Por Renato Rovai, em seu blog:
Ao final da entrevista que a presidenta Dilma concedeu a blogueiros na manhã de ontem, a jornalista Cynara Menezes perguntou o que ela tinha achado de um post do blogueiro de O Globo, Ricardo Noblat, que descrevia uma briga entre Lula e a presidenta.
A presidenta que já estava começando a se levantar para sair perguntou aos seus assessores do que se tratava e enquanto Cynara começava a explicar, em tom indignado, disse: “É aquela história da Jane, né? Eles não desistem. Na eleição, tentaram comprar isso. Não vou dizer quem foi, mas foi um jornalista que tentou comprar a dona Jane durante a eleição.”
Dilma começou, então, a contar a história dela com Jane, que teria sido sua empregada. Entre outras coisas, a presidenta disse tê-la ensinado a fazer contas de multiplicar. Antes de continuar a nota, leiam este trecho publicado no blog do Noblat.
Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela.
O episódio conhecido dentro do governo como “a guerra dos cabides” custou o emprego de Jane.
Mas ela deu sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento a respeito da guerra dos cabides.
Dilma soube. Zelosos auxiliares dela garantiram a Jane os benefícios do programa “Minha Casa, Minha Vida”, uma soma em dinheiro e um novo emprego. Jane aceitou.
Quando um dos blogueiros disse a Dilma que na nota de Noblat teria sido dito que Jane havia ganho um imóvel do Minha Casa, Minha Vida a presidenta voltou a se indignar. Segundo ela, Jane seria beneficiária do programa, mas paga cada centavo da prestação com o salário que recebe.
Novas perguntas sobre o nome do jornalista que buscara subornar Jane foram feitas a Dilma, que, quando já estava para sair da sala, disse que não falaria nem sob tortura.
Depois da entrevista o blogueiro contatou várias pessoas tentando descobrir quem seria o jornalista citado por Dilma. Duas fontes diferentes e que acompanharam a história no ano passado disseram se tratar de Matheus Leitão Netto, filho da colunista de economia das Organizações Globo, Miriam Leitão, e do jornalista Marcelo Netto, ex-assessor do ministro Antônio Palocci no primeiro mandato de Lula.
Duas outras fontes confirmaram a história da tentativa de suborno. Uma disse ao blog que tinham lhe dito que era um repórter da Folha. E outra afirmou que sabia do fato, mas que a ex-empregada nunca havia apresentado provas. Quando confrontada com o nome, a fonte desconversou.
Todas as conversas foram em off e ninguém autorizou a divulgação dos seus nomes.
Ainda ontem à noite, depois de voltar de Brasília, o blog contatou Matheus Leitão pelo inbox do Facebook:
Blog: Matheus, tudo bem? Eu sou editor da Revista Fórum e acho que a Maíra até te procurou. Eu queria conversar contigo porque apurei uma história que te envolve e seria legal se pudesse te entrevistar antes de publicar. Você poderia me ligar se possível ainda hoje. Abs, rr,
Matheus: Não estou entendendo essas mensagens. Do que se trata?
Blog: Podemos falar por fone ou você prefere por aqui?
Matheus: Eu falo sim. Só que estou numa reunião e estou tentando entender do que se trata. Vc pode adiantar?
Blog: Posso sim, Matheus.
Na entrevista de hoje a Dilma comentou aquela história dos cabides publicada no Noblat ontem.
E depois disse que isso era uma história requentada, porque no ano passado um jornalista teria tentado subornar a Jane, empregada dela, pra confirmar isso…
Ao final da entrevista que a presidenta Dilma concedeu a blogueiros na manhã de ontem, a jornalista Cynara Menezes perguntou o que ela tinha achado de um post do blogueiro de O Globo, Ricardo Noblat, que descrevia uma briga entre Lula e a presidenta.
A presidenta que já estava começando a se levantar para sair perguntou aos seus assessores do que se tratava e enquanto Cynara começava a explicar, em tom indignado, disse: “É aquela história da Jane, né? Eles não desistem. Na eleição, tentaram comprar isso. Não vou dizer quem foi, mas foi um jornalista que tentou comprar a dona Jane durante a eleição.”
Dilma começou, então, a contar a história dela com Jane, que teria sido sua empregada. Entre outras coisas, a presidenta disse tê-la ensinado a fazer contas de multiplicar. Antes de continuar a nota, leiam este trecho publicado no blog do Noblat.
Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela.
O episódio conhecido dentro do governo como “a guerra dos cabides” custou o emprego de Jane.
Mas ela deu sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento a respeito da guerra dos cabides.
Dilma soube. Zelosos auxiliares dela garantiram a Jane os benefícios do programa “Minha Casa, Minha Vida”, uma soma em dinheiro e um novo emprego. Jane aceitou.
