Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:
O ponto central da pesquisa Datafolha que apontou a impopularidade da presidenta Dilma Rousseff em um nível semelhante ao de Fernando Collor em 1992 está na distribuição por renda da insatisfação.
O Datafolha mostrou que a gestão de Dilma é considerada ruim ou péssima por 62% dos eleitores que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos. Desde a última pesquisa, divulgada em março, este número cresceu cinco pontos percentuais, fora da margem de erro, portanto, indicando o desgaste da petista neste contingente dos eleitores.
O Datafolha mostrou que a gestão de Dilma é considerada ruim ou péssima por 62% dos eleitores que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos. Desde a última pesquisa, divulgada em março, este número cresceu cinco pontos percentuais, fora da margem de erro, portanto, indicando o desgaste da petista neste contingente dos eleitores.
O conjunto que ganha até dois salários mínimos é decisivo na eleição pois corresponde a 43% do eleitorado. É o maior grupo nas divisões por renda da pesquisa. Cinco dias antes do segundo turno do pleito presidencial de 2014, o Datafolha apontava Dilma com uma vantagem expressiva sobre Aécio Neves (PSDB) entre esses eleitores. Eram 21 pontos percentuais à frente do tucano: 55% a 34%.
Este dado é bastante preocupante para o PT. Como demonstra o cientista político André Singer no livro Os sentidos do Lulismo, esses eleitores passaram a se identificar com o PT depois da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, quando os programas sociais colocados em prática pelo ex-presidente começaram a surtir efeito. Este grupo foi fundamental na reeleição de Lula em 2006 e nas vitórias de Dilma em 2010 e 2014.
Desde o início do segundo governo Dilma, entretanto, o apoio da massa mais pobre ao PT começou a ruir. Grupo particularmente sensível ao aumento do desemprego e da inflação, já verificados em estatísticas oficiais, e a algumas medidas do ajuste fiscal imposto pelo Planalto, esses eleitores têm demonstrado insatisfação crescente. Antes da eleição, apenas 15% afirmavam que o governo era ruim ou péssimo, ante os 62% verificados agora.
Completa o quadro a insatisfação dos eleitores com renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos, que correspondem a outros 38% do eleitorado. Cinco dias antes do segundo turno em outubro passado, Aécio vencia Dilma dentro da margem de erro, por 46% a 43%, mas apenas 20% das pessoas dessa faixa de renda avaliavam o governo como ruim ou péssimo. Desde então, esse número foi a 46% em fevereiro e chegou a 69% em maio, a maior porcentagem entre todas as faixas de renda.
Como mostrou reportagem recente de André Barrocal, o governo está ciente da gravidade do quadro e trabalha com a expectativa de Dilma reverter parte da queda da popularidade apenas a partir de 2017. A brusca queda na popularidade também afeta as pretensões eleitorais de Lula. Padrinho político de Dilma, sua imagem sofre desgaste por conta dela. Caso o governo não consiga reverter essa situação, em 2018 a chance de o PT ganhar a eleição pela quinta vez seguida parece bastante comprometida.
Este dado é bastante preocupante para o PT. Como demonstra o cientista político André Singer no livro Os sentidos do Lulismo, esses eleitores passaram a se identificar com o PT depois da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, quando os programas sociais colocados em prática pelo ex-presidente começaram a surtir efeito. Este grupo foi fundamental na reeleição de Lula em 2006 e nas vitórias de Dilma em 2010 e 2014.
Desde o início do segundo governo Dilma, entretanto, o apoio da massa mais pobre ao PT começou a ruir. Grupo particularmente sensível ao aumento do desemprego e da inflação, já verificados em estatísticas oficiais, e a algumas medidas do ajuste fiscal imposto pelo Planalto, esses eleitores têm demonstrado insatisfação crescente. Antes da eleição, apenas 15% afirmavam que o governo era ruim ou péssimo, ante os 62% verificados agora.
Completa o quadro a insatisfação dos eleitores com renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos, que correspondem a outros 38% do eleitorado. Cinco dias antes do segundo turno em outubro passado, Aécio vencia Dilma dentro da margem de erro, por 46% a 43%, mas apenas 20% das pessoas dessa faixa de renda avaliavam o governo como ruim ou péssimo. Desde então, esse número foi a 46% em fevereiro e chegou a 69% em maio, a maior porcentagem entre todas as faixas de renda.
Como mostrou reportagem recente de André Barrocal, o governo está ciente da gravidade do quadro e trabalha com a expectativa de Dilma reverter parte da queda da popularidade apenas a partir de 2017. A brusca queda na popularidade também afeta as pretensões eleitorais de Lula. Padrinho político de Dilma, sua imagem sofre desgaste por conta dela. Caso o governo não consiga reverter essa situação, em 2018 a chance de o PT ganhar a eleição pela quinta vez seguida parece bastante comprometida.
2 comentários:
Eu acho que o pior adversario de Dilma e' a esquerda, por que e' pior? Por que a esquerda deveria criticar em tempos deiferentes, a esquerda desce o sarrafo na Presidenta a mesmo tempo que a direita e o PIG vigarista a massacra diariamente. Com0 ela disse, o governo comecou ha 5 meses e esta muito longe de 2018 para ser julgado pela esquerda tao cedo. Quem ajudou a Presidenta perder a popularidade foi a esquerda, pois a direita e' cativa e sempre serao oposicao. O que vejo e' uma Presidenta trabalhando arduamente para um Brasil melhor, assinando negocios com a China, facilitando a vida dos pequenos e medios empresarios com o MEI, o plano safra para agricultura familiar. Mais investimentos em logistica, estradas, portos e aeroportos. Mais dinheiro para a agricultura, e quase todo o congresso atrapalhando a vida dos brasileiros com mais medidas retrogrodas. Deixem a Presidenta Governar. Com esta esquerda caviar, a presidenta nao precisa de inimigos. POr todos sabemos que a direita sempre sera a inimiga maior. Vejo acoes da Presidenta todos os dias para um Brasil melhor. Deem um tempo, pelo menos um ano antes de jogarem tanta pedra. Estou cheio desta esquerda vitual, que nunca sai as ruas para defender a demnocracia ou pra pedir impeachment do Eduardo Cunha um picareta mor da politica e do congresso. Viva Dilma, fora esquerda utopica. Voce sao os responsaveis pela Dilma esta caindo nas pesquisas. A Carta Capital do Mino, tentando ser imparcial, bate na Presidenta todos os dias. Nao vejo muitos dos blogs defendendo a Dilma, atacam a direita e atacam a Presidenta. Votem nos tucanos entao.
Aumento forte da conta de luz e o aumento da gasolina, fora os preços dos alimentos que teimam em não baixar.
É isso mais o terrorismo midiático nosso de cada dia.
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