sua primeira delação.
A família de Costa não tem, ao que se saiba, informações a fornecer.
Eu que sou um curioso do Direito dos velhos tempos – não deste “moderninho” hoje praticado – aprendi que a eventual pena jamais pode exceder à pessoa do réu.
Se não tem pena “por lote”, também não tem “perdão a lote”.
Qual é o problema da família Costa de cumprir uma pena menor, possivelmente em regime aberto até, por sua participação no esquema? Eles são melhores que as outras pessoas?
Quer dizer que amanhã, se um traficante de drogas fizer uma delação premiada ele pode colocar, digamos, seu irmão, também traficante, no “lote de perdão”.
E um primo?
Um amigo, mesmo que estes não tenham nada com que colaborar na investigação?
Numa coisa, porém, o uso da palavra “enojado” procede.
É como qualquer pessoa se sente vendo este tipo de barganha absurda, onde – além daqueles que têm, de fato culpa no evento criminoso – vão a execração pública todas as pessoas que “alguém disse que Youssef disse”, mas os que têm culpa provada de atos ilegais ficam impunes, agora e para sempre.
Há menos de dois meses, o senhor ladrão Paulo Roberto Costa que, junto o condenado doleiro Alberto Youssef, ostenta o papel de oráculo da verdade em nossa imprensa, disse, ao vivo e a cores, pela TV Senado, que estava “enojado”, já em 2009, da roubalheira que ele próprio praticava.
E que resolveu fazer a delação premiada motivado pela família, também enojada com tudo aquilo:
- Quem me colocou com clareza para eu fazer a delação foi minha esposa, minha filha, meus genros e meus netos. Falaram pra mim: ‘Paulo, por que só você? E os outros? Cadê os outros? Você vai pagar sozinho?’. Fiz a delação para dar um sossego a minha alma e por respeito e amor à minha família.
Hoje, o repórter Aguirre Talento, na Folha, mostra o que rendeu o “nojo” da família Costa: as filhas de Costa, Ariana Azevedo Costa Bachmann e Shanni Azevedo Costa Bachmann, e seus genros, Marcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita.
Todo mundo leva “livre, leve e solto”, mesmo tendo conscientemente participado de todo o esquema.
Eram eles que abriram e operaram as contas no exterior por onde passava a nojenta bufunfa familiar:
"A conta na Suíça foi aberta em nome do executivo, de sua mulher e de uma das filhas. Os dois genros assinaram a documentação para criar uma conta no Royal Canadian Bank em Cayman, um paraíso fiscal no Caribe. Essa conta tinha um saldo de US$ 2,8 milhões".
Dr. Moro, francamente, eu também quero ficar “enojado”, se a coisa funciona assim.
Youssef recebe “comissão” sobre o dinheiro roubado, mesmo já sendo um condenado por corrupção que descumpriu os termos de sua primeira delação.
A família de Costa não tem, ao que se saiba, informações a fornecer.
Eu que sou um curioso do Direito dos velhos tempos – não deste “moderninho” hoje praticado – aprendi que a eventual pena jamais pode exceder à pessoa do réu.
Se não tem pena “por lote”, também não tem “perdão a lote”.
Qual é o problema da família Costa de cumprir uma pena menor, possivelmente em regime aberto até, por sua participação no esquema? Eles são melhores que as outras pessoas?
Quer dizer que amanhã, se um traficante de drogas fizer uma delação premiada ele pode colocar, digamos, seu irmão, também traficante, no “lote de perdão”.
E um primo?
Um amigo, mesmo que estes não tenham nada com que colaborar na investigação?
Numa coisa, porém, o uso da palavra “enojado” procede.
É como qualquer pessoa se sente vendo este tipo de barganha absurda, onde – além daqueles que têm, de fato culpa no evento criminoso – vão a execração pública todas as pessoas que “alguém disse que Youssef disse”, mas os que têm culpa provada de atos ilegais ficam impunes, agora e para sempre.
1 comentários:
O povão espera q os verdadeiros ladrões e corruptos sejam exemplarmente punidos com a devolução do patrimônio roubado. Ainda cremos na dignidade deste governo q não esconde o ilícito.
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