Quando um dos blogueiros disse a Dilma que na nota de Noblat teria sido dito que Jane havia ganho um imóvel do Minha Casa, Minha Vida a presidenta voltou a se indignar. Segundo ela, Jane seria beneficiária do programa, mas paga cada centavo da prestação com o salário que recebe.
Novas perguntas sobre o nome do jornalista que buscara subornar Jane foram feitas a Dilma, que, quando já estava para sair da sala, disse que não falaria nem sob tortura.
Depois da entrevista o blogueiro contatou várias pessoas tentando descobrir quem seria o jornalista citado por Dilma. Duas fontes diferentes e que acompanharam a história no ano passado disseram se tratar de Matheus Leitão Netto, filho da colunista de economia das Organizações Globo, Miriam Leitão, e do jornalista Marcelo Netto, ex-assessor do ministro Antônio Palocci no primeiro mandato de Lula.
Duas outras fontes confirmaram a história da tentativa de suborno. Uma disse ao blog que tinham lhe dito que era um repórter da Folha. E outra afirmou que sabia do fato, mas que a ex-empregada nunca havia apresentado provas. Quando confrontada com o nome, a fonte desconversou.
Todas as conversas foram em off e ninguém autorizou a divulgação dos seus nomes.
Ainda ontem à noite, depois de voltar de Brasília, o blog contatou Matheus Leitão pelo inbox do Facebook:
Blog: Matheus, tudo bem? Eu sou editor da Revista Fórum e acho que a Maíra até te procurou. Eu queria conversar contigo porque apurei uma história que te envolve e seria legal se pudesse te entrevistar antes de publicar. Você poderia me ligar se possível ainda hoje. Abs, rr,
Matheus: Não estou entendendo essas mensagens. Do que se trata?
Blog: Podemos falar por fone ou você prefere por aqui?
Matheus: Eu falo sim. Só que estou numa reunião e estou tentando entender do que se trata. Vc pode adiantar?
Blog: Posso sim, Matheus.
Na entrevista de hoje a Dilma comentou aquela história dos cabides publicada no Noblat ontem.
E depois disse que isso era uma história requentada, porque no ano passado um jornalista teria tentado subornar a Jane, empregada dela, pra confirmar isso…
A Dilma não abriu o nome do jornalista, mas disse que não era nem o Noblat e nem o Cláudio Humberto
Mas eu fiquei atrás dessa história o resto do dia e duas pessoas me deram o teu nome…
Por isso queria falar contigo antes de publicar qualquer coisa
Uns 30 minutos depois dessa conversa, Matheus ligou. O jornalista confirmou que de fato procurou Jane no ano passado, quando ainda era repórter da Folha de S. Paulo, e que ao ser confrontada com o relato a ex-empregada de Dilma teria, num primeiro momento, desconversado, mas depois negado a história.
Matheus também disse que a história do suborno era uma leviandade e que só foi atrás de Jane porque todo mundo gostaria de apurar aquela notícia, mas tanto ao telefone como em nova mensagem por Facebook insistiu em dizer que “faço jornalismo sério e diante da negativa da entrevistada abandonei a matéria”.
Essa história de Jane faz parte do folclore político de Brasília. A história do jornalista que teria tentado subornar a ex-empregada de Dilma não. Veio à tona ontem na entrevista com os blogueiros a partir de declaração da presidenta da República. Matheus Leitão nega o suborno, mas confirma a tentativa de apuração na época da campanha. O blogue publica essa nota com todas essas ressalvas porque o assunto certamente ainda ainda vai render muito.
Por isso queria falar contigo antes de publicar qualquer coisa
Uns 30 minutos depois dessa conversa, Matheus ligou. O jornalista confirmou que de fato procurou Jane no ano passado, quando ainda era repórter da Folha de S. Paulo, e que ao ser confrontada com o relato a ex-empregada de Dilma teria, num primeiro momento, desconversado, mas depois negado a história.
Matheus também disse que a história do suborno era uma leviandade e que só foi atrás de Jane porque todo mundo gostaria de apurar aquela notícia, mas tanto ao telefone como em nova mensagem por Facebook insistiu em dizer que “faço jornalismo sério e diante da negativa da entrevistada abandonei a matéria”.
Essa história de Jane faz parte do folclore político de Brasília. A história do jornalista que teria tentado subornar a ex-empregada de Dilma não. Veio à tona ontem na entrevista com os blogueiros a partir de declaração da presidenta da República. Matheus Leitão nega o suborno, mas confirma a tentativa de apuração na época da campanha. O blogue publica essa nota com todas essas ressalvas porque o assunto certamente ainda ainda vai render muito.
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