Por Altamiro Borges
Nesta segunda-feira (13), a Justiça da França condenou a três anos de prisão a ricaça Arlette Ricci, herdeira do negócio de moda e perfumes Nina Ricci. Ela foi acusada por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro após ser revelado que mantinha contas na unidade do HSBC na Suíça, no caso que ficou conhecido como SwissLeaks. Segundo as investigações do fisco francês, a bilionária desviou US$ 22 milhões usando contas e empresas "offshore" baseadas principalmente no Panamá. Ela também foi condenada a pagar US$ 1,1 milhão em multas e terá confiscadas quatro propriedades, avaliadas em US$ 4 milhões.
Em outros países, principalmente da Europa, o escândalo do SwissLeaks tem gerado fortes abalos políticos. As listas dos sonegadores – que se utilizavam de mecanismos criminosos do banco HSBC – já foram divulgadas e vários empresários, celebridades midiáticas e políticos estão na berlinda. Já no Brasil, a lista segue nas mãos de "jornalistas investigativos" do UOL e do jornal O Globo. O governo federal ainda não teve acesso às contas secretas dos 8.667 envolvidos neste escândalo. Pelos dados vazados até agora, sabe-se que a lista inclui poderosas empresas – como a Gerdau e o Banco Safra –, e veículos de comunicação – como a RBS, afiliada da TV Globo na região Sul. O silêncio da mídia nativa sobre o escândalo confirma que há algo de muito podre no "Suiçalão".
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