Por Renato Rovai, em seu blog:
A grande surpresa da delação premiada de executivos da Odebrecht, incluindo a do seu presidente afastado, Marcelo, pode ser a implicação de grupos de mídia no roteiro de corrupção e de pagamentos de propinas.
A Odebrecht teria financiado vários projetos midiáticos, principalmente produtos especiais que não guardariam relação nenhuma com a sua atividade, a partir de acordos realizados com políticos e partidos para que aqueles meios de comunicação lhe garantissem apoio eleitoral.
Profissionais da área sabem que quando um produto desses chega sem muita justificativa e é apoiado por uma grande empresa que tem relação com governos, a linha editorial terá de se adaptar ao gosto do freguês.
Que não é a empresa patrocinadora, mas o governo que fez a ponta para que o patrocínio ocorresse.
Até o momento, porém, nenhuma empresa investigada na Lava Jato teria revelado essa parte do esquema de pagamento de propinas.
O grupo Odebrecht decidiu fazê-lo por conta dos ataques duros que sofreu desses mesmos grupos durante o tempo que se negou a fazer o acordo de delação premiada.
Há o risco, porém, de que esse capítulo, um dos mais reveladores da investigação e da relação promíscua da mídia com a corrupção política, vir a ser excluído da delação final.
Alguns procuradores estariam fazendo pressão para que a empreiteira desistisse de tratar do tema, alegando falta de provas mais contundentes. Mas o verdadeiro motivo é o receio de que isso provoque a ira da mídia contra a Operação Lava Jato.
O fato é que as notas fiscais desses grupos de comunicação para empresas da Lava Jato e que têm contrato com governos seriam, segundo pessoas que tiveram acesso à delação da Odebrecht, parte do esquema de legalização de caixa 2 e do pagamento de propinas.
Seriam compra de apoio editorial sem a necessidade do uso da propaganda oficial.
A grande surpresa da delação premiada de executivos da Odebrecht, incluindo a do seu presidente afastado, Marcelo, pode ser a implicação de grupos de mídia no roteiro de corrupção e de pagamentos de propinas.
A Odebrecht teria financiado vários projetos midiáticos, principalmente produtos especiais que não guardariam relação nenhuma com a sua atividade, a partir de acordos realizados com políticos e partidos para que aqueles meios de comunicação lhe garantissem apoio eleitoral.
Profissionais da área sabem que quando um produto desses chega sem muita justificativa e é apoiado por uma grande empresa que tem relação com governos, a linha editorial terá de se adaptar ao gosto do freguês.
Que não é a empresa patrocinadora, mas o governo que fez a ponta para que o patrocínio ocorresse.
Até o momento, porém, nenhuma empresa investigada na Lava Jato teria revelado essa parte do esquema de pagamento de propinas.
O grupo Odebrecht decidiu fazê-lo por conta dos ataques duros que sofreu desses mesmos grupos durante o tempo que se negou a fazer o acordo de delação premiada.
Há o risco, porém, de que esse capítulo, um dos mais reveladores da investigação e da relação promíscua da mídia com a corrupção política, vir a ser excluído da delação final.
Alguns procuradores estariam fazendo pressão para que a empreiteira desistisse de tratar do tema, alegando falta de provas mais contundentes. Mas o verdadeiro motivo é o receio de que isso provoque a ira da mídia contra a Operação Lava Jato.
O fato é que as notas fiscais desses grupos de comunicação para empresas da Lava Jato e que têm contrato com governos seriam, segundo pessoas que tiveram acesso à delação da Odebrecht, parte do esquema de legalização de caixa 2 e do pagamento de propinas.
Seriam compra de apoio editorial sem a necessidade do uso da propaganda oficial.
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