Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Foi divertido ver um vídeo de Gilmar Mendes na Suécia, feito pelo Cafezinho.
O que ele foi fazer lá é irrelevante.
O que importa foi o que ele disse a um jornalista contratado pelo Cafezinho, Wellington Calasans. Disse gaguejando, aliás. Como notou Miguel do Rosário, editor do site, Gilmar estava longe de sua zona de conforto. Não estava dando entrevista por seus amigos da Globo, da Folha, da Veja, aquele tipo de coisa em que está tudo combinado.
A Toga Falante, como ele está sendo chamado nas redes sociais, vacilou.
Mas o realmente extraordinário foi a admissão do seguinte: o processo de impeachment é uma farsa. Um circo. Uma palhaçada.
Ele não usou exatamente estas palavras, claro, mas foi isso o que gaguejou.
Se Dilma cometeu ou não o crime de que é acusada - as pedaladas - não quer dizer nada, confessou Gilmar. O que vale, unicamente, é que ela não teve os votos necessários na Câmara para deter a ação do sindicado de ladrões montado por Eduardo Cunha.
Ora, ora, ora.
O ministro Luís Barroso dissera algo parecido alguns dias antes. Parece ser algo ensaiado no STF para justificar a indecente omissão no golpe. Os juízes deliberam sobre pipoca no cinema, mas se acoelham e silenciam diante de um golpe de Estado. E o infame Toffoli tem a petulância de dizer que falar em golpe é ofender as instituições brasileiras.
O parecer pelo impeachment pelo qual Janaína recebeu 45 mil reais do PSDB não é nada. Todos os debates em torno das pedaladas são nada. Todas as sessões na Câmara e no Senado são nada. Todas as declarações de corruptos como Aécio e FHC são nada.
É um julgamento de mentirinha, portanto. É o avesso da real justiça. É como os julgamentos de Stálin na década de 1930 em que o veredito era conhecido assim que o processo era aberto.
É um julgamento paraguaio, numa palavra.
54 milhões de votos foram triturados numa encenação criminosa que se arrasta há meses.
Qual o custo disso para o país? Quem vai pagar por ele?
Talvez o próprio Gilmar possa responder a essa questão numa próxima ocasião - caso não esteja falando com amigos da Globo.
O que ele foi fazer lá é irrelevante.
O que importa foi o que ele disse a um jornalista contratado pelo Cafezinho, Wellington Calasans. Disse gaguejando, aliás. Como notou Miguel do Rosário, editor do site, Gilmar estava longe de sua zona de conforto. Não estava dando entrevista por seus amigos da Globo, da Folha, da Veja, aquele tipo de coisa em que está tudo combinado.
A Toga Falante, como ele está sendo chamado nas redes sociais, vacilou.
Mas o realmente extraordinário foi a admissão do seguinte: o processo de impeachment é uma farsa. Um circo. Uma palhaçada.
Ele não usou exatamente estas palavras, claro, mas foi isso o que gaguejou.
Se Dilma cometeu ou não o crime de que é acusada - as pedaladas - não quer dizer nada, confessou Gilmar. O que vale, unicamente, é que ela não teve os votos necessários na Câmara para deter a ação do sindicado de ladrões montado por Eduardo Cunha.
Ora, ora, ora.
O ministro Luís Barroso dissera algo parecido alguns dias antes. Parece ser algo ensaiado no STF para justificar a indecente omissão no golpe. Os juízes deliberam sobre pipoca no cinema, mas se acoelham e silenciam diante de um golpe de Estado. E o infame Toffoli tem a petulância de dizer que falar em golpe é ofender as instituições brasileiras.
O parecer pelo impeachment pelo qual Janaína recebeu 45 mil reais do PSDB não é nada. Todos os debates em torno das pedaladas são nada. Todas as sessões na Câmara e no Senado são nada. Todas as declarações de corruptos como Aécio e FHC são nada.
É um julgamento de mentirinha, portanto. É o avesso da real justiça. É como os julgamentos de Stálin na década de 1930 em que o veredito era conhecido assim que o processo era aberto.
É um julgamento paraguaio, numa palavra.
54 milhões de votos foram triturados numa encenação criminosa que se arrasta há meses.
Qual o custo disso para o país? Quem vai pagar por ele?
Talvez o próprio Gilmar possa responder a essa questão numa próxima ocasião - caso não esteja falando com amigos da Globo.
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