Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
A visita dos oito senadores à Venezuela vai deixando de se parecer com uma farsa para se configurar numa molecagem internacional. Folha e Estadão publicaram a versão do Itamaraty para o episódio. Os paladinos da liberdade não tiveram o cuidado para dar verniz de credibilidade ao factoide.
Aécio Neves, Ronaldo Caiado, Aloysio Nunes, Petecão (Petecão!!) et caterva já sabiam desde o início que o embaixador Ruy Pereira não os acompanharia em Caracas na missão para evitar problemas diplomáticos. Tratava-se, afinal, de um grupo abertamente oposicionista ao regime.
O ministro diplomata Eduardo Saboia, na Venezuela, teria anunciado a ausência de Pereira. De acordo com as fontes ouvidas pelo Estadão, no momento em que os políticos desembarcaram, ao saber que Pereira não estaria com eles, Aécio disse a Saboia que agradecia a recepção dele e que “entendia as limitações de prosseguir com o grupo”.
Não teria havido também objeção da ministra de relações exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, que deu a autorização para o vôo oficial. A programação do pacote foi entregue às autoridades brasileiras só três horas antes da chegada.
A histeria foi insuflada pelos parlamentares desde o primeiro momento. Aécio e Aloysio venderam a história de que o passeio não foi autorizado. Caiado, o Louro José de Aécio, aprimorou sua mitomania. Antes da resposta (ou já ciente dela?), sugeriu em entrevistas uma “uma moção de repúdio pedindo a exclusão da Venezuela do Mercosul e rompendo todos os acordos legislativos do Brasil com esse país”.
Uma vez lá, o mesmo Caiado inventou que a van foi “apedrejada” por militantes e que postaria o vídeo, mas a internet era “ruim”. As imagens do apedrejamento nunca viram a luz do sol.
À medida em que novos detalhes vêem à tona, a palhaçada diplomática toma contornos mais ridículos. Como já escrevi, não há, a rigor, diferença alguma, em matéria de tática, entre isso e o que o líder dos Revoltados On Line fez em Salvador ao invadir um congresso petista esperando que o pior acontecesse.
Em sua coluna de hoje, Aécio insiste no tema: “O que não nos deixaram ver na Venezuela nos dá uma ideia do que é viver hoje em condições de democracia ameaçada onde não há lugar para vozes dissonantes, para o diálogo e o confronto legítimo de opiniões. Onde a verdade pertence ao governo, como em velhos manuais aposentados pela história”.
Haverá um limite para a patetice e a compulsão de confundir? Não, e a nossa Liga da Justiça está aí para encantar o mundo com seu talento e sua classe.
Aécio Neves, Ronaldo Caiado, Aloysio Nunes, Petecão (Petecão!!) et caterva já sabiam desde o início que o embaixador Ruy Pereira não os acompanharia em Caracas na missão para evitar problemas diplomáticos. Tratava-se, afinal, de um grupo abertamente oposicionista ao regime.
O ministro diplomata Eduardo Saboia, na Venezuela, teria anunciado a ausência de Pereira. De acordo com as fontes ouvidas pelo Estadão, no momento em que os políticos desembarcaram, ao saber que Pereira não estaria com eles, Aécio disse a Saboia que agradecia a recepção dele e que “entendia as limitações de prosseguir com o grupo”.
Não teria havido também objeção da ministra de relações exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, que deu a autorização para o vôo oficial. A programação do pacote foi entregue às autoridades brasileiras só três horas antes da chegada.
A histeria foi insuflada pelos parlamentares desde o primeiro momento. Aécio e Aloysio venderam a história de que o passeio não foi autorizado. Caiado, o Louro José de Aécio, aprimorou sua mitomania. Antes da resposta (ou já ciente dela?), sugeriu em entrevistas uma “uma moção de repúdio pedindo a exclusão da Venezuela do Mercosul e rompendo todos os acordos legislativos do Brasil com esse país”.
Uma vez lá, o mesmo Caiado inventou que a van foi “apedrejada” por militantes e que postaria o vídeo, mas a internet era “ruim”. As imagens do apedrejamento nunca viram a luz do sol.
À medida em que novos detalhes vêem à tona, a palhaçada diplomática toma contornos mais ridículos. Como já escrevi, não há, a rigor, diferença alguma, em matéria de tática, entre isso e o que o líder dos Revoltados On Line fez em Salvador ao invadir um congresso petista esperando que o pior acontecesse.
Em sua coluna de hoje, Aécio insiste no tema: “O que não nos deixaram ver na Venezuela nos dá uma ideia do que é viver hoje em condições de democracia ameaçada onde não há lugar para vozes dissonantes, para o diálogo e o confronto legítimo de opiniões. Onde a verdade pertence ao governo, como em velhos manuais aposentados pela história”.
Haverá um limite para a patetice e a compulsão de confundir? Não, e a nossa Liga da Justiça está aí para encantar o mundo com seu talento e sua classe.
0 comentários:
Postar um comentário