Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O governo Temer subiu ao poder aos gritos de “cortar, cortar, cortar!”.
Era a voz da mídia, amplificado a voz do “mercado”, isto é, a voz do dinheiro.
A fúria “cortista” não economizava exemplos: cortem-se ministérios (com o da Cultura, aliás, saiu “caro”), corte-se publicidade nos “blogs sujos” (de minha parte, agradeço a comprovação de que não me vinha um “tusta” do Governo), corte-se até assessores e a despensa do Palácio da Alvorada, onde aquela malvada Dilma gastadeira (só rindo) comia demais.
Para qualquer um com mais de dois neurônios, claro, pura quinquilharia de efeito publicitário.
Para valer – um dia, claro – a “retomada” do dinheiro à disposição do BNDES para ofertar crédito às empresas e as “metas orçamentárias” para não gastar mais – apenas a variação inflacionária, e olhe lá – durante uma geração.
Bastou um mês e mais metade para que se visse que a verdade é outra.
Pode-se, claro, cortar naquilo que é estruturante: capacidade produtiva, educação, saúde pública.
Mas não se pode senão gastar mais no que é a única “meta” para valer do governo Temer: consumar a usurpação de poder.
Quem não teve voto, claro, precisa de apoio político.
E apoio político, do dia para a noite, porque a votação do impeachment está logo ali.
Então, aí está a razão do “pacote de bondades”.
Para o “mercado”, já sem a paixão inicial, promete-se que serão dadas todas as “provas de amor” após a cerimônia de entronização definitiva no poder.
O que vai ficando difícil, está-se a ver, porque a toda hora é preciso desmentir que se vá cortar o salário mínimo, as aposentadorias, o bolsa-família, o etecétera e o tal.
Aí está a diferença, bem clara, entre uma política econômica expansionista, como a que o Brasil precisa para sair da crise e a estranha simbiose entre o contracionismo neoliberal e sua aventura politiqueira do golpe.
É preciso gastar, e muito, até a sua consumação.
Depois, como disse ontem, “faca”.
Mas há sinais de que, até lá, a crise possa se tornar tão veloz que nem mesmo a caixa engordada artificialmente pelo déficit-monstro que ser autorizou no Orçamento possa resolver, porque economia não é o mesmo que lei orçamentária.
Há saída de capitais do Brasil e há sinais de que o BC – é de rir de sua independência – está disposto a destruir o único equilíbrio que se tinha, o das contas externas – usando o dólar como (duvidoso) freio inflacionário.
Assim, constrói-se déficit – e não é o passageiro, o das larguezas orçamentárias – estrutural, porque toda esta “bondade” se faz à custa de mais endividamento e endividamento caro, caríssimo, pago a juros altíssimos.
Sem que disso resulte sequer uma pífia reação da economia, restrita às pesquisas e declarações de que “a confiança voltou”.
Chegamos a uma situação em que, mesmo com uma inflação acumulada em 12 meses que beira os 10%, termos queda nominal de arrecadação.
O povo brasileiro vai pagar, à custa de muitas “maldades” o pacote de “bondades” de Temer.
O governo Temer subiu ao poder aos gritos de “cortar, cortar, cortar!”.
Era a voz da mídia, amplificado a voz do “mercado”, isto é, a voz do dinheiro.
A fúria “cortista” não economizava exemplos: cortem-se ministérios (com o da Cultura, aliás, saiu “caro”), corte-se publicidade nos “blogs sujos” (de minha parte, agradeço a comprovação de que não me vinha um “tusta” do Governo), corte-se até assessores e a despensa do Palácio da Alvorada, onde aquela malvada Dilma gastadeira (só rindo) comia demais.
Para qualquer um com mais de dois neurônios, claro, pura quinquilharia de efeito publicitário.
Para valer – um dia, claro – a “retomada” do dinheiro à disposição do BNDES para ofertar crédito às empresas e as “metas orçamentárias” para não gastar mais – apenas a variação inflacionária, e olhe lá – durante uma geração.
Bastou um mês e mais metade para que se visse que a verdade é outra.
Pode-se, claro, cortar naquilo que é estruturante: capacidade produtiva, educação, saúde pública.
Mas não se pode senão gastar mais no que é a única “meta” para valer do governo Temer: consumar a usurpação de poder.
Quem não teve voto, claro, precisa de apoio político.
E apoio político, do dia para a noite, porque a votação do impeachment está logo ali.
Então, aí está a razão do “pacote de bondades”.
Para o “mercado”, já sem a paixão inicial, promete-se que serão dadas todas as “provas de amor” após a cerimônia de entronização definitiva no poder.
O que vai ficando difícil, está-se a ver, porque a toda hora é preciso desmentir que se vá cortar o salário mínimo, as aposentadorias, o bolsa-família, o etecétera e o tal.
Aí está a diferença, bem clara, entre uma política econômica expansionista, como a que o Brasil precisa para sair da crise e a estranha simbiose entre o contracionismo neoliberal e sua aventura politiqueira do golpe.
É preciso gastar, e muito, até a sua consumação.
Depois, como disse ontem, “faca”.
Mas há sinais de que, até lá, a crise possa se tornar tão veloz que nem mesmo a caixa engordada artificialmente pelo déficit-monstro que ser autorizou no Orçamento possa resolver, porque economia não é o mesmo que lei orçamentária.
Há saída de capitais do Brasil e há sinais de que o BC – é de rir de sua independência – está disposto a destruir o único equilíbrio que se tinha, o das contas externas – usando o dólar como (duvidoso) freio inflacionário.
Assim, constrói-se déficit – e não é o passageiro, o das larguezas orçamentárias – estrutural, porque toda esta “bondade” se faz à custa de mais endividamento e endividamento caro, caríssimo, pago a juros altíssimos.
Sem que disso resulte sequer uma pífia reação da economia, restrita às pesquisas e declarações de que “a confiança voltou”.
Chegamos a uma situação em que, mesmo com uma inflação acumulada em 12 meses que beira os 10%, termos queda nominal de arrecadação.
O povo brasileiro vai pagar, à custa de muitas “maldades” o pacote de “bondades” de Temer.
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