Por Thiago Cassis, no site da UJS:
O principal desserviço da grande mídia foi ter criminalizado a política e os partidos.
É muito comum ouvir coisas como “todos os políticos são corruptos” ou que “não existe partido que o represente”.
Aí o sujeito acredita em diversas pautas “progressistas” e busca lutar por essas pautas em movimentos de uma pauta só, isolado de todo o resto e se dizendo “apartidário”, mas ai se indigna quando o país elege o Congresso mais conservador em anos.
Reforço que considero toda luta por mais direitos válida. E que no mínimo esses coletivos e movimentos “apartidários” são importantes para politizar uma parte da população (uma parte extremamente pequena, é verdade).
O problema é que quando se isola nesses movimentos de uma pauta só, o sujeito não percebe que passa a dialogar apenas com os “seus”, e se surpreende quando percebe que o Brasil é bem diferente da sua timeline.
Quando chega a eleição e o sujeito que vive no “mundo ideal” das suas próprias ideias reclama da falta de espaço que as pautas “super avançadas” que acredita recebem, reclama das alianças políticas que os partidos de esquerda – que ele não considera esquerda – têm que costurar para conseguir avançar a passos de formiga… reclama de tudo.
Mas durante o processo, o que ele fez pra mudar isso? Com quem ele dialogou além das pessoas de seu próprio meio e que acreditam nas mesmas coisas que ele?
Não adianta bater na mídia o tempo todo, e cair na sua principal armadilha que é fazer com que as pessoas desacreditem da política e dos partidos.
Não seria muito mais transformador de fato se filiar ao partido que mais se aproxime do que acredita e ai sim, assumindo sua opção política, enfrentar a realidade e debater com os que estão a sua volta, mas não necessariamente da mesma classe e nem do mesmo universo cultural, sobre os pontos que considera importantes para o país?
Demoramos muito tempo para ter o direito de nos organizarmos em partidos políticos, e a mídia, que apoiou a ditadura, trabalha em defesa de seus próprios interesses que passam longe das organizações partidárias sólidas e conscientes da luta pela democracia.
Vivemos em um país, apenas para dar alguns exemplos, onde a maioria é contra o aborto, é a favor da redução da maioridade penal, não faz ideia de que raios quer dizer “democratização da comunicação” e por ai vai… O povo escolheu esse Congresso conservador!
Não existe surpresa na escolha da presidência da Câmara e nem na composição dos Ministérios.
Mas o sujeito continua com os seus, defendendo suas pautas dentro dos movimentos isolados, achando que sua timeline realmente representa alguma coisa…
Ou saímos para as ruas para dialogar com os que não pensam como nós e apresentamos nossas ideias, ou só resta choramingar eternamente entre “os seus”. Mas o fato é que mesmo quem demonstra interesses políticos dignos e potencial para atuar neste meio, em algum momento do percurso se deixou levar pela conversa “anti política” da mídia. Se os que se reconhecem como progressistas não tomarem a responsabilidade para si, não vai adiantar reclamar deste Congresso e nem da onda conservadora que vem por ai…
O principal desserviço da grande mídia foi ter criminalizado a política e os partidos.
É muito comum ouvir coisas como “todos os políticos são corruptos” ou que “não existe partido que o represente”.
Aí o sujeito acredita em diversas pautas “progressistas” e busca lutar por essas pautas em movimentos de uma pauta só, isolado de todo o resto e se dizendo “apartidário”, mas ai se indigna quando o país elege o Congresso mais conservador em anos.
Reforço que considero toda luta por mais direitos válida. E que no mínimo esses coletivos e movimentos “apartidários” são importantes para politizar uma parte da população (uma parte extremamente pequena, é verdade).
O problema é que quando se isola nesses movimentos de uma pauta só, o sujeito não percebe que passa a dialogar apenas com os “seus”, e se surpreende quando percebe que o Brasil é bem diferente da sua timeline.
Quando chega a eleição e o sujeito que vive no “mundo ideal” das suas próprias ideias reclama da falta de espaço que as pautas “super avançadas” que acredita recebem, reclama das alianças políticas que os partidos de esquerda – que ele não considera esquerda – têm que costurar para conseguir avançar a passos de formiga… reclama de tudo.
Mas durante o processo, o que ele fez pra mudar isso? Com quem ele dialogou além das pessoas de seu próprio meio e que acreditam nas mesmas coisas que ele?
Não adianta bater na mídia o tempo todo, e cair na sua principal armadilha que é fazer com que as pessoas desacreditem da política e dos partidos.
Não seria muito mais transformador de fato se filiar ao partido que mais se aproxime do que acredita e ai sim, assumindo sua opção política, enfrentar a realidade e debater com os que estão a sua volta, mas não necessariamente da mesma classe e nem do mesmo universo cultural, sobre os pontos que considera importantes para o país?
Demoramos muito tempo para ter o direito de nos organizarmos em partidos políticos, e a mídia, que apoiou a ditadura, trabalha em defesa de seus próprios interesses que passam longe das organizações partidárias sólidas e conscientes da luta pela democracia.
Vivemos em um país, apenas para dar alguns exemplos, onde a maioria é contra o aborto, é a favor da redução da maioridade penal, não faz ideia de que raios quer dizer “democratização da comunicação” e por ai vai… O povo escolheu esse Congresso conservador!
Não existe surpresa na escolha da presidência da Câmara e nem na composição dos Ministérios.
Mas o sujeito continua com os seus, defendendo suas pautas dentro dos movimentos isolados, achando que sua timeline realmente representa alguma coisa…
Ou saímos para as ruas para dialogar com os que não pensam como nós e apresentamos nossas ideias, ou só resta choramingar eternamente entre “os seus”. Mas o fato é que mesmo quem demonstra interesses políticos dignos e potencial para atuar neste meio, em algum momento do percurso se deixou levar pela conversa “anti política” da mídia. Se os que se reconhecem como progressistas não tomarem a responsabilidade para si, não vai adiantar reclamar deste Congresso e nem da onda conservadora que vem por ai…
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