Do site da UJS:
Quando menos se espera chega uma mensagem no celular. Uma nova denúncia sobre a falta de merenda, o cardápio inadequado e as irregularidades em mais uma escola paulista. Sem demora, acessa a internet, traça a rota no transporte público, carrega o bilhete único e avisa aos colegas: “Partiu escola!”. Desde a última semana, essa é a rotina dos diretores da União Paulista dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UPES): a entidade tem visitado unidades em todo o estado para saber o que acontece com a merenda escolar.
Igor Gonçalves, que dirige a entidade em Osasco, assumiu a tarefa de ir às escolas e conta ao site da UBES a dinâmica diária. Na Vila Clara, coração da periferia na zona sul de São Paulo, ele esteve no colégio estadual João Ernesto Faggin e encontrou um cenário desolador.
“Dos três dias em que estive na escola durante os intervalos, em dois a merenda foi biscoito e leite; no terceiro, somente macarrão. A galera diz que o cardápio não é atrativo e que gostaria que houvesse mais variedade de alimentos. Isso se repete em muitos outros lugares. Os secundaristas reclamam que continuam com fome, mesmo depois das refeições”, relata.
O líder estudantil também fala sobre a estadual Brasílio Machado, na Vila Mariana. Uma estudante do 3º ano, que preferiu não se identificar para não sofrer perseguições, contou que, além de baixa qualidade, a merenda não é fresca. “Ela informou que no ano passado a merenda era bolacha de água e sal, suco e uma espécie de papinha. E, para nosso espanto, as merendeiras disseram ser obrigadas a servir sobras de arroz de três dias atrás por falta de alimentos”, diz Igor.
No Centro da capital, na aguerrida Caetano de Campos, onde a mobilização do movimento estudantil é permanente, o descaso é o mesmo. O estudante Felipe Ary de Souza, do 1º ano do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), conta que houve piora na merenda desde o ano passado, com a redução da variedade no cardápio.
“Na maioria dos dias servem bolacha de água e sal e leite. São só duas merendeiras para mais de mil alunos do mesmo período. Os refeitórios estão em péssimo estado, e à noite nunca há merenda”, critica o estudante.
Entenda e denuncie!
Desde o ano passado, a UPES e a UBEs defendem a bandeira contra a chamada “merenda seca” (bolachas, biscoitos e barras de cereais), por saber que para muitos jovens a principal refeição do dia é a oferecida nas escolas. Outra luta é pela oferta de merenda para todos os turnos, especialmente o noturno, demanda que ainda não é respondida pelo governo.
A UPES permanece percorrendo as escolas e organiza na próxima terça-feira (23) o evento“Rolezinho pra descobrir: Cadê a merenda que tava aqui?” (aqui). Já são mais de 2 mil convidados na página do Facebook. Acesse (aqui) e saiba mais sobre a investigação da Polícia Civil e o Ministério Público sobre a participação de políticos no roubo da merenda escolar.
* Fonte: UBES
Quando menos se espera chega uma mensagem no celular. Uma nova denúncia sobre a falta de merenda, o cardápio inadequado e as irregularidades em mais uma escola paulista. Sem demora, acessa a internet, traça a rota no transporte público, carrega o bilhete único e avisa aos colegas: “Partiu escola!”. Desde a última semana, essa é a rotina dos diretores da União Paulista dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UPES): a entidade tem visitado unidades em todo o estado para saber o que acontece com a merenda escolar.
Igor Gonçalves, que dirige a entidade em Osasco, assumiu a tarefa de ir às escolas e conta ao site da UBES a dinâmica diária. Na Vila Clara, coração da periferia na zona sul de São Paulo, ele esteve no colégio estadual João Ernesto Faggin e encontrou um cenário desolador.
“Dos três dias em que estive na escola durante os intervalos, em dois a merenda foi biscoito e leite; no terceiro, somente macarrão. A galera diz que o cardápio não é atrativo e que gostaria que houvesse mais variedade de alimentos. Isso se repete em muitos outros lugares. Os secundaristas reclamam que continuam com fome, mesmo depois das refeições”, relata.
O líder estudantil também fala sobre a estadual Brasílio Machado, na Vila Mariana. Uma estudante do 3º ano, que preferiu não se identificar para não sofrer perseguições, contou que, além de baixa qualidade, a merenda não é fresca. “Ela informou que no ano passado a merenda era bolacha de água e sal, suco e uma espécie de papinha. E, para nosso espanto, as merendeiras disseram ser obrigadas a servir sobras de arroz de três dias atrás por falta de alimentos”, diz Igor.
No Centro da capital, na aguerrida Caetano de Campos, onde a mobilização do movimento estudantil é permanente, o descaso é o mesmo. O estudante Felipe Ary de Souza, do 1º ano do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), conta que houve piora na merenda desde o ano passado, com a redução da variedade no cardápio.
“Na maioria dos dias servem bolacha de água e sal e leite. São só duas merendeiras para mais de mil alunos do mesmo período. Os refeitórios estão em péssimo estado, e à noite nunca há merenda”, critica o estudante.
Entenda e denuncie!
Desde o ano passado, a UPES e a UBEs defendem a bandeira contra a chamada “merenda seca” (bolachas, biscoitos e barras de cereais), por saber que para muitos jovens a principal refeição do dia é a oferecida nas escolas. Outra luta é pela oferta de merenda para todos os turnos, especialmente o noturno, demanda que ainda não é respondida pelo governo.
A UPES permanece percorrendo as escolas e organiza na próxima terça-feira (23) o evento“Rolezinho pra descobrir: Cadê a merenda que tava aqui?” (aqui). Já são mais de 2 mil convidados na página do Facebook. Acesse (aqui) e saiba mais sobre a investigação da Polícia Civil e o Ministério Público sobre a participação de políticos no roubo da merenda escolar.
* Fonte: UBES
1 comentários:
Que absurdo! A gente lutou para que estudantes tivessem um cardápio digno e meliantes fazem essa roubalheira.
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