Do site Vermelho:
A coordenadora geral do Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli teceu considerações, nesta quinta-feira (12), sobre o novo ministério do governo ilegítimo de Michel Temer. Para Renata, fundir o ministério da Comunicação com o de Ciência, Tecnologia e Inovação revela “o tratamento comercial e mercadológico” que Temer terá com o setor, “afastando qualquer compromisso com o debate do direito à comunicação e o desenvolvimento de políticas públicas” para a área.
Também dirigente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a jornalista Renata Mielli enumerou outras contradições e perspectivas sobre um governo golpista e ilegítimo. Citou a ausência de mulheres no comando, a roupagem neoliberal, caracterizada na extinção das pastas voltadas para o social e no plano das relações internacionais. “Fim da política externa soberana, de integração latino-americana e da estratégia Sul-Sul. José Serra assume a pasta por ser o operador internacional do golpe. Ele firmou os compromissos com a Chevron e com os EUA para privatizar a Petrobras. Serra nas Relações Exteriores vai reorientar a política comercial para que ela volte a ser preferencialmente com os EUA. Nova era de submissão aos interesses norte-americanos”.
A dirigente do FNDC descreveu ainda o “severo“ ajuste fiscal, com cortes orçamentários em Saúde, Educação. “Os programas sociais enxugados e outros extintos. Não acho que eles vão demorar para tomarem as ‘medidas difíceis’ que serão dadas para ‘curar a doença deixada pelos governos do PT’.” E aproveitou o comentário para criticar a atuação da grande mídia. “O argumento será martelado pelos isentos veículos de comunicação para levar a opinião pública a aceitar, ainda que de nariz fechado, tomar o remédio”.
Governo neoliberal
“Temo que o termo política pública vai cair em desuso por algum tempo. Em governos de orientação neoliberal o que impera são as políticas de mercado. O Estado é mínimo - como já deu para ver pelo enxugamento do governo. Afinal o grande vilão do neoliberalismo é o Estado. Quanto menor, melhor. Ele só não é extinto para oficializar o tempo da supremacia das corporações, porque as corporações se locupletam com o Estado e este serve ao seu propósito de ser o instrumento de repressão social para conter os descontentamentos”.
Estado Policial
“A repressão não será conduzida pelos militares, como ocorreu na ditadura militar. Oficializamos a era do Estado Policial, sob a batuta da Lei Antiterrorismo e das polícias militares truculentas do país”, criticou.
Liberdade de expressão
“Também será o tempo da perseguição ideológica velada, com a judicialização da liberdade de expressão, será a perseguição econômica aos movimentos sociais. Tudo sob os olhares atentos e coniventes dos meios de comunicação - que afinal, são a expressão da liberdade do mercado certo”.
Ao tratar da falta de percepção de parte da população sobre o que significa essa afastamento da presidenta Dilma Rousseff da Presidência da República, Renata Mielli recordou uma fala do humorista Laerte sobre “quando a ficha cair”. Vai cair para os “40 milhões de brasileiros que se beneficiaram das políticas de inclusão e de geração de emprego e renda, para os jovens que puderam ingressar no ensino superior, e para toda a população de baixa renda e uma parcela da classe média que, envenenada pelos meios de comunicação se deixou levar pela ilusão de que tudo o que aconteceu no país foi para acabar com a corrupção”. E com um leve tom de esperança, completou: “Está só começando. Mas um dia vai passar”.
A coordenadora geral do Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli teceu considerações, nesta quinta-feira (12), sobre o novo ministério do governo ilegítimo de Michel Temer. Para Renata, fundir o ministério da Comunicação com o de Ciência, Tecnologia e Inovação revela “o tratamento comercial e mercadológico” que Temer terá com o setor, “afastando qualquer compromisso com o debate do direito à comunicação e o desenvolvimento de políticas públicas” para a área.
Também dirigente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a jornalista Renata Mielli enumerou outras contradições e perspectivas sobre um governo golpista e ilegítimo. Citou a ausência de mulheres no comando, a roupagem neoliberal, caracterizada na extinção das pastas voltadas para o social e no plano das relações internacionais. “Fim da política externa soberana, de integração latino-americana e da estratégia Sul-Sul. José Serra assume a pasta por ser o operador internacional do golpe. Ele firmou os compromissos com a Chevron e com os EUA para privatizar a Petrobras. Serra nas Relações Exteriores vai reorientar a política comercial para que ela volte a ser preferencialmente com os EUA. Nova era de submissão aos interesses norte-americanos”.
A dirigente do FNDC descreveu ainda o “severo“ ajuste fiscal, com cortes orçamentários em Saúde, Educação. “Os programas sociais enxugados e outros extintos. Não acho que eles vão demorar para tomarem as ‘medidas difíceis’ que serão dadas para ‘curar a doença deixada pelos governos do PT’.” E aproveitou o comentário para criticar a atuação da grande mídia. “O argumento será martelado pelos isentos veículos de comunicação para levar a opinião pública a aceitar, ainda que de nariz fechado, tomar o remédio”.
Governo neoliberal
“Temo que o termo política pública vai cair em desuso por algum tempo. Em governos de orientação neoliberal o que impera são as políticas de mercado. O Estado é mínimo - como já deu para ver pelo enxugamento do governo. Afinal o grande vilão do neoliberalismo é o Estado. Quanto menor, melhor. Ele só não é extinto para oficializar o tempo da supremacia das corporações, porque as corporações se locupletam com o Estado e este serve ao seu propósito de ser o instrumento de repressão social para conter os descontentamentos”.
Estado Policial
“A repressão não será conduzida pelos militares, como ocorreu na ditadura militar. Oficializamos a era do Estado Policial, sob a batuta da Lei Antiterrorismo e das polícias militares truculentas do país”, criticou.
Liberdade de expressão
“Também será o tempo da perseguição ideológica velada, com a judicialização da liberdade de expressão, será a perseguição econômica aos movimentos sociais. Tudo sob os olhares atentos e coniventes dos meios de comunicação - que afinal, são a expressão da liberdade do mercado certo”.
Ao tratar da falta de percepção de parte da população sobre o que significa essa afastamento da presidenta Dilma Rousseff da Presidência da República, Renata Mielli recordou uma fala do humorista Laerte sobre “quando a ficha cair”. Vai cair para os “40 milhões de brasileiros que se beneficiaram das políticas de inclusão e de geração de emprego e renda, para os jovens que puderam ingressar no ensino superior, e para toda a população de baixa renda e uma parcela da classe média que, envenenada pelos meios de comunicação se deixou levar pela ilusão de que tudo o que aconteceu no país foi para acabar com a corrupção”. E com um leve tom de esperança, completou: “Está só começando. Mas um dia vai passar”.
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