Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
O placar não deixa dúvidas, como diziam os locutores esportivos: 20 a 7 pela aprovação de Luiz Fachin. Este foi o resultado da guerra política instalada há meses em torno da nomeação do novo ministro do STF indicado pela presidente Dilma Rousseff.
Já noite alta de terça-feira, depois de mais de 11 longas horas de sabatina, que mais parecia um interrogatório policial promovido pela bancada da oposição liderada por Ronaldo Caiado (DEM-GO), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal anunciou a vitória parcial - ainda falta a votação em plenário, na próxima terça-feira - do governo Dilma.
Se o nome de Fachin tivesse sido rejeitado, as manchetes dos jornais atribuiriam a derrota a Dilma Rousseff. Como foi aprovado, significou mais uma derrota para a oposição tucana e a grande mídia familiar, que propugnam o impeachment da presidente desde o final da eleição do ano passado.
No vale tudo para desgastar o governo, o preenchimento da vaga de Joaquim Barbosa no STF foi apenas mais um capítulo desta guerra sem fim que, neste momento, revela um claro esvaziamento da campanha do "Fora Dilma". No que realmente interessa, Dilma ganhou todas as batalhas até aqui: a aprovação do orçamento e da primeira etapa do ajuste fiscal na Câmara e agora a vitória na CCJ do Senado.
Sem a bandeira do impeachment, a oposição e a mídia ficaram literalmente com o mastro na mão. Vão fazer e falar o que daqui para a frente? Promover mais panelaços, marchas a Brasília, abrir mais CPIs, ou simplesmente espernear nos microfones do Congresso Nacional?
As derrotas impostas ao governo até agora o foram pela dupla de "aliados" Eduardo Cunha e Renan Calheiros, os peemedebistas que presidem Câmara e Senado - e não pelos tucanos e seus aliados midiáticos. Não tem preço ver a cara desenxabida dos coleguinhas na televisão, ao comentar os motivos de mais um fracasso em sua cruzada anti-Dilma.
Enquanto isso, o governo chinês anuncia na próxima semana um pacote de US$ 53 bilhões em investimentos nos projetos de infraestrutura no Brasil. E, em algum lugar perdido do centro-oeste, a caminho de Brasília, a "Marcha pela Liberdade" comandada por um napoleão mirim recebia a adesão entusiasmada do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, o único tucano que ainda não desistiu de derrubar o governo. Sampaio prometeu se incorporar ao grupo de vinte marchadeiros na reta final da caminhada.
Os grandes caciques do PSDB, que realmente contam, estavam ontem em Nova York, enquanto Fachin era sabatinado, participando de mais uma homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Os senadores José Serra, Aécio Neves e Tasso Jereissati, além dos governadores Marconi Perillo, de Goiás, e Pedro Taques (PDT-MT), preferiram ouvir de perto o discurso em que FHC criticou a política econômica do atual governo.
Já noite alta de terça-feira, depois de mais de 11 longas horas de sabatina, que mais parecia um interrogatório policial promovido pela bancada da oposição liderada por Ronaldo Caiado (DEM-GO), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal anunciou a vitória parcial - ainda falta a votação em plenário, na próxima terça-feira - do governo Dilma.
Se o nome de Fachin tivesse sido rejeitado, as manchetes dos jornais atribuiriam a derrota a Dilma Rousseff. Como foi aprovado, significou mais uma derrota para a oposição tucana e a grande mídia familiar, que propugnam o impeachment da presidente desde o final da eleição do ano passado.
No vale tudo para desgastar o governo, o preenchimento da vaga de Joaquim Barbosa no STF foi apenas mais um capítulo desta guerra sem fim que, neste momento, revela um claro esvaziamento da campanha do "Fora Dilma". No que realmente interessa, Dilma ganhou todas as batalhas até aqui: a aprovação do orçamento e da primeira etapa do ajuste fiscal na Câmara e agora a vitória na CCJ do Senado.
Sem a bandeira do impeachment, a oposição e a mídia ficaram literalmente com o mastro na mão. Vão fazer e falar o que daqui para a frente? Promover mais panelaços, marchas a Brasília, abrir mais CPIs, ou simplesmente espernear nos microfones do Congresso Nacional?
As derrotas impostas ao governo até agora o foram pela dupla de "aliados" Eduardo Cunha e Renan Calheiros, os peemedebistas que presidem Câmara e Senado - e não pelos tucanos e seus aliados midiáticos. Não tem preço ver a cara desenxabida dos coleguinhas na televisão, ao comentar os motivos de mais um fracasso em sua cruzada anti-Dilma.
Enquanto isso, o governo chinês anuncia na próxima semana um pacote de US$ 53 bilhões em investimentos nos projetos de infraestrutura no Brasil. E, em algum lugar perdido do centro-oeste, a caminho de Brasília, a "Marcha pela Liberdade" comandada por um napoleão mirim recebia a adesão entusiasmada do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, o único tucano que ainda não desistiu de derrubar o governo. Sampaio prometeu se incorporar ao grupo de vinte marchadeiros na reta final da caminhada.
Os grandes caciques do PSDB, que realmente contam, estavam ontem em Nova York, enquanto Fachin era sabatinado, participando de mais uma homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso promovida pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Os senadores José Serra, Aécio Neves e Tasso Jereissati, além dos governadores Marconi Perillo, de Goiás, e Pedro Taques (PDT-MT), preferiram ouvir de perto o discurso em que FHC criticou a política econômica do atual governo.
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