Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
“O governo ficou deste tamanhinho, ó!”, disse o satisfeito parlamentar tucano ao ser entrevistado pela TV Câmara logo após o placar eletrônico da Casa anunciar a vitória acachapante do peemedebista Eduardo Cunha sobre Arlindo Chinaglia e Júlio Delgado.
Pior: devido à radicalização da disputa, o PT ficará de fora da Mesa Diretora da Câmara.
Na prática, o governo Dilma é hoje minoria no Congresso. Ínfima minoria. Cunha e Delgado tiveram, juntos, 367 votos contra 136 de Chinaglia.
A vitória foi ainda mais dura para o governo porque o Palácio do Planalto empenhou-se diretamente na eleição de Chinaglia, de modo que quem não votou no candidato do PT votou decididamente contra o governo.
Isso significa, na prática, que o governo Dilma está vulnerabilíssimo às ameaças de impeachment que José Serra, Fernando Henrique Cardoso e Alberto Goldman, entre outros, vêm fazendo reiteradamente à presidente da República.
Some-se a isso parecer do jurista Ives Gandra Martins favorável a responsabilizar Dilma Rousseff pelos casos de corrupção na Petrobrás, conforme notícia divulgada na última edição dominical da Folha de SP, e teremos o palco no qual passa a ser encenada uma comédia obscura e triste a partir de agora.
No mesmo dia em que um picareta como Cunha virou presidente da Câmara dos Deputados, assumia um Congresso considerado como o mais conservador dos últimos trinta anos.
Tudo o que aconteceu no último domingo constitui um poderoso avanço da direita no Brasil. Cabe à esquerda, pois, perguntar-se o que tem feito de errado para que, apesar da reeleição de Dilma Rousseff, tenha permitido tal avanço da direita.
Há duas hipóteses possíveis: ou apenas, solitariamente, unicamente Dilma Rousseff errou ou toda a esquerda está errando em sua estratégia política, o que talvez se explique por seus conflitos intestinos incessantes, que parecem enlevá-la a um estado de quase gozo.
Enquanto este texto se escreve sozinho, Cunha promete, ainda na TV Câmara, que não aceitará pedido de impeachment de Dilma que o PSDB vem insinuando que fará. Para quem acompanha a trajetória do novo presidente da Câmara, sua declaração é preocupante.
“O governo ficou deste tamanhinho, ó!”, disse o satisfeito parlamentar tucano ao ser entrevistado pela TV Câmara logo após o placar eletrônico da Casa anunciar a vitória acachapante do peemedebista Eduardo Cunha sobre Arlindo Chinaglia e Júlio Delgado.
Pior: devido à radicalização da disputa, o PT ficará de fora da Mesa Diretora da Câmara.
Na prática, o governo Dilma é hoje minoria no Congresso. Ínfima minoria. Cunha e Delgado tiveram, juntos, 367 votos contra 136 de Chinaglia.
A vitória foi ainda mais dura para o governo porque o Palácio do Planalto empenhou-se diretamente na eleição de Chinaglia, de modo que quem não votou no candidato do PT votou decididamente contra o governo.
Isso significa, na prática, que o governo Dilma está vulnerabilíssimo às ameaças de impeachment que José Serra, Fernando Henrique Cardoso e Alberto Goldman, entre outros, vêm fazendo reiteradamente à presidente da República.
Some-se a isso parecer do jurista Ives Gandra Martins favorável a responsabilizar Dilma Rousseff pelos casos de corrupção na Petrobrás, conforme notícia divulgada na última edição dominical da Folha de SP, e teremos o palco no qual passa a ser encenada uma comédia obscura e triste a partir de agora.
No mesmo dia em que um picareta como Cunha virou presidente da Câmara dos Deputados, assumia um Congresso considerado como o mais conservador dos últimos trinta anos.
Tudo o que aconteceu no último domingo constitui um poderoso avanço da direita no Brasil. Cabe à esquerda, pois, perguntar-se o que tem feito de errado para que, apesar da reeleição de Dilma Rousseff, tenha permitido tal avanço da direita.
Há duas hipóteses possíveis: ou apenas, solitariamente, unicamente Dilma Rousseff errou ou toda a esquerda está errando em sua estratégia política, o que talvez se explique por seus conflitos intestinos incessantes, que parecem enlevá-la a um estado de quase gozo.
Enquanto este texto se escreve sozinho, Cunha promete, ainda na TV Câmara, que não aceitará pedido de impeachment de Dilma que o PSDB vem insinuando que fará. Para quem acompanha a trajetória do novo presidente da Câmara, sua declaração é preocupante.
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