Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Defensor do impeachment e da renúncia da presidente Dilma, o PSDB já decidiu que dará sustentação a Eduardo Cunha, no período turbulento que se seguirá à denúncia do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, por suspeita de cobrança de propina.
“Haverá um custo mas mesmo denunciado ele nos será útil. Vamos lhe dar sustentação”. Este é o resumo do que disseram ontem vários tucanos da bancada da Câmara, lembrando que enquanto estiver no cargo Cunha terá o poder de mandar abrir o processo de impeachment contra a presidente Dilma. Não haverá decisão nem anúncio formal a este respeito, exatamente para reduzir o inevitável desgaste.
Além do PSDB, Cunha terá também o apoio do DEM para barrar os movimentos que já começaram a ser articulados contra ele na casa, como o pedido de investigação ao Conselho de Ética que será proposto por um grupo suprapartidário de deputados, conforme anunciou Ivan Valente (PSOL-SP).
O DEM também apoiará veladamente Cunha, por ora. “É cedo. Não há nada no regimento ou na Constituição que o impeça de continuar presidindo mesmo que venha a ser denunciado”, disse ao 247 o líder do partido, Mendonça Filho.
Ele está certo. Denunciado, Cunha ainda não será réu, o que só acontecerá quando e se o STF acolher a denúncia. Mesmo assim, continuará inexistindo previsão legal de que deixe o cargo. Isso levará o PT, segundo boa parte dos deputados de sua bancada, a assumir uma posição cautelosa, sem apoiar mas sem fustigar Eduardo Cunha. Até porque seriam incoerentes, pois combatem a tese do impeachment alegando que nada existe hoje contra Dilma. Depois, não têm forças para matar o leão, mesmo ferido, com seu afastamento da presidência.
Espera-se que, feita a denúncia, o STF não demore muito na decisão sobre acolhê-la ou não para reduzir a turbulência na Casa. Se houver o acolhimento, a posição de Cunha se complicará mais, seus adversários ganharão mais argumentos para tentar tirá-lo da presidência. Mas, segundo a Constituição, só depois de eventualmente condenado e do trânsito em julgado a Mesa da Câmara terá que cassar-lhe o mandato, o que determinará também a perda do cargo de presidente. Se isso não acontecer antes de fevereiro de 2017, quando termina seu mandato, ele poderá conclui-lo mesmo aos trancos e barrancos. Este é o plano dele embora um oceano ainda vá passar sob a ponte da política nacional até lá.
Em resumo, depois de denunciado Cunha terá contra si partidos como o PSOL, o PPS e boa parte do PSB (partido de um de seus mais duros críticos, o deputado Julio Delgado, que ele derrotou na disputa pela presidência da Câmara). Terá o PT na neutralidade e o apoio silencioso mas decidido da ala que o segue no PMDB, do PSDB, do DEM e todo o baixo clero espalhado por pequenas siglas, que lhe deve favores e o reverencia.
Defensor do impeachment e da renúncia da presidente Dilma, o PSDB já decidiu que dará sustentação a Eduardo Cunha, no período turbulento que se seguirá à denúncia do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, por suspeita de cobrança de propina.
“Haverá um custo mas mesmo denunciado ele nos será útil. Vamos lhe dar sustentação”. Este é o resumo do que disseram ontem vários tucanos da bancada da Câmara, lembrando que enquanto estiver no cargo Cunha terá o poder de mandar abrir o processo de impeachment contra a presidente Dilma. Não haverá decisão nem anúncio formal a este respeito, exatamente para reduzir o inevitável desgaste.
Além do PSDB, Cunha terá também o apoio do DEM para barrar os movimentos que já começaram a ser articulados contra ele na casa, como o pedido de investigação ao Conselho de Ética que será proposto por um grupo suprapartidário de deputados, conforme anunciou Ivan Valente (PSOL-SP).
O DEM também apoiará veladamente Cunha, por ora. “É cedo. Não há nada no regimento ou na Constituição que o impeça de continuar presidindo mesmo que venha a ser denunciado”, disse ao 247 o líder do partido, Mendonça Filho.
Ele está certo. Denunciado, Cunha ainda não será réu, o que só acontecerá quando e se o STF acolher a denúncia. Mesmo assim, continuará inexistindo previsão legal de que deixe o cargo. Isso levará o PT, segundo boa parte dos deputados de sua bancada, a assumir uma posição cautelosa, sem apoiar mas sem fustigar Eduardo Cunha. Até porque seriam incoerentes, pois combatem a tese do impeachment alegando que nada existe hoje contra Dilma. Depois, não têm forças para matar o leão, mesmo ferido, com seu afastamento da presidência.
Espera-se que, feita a denúncia, o STF não demore muito na decisão sobre acolhê-la ou não para reduzir a turbulência na Casa. Se houver o acolhimento, a posição de Cunha se complicará mais, seus adversários ganharão mais argumentos para tentar tirá-lo da presidência. Mas, segundo a Constituição, só depois de eventualmente condenado e do trânsito em julgado a Mesa da Câmara terá que cassar-lhe o mandato, o que determinará também a perda do cargo de presidente. Se isso não acontecer antes de fevereiro de 2017, quando termina seu mandato, ele poderá conclui-lo mesmo aos trancos e barrancos. Este é o plano dele embora um oceano ainda vá passar sob a ponte da política nacional até lá.
Em resumo, depois de denunciado Cunha terá contra si partidos como o PSOL, o PPS e boa parte do PSB (partido de um de seus mais duros críticos, o deputado Julio Delgado, que ele derrotou na disputa pela presidência da Câmara). Terá o PT na neutralidade e o apoio silencioso mas decidido da ala que o segue no PMDB, do PSDB, do DEM e todo o baixo clero espalhado por pequenas siglas, que lhe deve favores e o reverencia.
1 comentários:
Cunha e o Demóstenes de hoje.arrogante igual a todos do PSDB dem.
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