Por Anderson Bahia
Chegamos na quarta-feira (4) que também é o quarto dia da 9° Bienal de Cultura da UNE. Ainda rende a repercussão da presença do ministro Miguel Rossetto no evento. E antes da participação de outro ministro na atividade – Juca Ferreira, da Cultura – é necessário entender melhor o bate bola do secretário geral da Presidência da República com os estudantes.
A busca da grande mídia por fazer oposição cerrada ao governo federal a impede de fazer jornalismo. E, com isso, quem se informa a partir desses meios passa a ter compreensão distorcida ou limitada dos acontecimentos. Tem sido assim desde 1°de janeiro de 2003, com a posse do primeiro governo Lula. Não há nada de novo nisso.
Sobre a participação de Rosseto no evento que abre as ações dos movimentos sociais no segundo governo Dilma, o Partido da Imprensa Golpista (PIG) sintetizou o fato repleto de nuances num único momento: a agitação de alguns poucos setores que participam do movimento estudantil contra o governo. É no mínimo irresponsabilidade com seus leitores, telespectadores e ouvintes.
Participam da UNE mais correntes políticas juvenis do que partidos no Congresso Nacional. A diversidade de opinião e visões de mundo nas atividades que a organização realiza é vasta. Todas são manifestadas com muita criatividade e agitação. Durante as atividades, há desde os que criticam o governo a partir de vários critérios, aos que apoiam com críticas e até aqueles que se eximem de tornar público qualquer opinião contrária às ações governamentais. Isso ocorre durante a programação da Bienal e também ocorreu diante do ministro.
Desqualificados em fazer o enfrentamento com o governo Dilma, papel que deveria ser dos partidos de direita, o PIG não levou em consideração um fato importante. A fala de Rosseto teve como centro a reforma política. Suas considerações sobre as medidas conservadoras foram apenas respostas aos questionamentos que surgiram. Poderiam gerar a pergunta: o ministro tentou fugir dessa polêmica? Por quê?
Até mesmo a fala que o ministro fez sobre a reforma política é passível de vários questionamentos. Ele discorreu conceitualmente sobre os limites de nossa democracia e a formatação que ela poderia adquirir. Mas não pronunciou nenhuma palavra sobre as medidas que o governo vai tomar para que essa pauta entre na agenda do país. A finalidade de problematizar as distorções do nosso sistema político já havia sido explorada fartamente ao longo de todo dia por figuras como Stédile (MST), Aldo Arantes (Coalizão pela Reforma Política Democrática) e muitos outros.
Apesar de não ter sido suficiente para responder o que se espera de um quadro do executivo federal, Rosseto declarou posicionamentos que tem impacto na política do país. Mas isso também foi ignorado pela mídia privada. Apontou a concordância da presidenta Dilma com uma Constituinte exclusiva para tratar o tema. E diante da tão alardeada pressão que sofreu dos estudantes, anunciou a disposição em reunir alguns ministros “para debater o plano de desenvolvimento do governo junto com a UNE”. Fato que, se ocorrido, é uma demonstração de coragem e senso democrático.
Quanto às palavras de ordem que ele ouviu, certamente não poderia ser diferente. E responder que não há corte em nenhum programa social do governo é limitado. Depois de 12 anos de governos Lula e Dilma, a chamada que a sociedade faz é por investimentos ainda maiores e pela implementação das reformas democráticas tão necessárias para corrigir os entraves da nossa jovem democracia. Inclusive a da mídia, monopolizada por meia dúzia de grupos incapazes de noticiar de forma completa um fato como esse.
Chegamos na quarta-feira (4) que também é o quarto dia da 9° Bienal de Cultura da UNE. Ainda rende a repercussão da presença do ministro Miguel Rossetto no evento. E antes da participação de outro ministro na atividade – Juca Ferreira, da Cultura – é necessário entender melhor o bate bola do secretário geral da Presidência da República com os estudantes.
A busca da grande mídia por fazer oposição cerrada ao governo federal a impede de fazer jornalismo. E, com isso, quem se informa a partir desses meios passa a ter compreensão distorcida ou limitada dos acontecimentos. Tem sido assim desde 1°de janeiro de 2003, com a posse do primeiro governo Lula. Não há nada de novo nisso.
Sobre a participação de Rosseto no evento que abre as ações dos movimentos sociais no segundo governo Dilma, o Partido da Imprensa Golpista (PIG) sintetizou o fato repleto de nuances num único momento: a agitação de alguns poucos setores que participam do movimento estudantil contra o governo. É no mínimo irresponsabilidade com seus leitores, telespectadores e ouvintes.
Participam da UNE mais correntes políticas juvenis do que partidos no Congresso Nacional. A diversidade de opinião e visões de mundo nas atividades que a organização realiza é vasta. Todas são manifestadas com muita criatividade e agitação. Durante as atividades, há desde os que criticam o governo a partir de vários critérios, aos que apoiam com críticas e até aqueles que se eximem de tornar público qualquer opinião contrária às ações governamentais. Isso ocorre durante a programação da Bienal e também ocorreu diante do ministro.
Desqualificados em fazer o enfrentamento com o governo Dilma, papel que deveria ser dos partidos de direita, o PIG não levou em consideração um fato importante. A fala de Rosseto teve como centro a reforma política. Suas considerações sobre as medidas conservadoras foram apenas respostas aos questionamentos que surgiram. Poderiam gerar a pergunta: o ministro tentou fugir dessa polêmica? Por quê?
Até mesmo a fala que o ministro fez sobre a reforma política é passível de vários questionamentos. Ele discorreu conceitualmente sobre os limites de nossa democracia e a formatação que ela poderia adquirir. Mas não pronunciou nenhuma palavra sobre as medidas que o governo vai tomar para que essa pauta entre na agenda do país. A finalidade de problematizar as distorções do nosso sistema político já havia sido explorada fartamente ao longo de todo dia por figuras como Stédile (MST), Aldo Arantes (Coalizão pela Reforma Política Democrática) e muitos outros.
Apesar de não ter sido suficiente para responder o que se espera de um quadro do executivo federal, Rosseto declarou posicionamentos que tem impacto na política do país. Mas isso também foi ignorado pela mídia privada. Apontou a concordância da presidenta Dilma com uma Constituinte exclusiva para tratar o tema. E diante da tão alardeada pressão que sofreu dos estudantes, anunciou a disposição em reunir alguns ministros “para debater o plano de desenvolvimento do governo junto com a UNE”. Fato que, se ocorrido, é uma demonstração de coragem e senso democrático.
Quanto às palavras de ordem que ele ouviu, certamente não poderia ser diferente. E responder que não há corte em nenhum programa social do governo é limitado. Depois de 12 anos de governos Lula e Dilma, a chamada que a sociedade faz é por investimentos ainda maiores e pela implementação das reformas democráticas tão necessárias para corrigir os entraves da nossa jovem democracia. Inclusive a da mídia, monopolizada por meia dúzia de grupos incapazes de noticiar de forma completa um fato como esse.
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