Do Jornal GGN:
Cheia de dedos, a Folha de S. Paulo deste sábado (5) revela que o tio-avô de Aécio Neves (PSDB), o ex-prefeito Múcio Tolentino, 90, usará parte do dinheiro que receberá de indenização do Estado de Minas Gerais para pagar um processo sofrido por ter usado indevidamente recursos do Estado de Minas Gerais. O caso está relacionado à construção do aeroporto de Cláudio, episódio que veio a público somente na eleição presidencial do ano passado.
Segundo a apuração da Folha, Múcio foi condenado, em maio deste ano, a pagar R$ 250 mil aos cofres públicos pela construção de uma pista de pouso em uma de suas fazendas, no município de Cláudio, no interior do Estado. A obra foi realizada em 1983, com dinheiro da Prefeitura, capitaneada pelo próprio Múcio. Ele também pediu recursos ao seu cunhado, o então governador de Minas, Tancredo Neves, avô de Aécio.
No entendimento do Ministério Público, Múcio usou dinheiro público em benefício próprio, já que a pista ficava dentro de sua fazenda. Por isso, ele virou réu em uma ação civil pública e teve, em 2001, seus bens bloqueados pela Justiça. A área, por sua vez, foi bloqueada e Múcio ficou impedido de vendê-la.
Em 2003, Aécio assumiu seu primeiro mandato como governador de Minas. Em 2008, depois de reeleito, decidiu desapropriar o terreno onde foi feita a pista de pouso do tio-avô para construir um aeródromo em cima. Na justificativa do tucano, o local era o mais apropriado, pois a pista de terra já existente representaria economia na construção do novo equipamento que fica numa cidade povoada por 25 mil habitantes.
Com autorização de Aécio, o Estado de Minas gastou quase R$ 14 milhões com a obra, que foi entregue em 2010, mas, por causa do imbróglio com o terreno, não foi aberta para uso público. No ano passado, a imprensa revelou que a pista era de uso particular e as chaves, que deveriam ficar com o poder público, eram guardadas por familiares de Aécio.
Pela desapropriação de um terreno que estava bloqueado, o Estado de Minas teria de pagar R$ 1 milhão em indenização para o tio de Aécio. Mas ele decidiu entrar na Justiça solicitando um valor maior.
Segundo a Folha, parte desse R$ 1 milhão - dinheiro que será pago pelo Estado a Múcio - será usado para pagar a dívida de R$ 250 mil referente à condenação que Múcio sofreu pela apropriação de bem público ao construir uma pista de pouso em sua fazenda. Quem reconheceu a dívida como quitada foi o juiz Jacinto Copatto Costa.
"Se a Justiça mantiver o valor da indenização proposta pelo Estado, de R$ 1 milhão, Múcio receberá pelo menos R$ 750 mil pela área, já descontado o valor que ele foi condenado a devolver por causa da outra ação. No processo, o fazendeiro chegou a pedir R$ 9 milhões pelo terreno", lembrou o jornal.
Procurado pela reportagem, o PSDB de Minas Gerais afirmou que Aécio não construiu o aeroporto em cima da pista antiga do tio para beneficiá-lo nesse processo. O fato foi usado por concorrentes do tucano durante a última disputa presidencial, da qual ele saiu derrotado por pequena diferença de votos em relação a Dilma Rousseff (PT).
O Ministério Público Estadual abriu, ainda em 2014, no calor da eleição, um inquérito sobre a obra, mas em agosto deste ano arquivou o caso. Os promotores concluíram que não houve nenhuma irregularidade na escolha do terreno e na construção do aeroporto de Cláudio, observou a Folha.
Segundo a apuração da Folha, Múcio foi condenado, em maio deste ano, a pagar R$ 250 mil aos cofres públicos pela construção de uma pista de pouso em uma de suas fazendas, no município de Cláudio, no interior do Estado. A obra foi realizada em 1983, com dinheiro da Prefeitura, capitaneada pelo próprio Múcio. Ele também pediu recursos ao seu cunhado, o então governador de Minas, Tancredo Neves, avô de Aécio.
No entendimento do Ministério Público, Múcio usou dinheiro público em benefício próprio, já que a pista ficava dentro de sua fazenda. Por isso, ele virou réu em uma ação civil pública e teve, em 2001, seus bens bloqueados pela Justiça. A área, por sua vez, foi bloqueada e Múcio ficou impedido de vendê-la.
Em 2003, Aécio assumiu seu primeiro mandato como governador de Minas. Em 2008, depois de reeleito, decidiu desapropriar o terreno onde foi feita a pista de pouso do tio-avô para construir um aeródromo em cima. Na justificativa do tucano, o local era o mais apropriado, pois a pista de terra já existente representaria economia na construção do novo equipamento que fica numa cidade povoada por 25 mil habitantes.
Com autorização de Aécio, o Estado de Minas gastou quase R$ 14 milhões com a obra, que foi entregue em 2010, mas, por causa do imbróglio com o terreno, não foi aberta para uso público. No ano passado, a imprensa revelou que a pista era de uso particular e as chaves, que deveriam ficar com o poder público, eram guardadas por familiares de Aécio.
Pela desapropriação de um terreno que estava bloqueado, o Estado de Minas teria de pagar R$ 1 milhão em indenização para o tio de Aécio. Mas ele decidiu entrar na Justiça solicitando um valor maior.
Segundo a Folha, parte desse R$ 1 milhão - dinheiro que será pago pelo Estado a Múcio - será usado para pagar a dívida de R$ 250 mil referente à condenação que Múcio sofreu pela apropriação de bem público ao construir uma pista de pouso em sua fazenda. Quem reconheceu a dívida como quitada foi o juiz Jacinto Copatto Costa.
"Se a Justiça mantiver o valor da indenização proposta pelo Estado, de R$ 1 milhão, Múcio receberá pelo menos R$ 750 mil pela área, já descontado o valor que ele foi condenado a devolver por causa da outra ação. No processo, o fazendeiro chegou a pedir R$ 9 milhões pelo terreno", lembrou o jornal.
Procurado pela reportagem, o PSDB de Minas Gerais afirmou que Aécio não construiu o aeroporto em cima da pista antiga do tio para beneficiá-lo nesse processo. O fato foi usado por concorrentes do tucano durante a última disputa presidencial, da qual ele saiu derrotado por pequena diferença de votos em relação a Dilma Rousseff (PT).
O Ministério Público Estadual abriu, ainda em 2014, no calor da eleição, um inquérito sobre a obra, mas em agosto deste ano arquivou o caso. Os promotores concluíram que não houve nenhuma irregularidade na escolha do terreno e na construção do aeroporto de Cláudio, observou a Folha.
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