Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Quando Michel Temer matou o MinC para ressuscitá-lo dias mais tarde, os artistas se mobilizaram e causaram barulho suficiente para o interino, como de costume, voltar atrás.
Na campanha de difamação da classe, coxinhas tiraram do bolso uma velha arma para xingar cantores, atores e quejandos de vagabundos: a Lei Rouanet.
Segundo o raciocínio primário da turma, todos eles, sem exceção, eram sustentados pelo estado. Todos petralhas comunistas marxistas vendidos.
Se soubessem ler, ou se a indignação não fosse seletiva ou fruto de más intenções, ficariam frustrados com a lista dos vinte maiores captadores.
Fausto Macedo, no Estadão, informa que o delegado Eduardo Mauat, da Polícia Federal, abriu inquérito sobre os maiores recebedores. Mauat não falou quais as suspeitas que estão sendo apuradas ou a linha de investigação.
O nome que aparece em primeiro lugar, com mais de 21 milhões de reais capturados em 2015, não é o de José de Abreu, Letícia Sabatella ou Chico Buarque, mas da Aventura Entretenimento, que tem como sócio Luiz Calainho.
E Calainho, veja você, é amigo do peito de Aécio Neves.
No site oficial, está lá que a empresa “nasceu em 2008 com um sonho: ser a maior produtora de musicais de alto padrão do mercado brasileiro”.
“Nestes últimos anos, foram mais de 2400 apresentações de altíssimo nível técnico e artístico, formando e capacitando talentos em várias áreas: atores, músicos, bailarinos, técnicos, diretores, produtores e teatros. (…)”.
A Aventura é a grande responsável pela febre dos musicais no país. Atualmente, estão em cartaz com uma biografia de Elis Regina escrita por - adivinhe - Nelson Motta (petralha!! Risos, como diria a finada Playboy). Já montaram uma de Chacrinha, entre dezenas. É um fenômeno do teatro.
Calainho contou ao Globo que hoje comanda uma holding com um faturamento de 120 milhões de reais anuais. O perfil no jornal, uma inacreditável baboseira laudatória, conta que ele encosta em toda planta “porque acredita que o Homem e a natureza sejam uma coisa só”.
Lançou um livro de auto ajuda chamado “Reinventando a Si Mesmo”. Um ex-colega conta que “a maneira de ele apresentar os produtos fugia do convencional, ele se apresentava junto do produto, vendia a si mesmo também.” Calainho se define: “Quando eu falo, inspiro, não proponho comportamentos nem regras”. Etc. Enfim, quem precisa de Chaplin?
O artigo só não menciona a antiga amizade com Aécio, banhada e cultivada nas milenares praias cariocas. Ele é frequentador do apartamento de 250 metros quadrados do presidente do PSDB no Leblon, uma galera da qual ainda fazem parte Luciano Huck, Alvaro Garnero e Alexandre Accioly.
Calainho é chegado de Aécio desde os bons e velhos tempos em que o tucano governava Minas e passava os finais de semana no Rio de Janeiro.
Uma reportagem da IstoÉ de 2006 relata que o neto de Tancredo mandou um email a ele e Accioly, “companheiros de noitada”, garantindo que não se afastaria deles para preservar a imagem porque “a amizade era mais importante que a política”. Costumavam passar o réveillon na casa de Luciano Huck em Angra dos Reis.
É óbvio que Luiz Calainho não pode e não deve ser criminalizado a priori por utilizar um recurso que, em tese, está ao alcance de qualquer cidadão. Mas sempre cabe aquela pergunta sobre a investigação da Rouanet: e se ele fosse amigo do Lula?
Quando Michel Temer matou o MinC para ressuscitá-lo dias mais tarde, os artistas se mobilizaram e causaram barulho suficiente para o interino, como de costume, voltar atrás.
Na campanha de difamação da classe, coxinhas tiraram do bolso uma velha arma para xingar cantores, atores e quejandos de vagabundos: a Lei Rouanet.
Segundo o raciocínio primário da turma, todos eles, sem exceção, eram sustentados pelo estado. Todos petralhas comunistas marxistas vendidos.
Se soubessem ler, ou se a indignação não fosse seletiva ou fruto de más intenções, ficariam frustrados com a lista dos vinte maiores captadores.
Fausto Macedo, no Estadão, informa que o delegado Eduardo Mauat, da Polícia Federal, abriu inquérito sobre os maiores recebedores. Mauat não falou quais as suspeitas que estão sendo apuradas ou a linha de investigação.
O nome que aparece em primeiro lugar, com mais de 21 milhões de reais capturados em 2015, não é o de José de Abreu, Letícia Sabatella ou Chico Buarque, mas da Aventura Entretenimento, que tem como sócio Luiz Calainho.
E Calainho, veja você, é amigo do peito de Aécio Neves.
No site oficial, está lá que a empresa “nasceu em 2008 com um sonho: ser a maior produtora de musicais de alto padrão do mercado brasileiro”.
“Nestes últimos anos, foram mais de 2400 apresentações de altíssimo nível técnico e artístico, formando e capacitando talentos em várias áreas: atores, músicos, bailarinos, técnicos, diretores, produtores e teatros. (…)”.
A Aventura é a grande responsável pela febre dos musicais no país. Atualmente, estão em cartaz com uma biografia de Elis Regina escrita por - adivinhe - Nelson Motta (petralha!! Risos, como diria a finada Playboy). Já montaram uma de Chacrinha, entre dezenas. É um fenômeno do teatro.
Calainho contou ao Globo que hoje comanda uma holding com um faturamento de 120 milhões de reais anuais. O perfil no jornal, uma inacreditável baboseira laudatória, conta que ele encosta em toda planta “porque acredita que o Homem e a natureza sejam uma coisa só”.
Lançou um livro de auto ajuda chamado “Reinventando a Si Mesmo”. Um ex-colega conta que “a maneira de ele apresentar os produtos fugia do convencional, ele se apresentava junto do produto, vendia a si mesmo também.” Calainho se define: “Quando eu falo, inspiro, não proponho comportamentos nem regras”. Etc. Enfim, quem precisa de Chaplin?
O artigo só não menciona a antiga amizade com Aécio, banhada e cultivada nas milenares praias cariocas. Ele é frequentador do apartamento de 250 metros quadrados do presidente do PSDB no Leblon, uma galera da qual ainda fazem parte Luciano Huck, Alvaro Garnero e Alexandre Accioly.
Calainho é chegado de Aécio desde os bons e velhos tempos em que o tucano governava Minas e passava os finais de semana no Rio de Janeiro.
Uma reportagem da IstoÉ de 2006 relata que o neto de Tancredo mandou um email a ele e Accioly, “companheiros de noitada”, garantindo que não se afastaria deles para preservar a imagem porque “a amizade era mais importante que a política”. Costumavam passar o réveillon na casa de Luciano Huck em Angra dos Reis.
É óbvio que Luiz Calainho não pode e não deve ser criminalizado a priori por utilizar um recurso que, em tese, está ao alcance de qualquer cidadão. Mas sempre cabe aquela pergunta sobre a investigação da Rouanet: e se ele fosse amigo do Lula?
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