Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
"Ele me agrediu e eu pensei que ele estava vindo para cima de mim. Se não tivessem me segurado, eu teria ido para cima dele. Aceito tudo, mas me tocar, não" (deputado federal Zé Geraldo, do PT do Pará, no melhor estilo boiadeiro).
"Macho nenhum vai tocar em mim, não! O senhor é moleque!" (deputado federal Wellington Roberto, do PR da Paraíba, que lembra muito o personagem Alberto Roberto do Chico Anysio).
Este edificante diálogo foi registrado na manhã desta quinta-feira na sala em que se reunia o Conselho de Ética (de Ética!) da Câmara dos Deputados durante discussão sobre o processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha.
Pela sétima vez foi adiada a sessão que deve decidir sobre a continuidade do processo, mas, na verdade, ainda nem começou. Dando gargalhadas e com ares de deboche, os deputados que estavam próximos aos dois contendores largaram seus celulares e microfones, e correram para apartar a briga.
Desde as nove da manhã, no horário marcado para o início da sessão, eu já me encontrava diante da TV para ver aquilo, mais um festival de desfaçatez explícita da tropa de choque de Eduardo Cunha, preocupada apenas em obstruir os trabalhos para evitar o julgamento do seu líder. O pior é que precisava cuidar da minha neta de dois anos, a toda hora querendo saber o que estava acontecendo. Sessão da Câmara deveria ser proibida para menores - e para maiores também, em defesa da sanidade mental dos brasileiros.
Com Paulinho da Força bocejando e parecendo fora de combate, o comando da tropa ficou por conta de um certo Manoel Júnior, do PMDB da Paraíba, o tempo todo falando ao telefone (com quem seria?) e dando risadas da nossa cara, fazendo pose de galã de novela de rádio.
Diante do furdunço, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), completamente perdido, resolveu suspender a sessão. Deveria ter chamado a polícia, mas Araújo não parece ter autoridade nem para presidir reunião de condomínio.
Na volta, Araújo passou a palavra ao novo relator, Marcos Rogério (PDT-RO), o terceiro a cumprir o papel, depois de dois meses de palhaçadas. Com voz de locutor, ele anunciou que apresentará seu relatório na próxima terça-feira, dia 15. Foram marcadas duas sessões, de manhã e à tarde. Se vocês acham que estou exagerando, não deixem de conferir ao vivo na TV Câmara.
Vida que segue.
"Ele me agrediu e eu pensei que ele estava vindo para cima de mim. Se não tivessem me segurado, eu teria ido para cima dele. Aceito tudo, mas me tocar, não" (deputado federal Zé Geraldo, do PT do Pará, no melhor estilo boiadeiro).
"Macho nenhum vai tocar em mim, não! O senhor é moleque!" (deputado federal Wellington Roberto, do PR da Paraíba, que lembra muito o personagem Alberto Roberto do Chico Anysio).
Este edificante diálogo foi registrado na manhã desta quinta-feira na sala em que se reunia o Conselho de Ética (de Ética!) da Câmara dos Deputados durante discussão sobre o processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha.
Pela sétima vez foi adiada a sessão que deve decidir sobre a continuidade do processo, mas, na verdade, ainda nem começou. Dando gargalhadas e com ares de deboche, os deputados que estavam próximos aos dois contendores largaram seus celulares e microfones, e correram para apartar a briga.
Desde as nove da manhã, no horário marcado para o início da sessão, eu já me encontrava diante da TV para ver aquilo, mais um festival de desfaçatez explícita da tropa de choque de Eduardo Cunha, preocupada apenas em obstruir os trabalhos para evitar o julgamento do seu líder. O pior é que precisava cuidar da minha neta de dois anos, a toda hora querendo saber o que estava acontecendo. Sessão da Câmara deveria ser proibida para menores - e para maiores também, em defesa da sanidade mental dos brasileiros.
Com Paulinho da Força bocejando e parecendo fora de combate, o comando da tropa ficou por conta de um certo Manoel Júnior, do PMDB da Paraíba, o tempo todo falando ao telefone (com quem seria?) e dando risadas da nossa cara, fazendo pose de galã de novela de rádio.
Diante do furdunço, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), completamente perdido, resolveu suspender a sessão. Deveria ter chamado a polícia, mas Araújo não parece ter autoridade nem para presidir reunião de condomínio.
Na volta, Araújo passou a palavra ao novo relator, Marcos Rogério (PDT-RO), o terceiro a cumprir o papel, depois de dois meses de palhaçadas. Com voz de locutor, ele anunciou que apresentará seu relatório na próxima terça-feira, dia 15. Foram marcadas duas sessões, de manhã e à tarde. Se vocês acham que estou exagerando, não deixem de conferir ao vivo na TV Câmara.
Vida que segue.
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