Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Abelardo Barbosa, o Chacrinha, tinha um bordão genial em sua A Hora da Buzina, programa de calouros: o programa que (só) acaba quando termina.
É bom lembrar disso quando se examinar a inegável vitória de Michel Temer ontem, com a eleição de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados.
O “pacote de maldades” pós-setembro terá tramitação muito facilitada, porque é o próprio programa da dupla PSDB-DEM: desnacionalização e supressão de direitos trabalhistas.
E, em alguns casos, nem será preciso esperar: garfos e facas estão prontinhos para “traçar” o pré-sal, como mostra hoje a Folha de S. Paulo, com o requinte de colocar no “pacote” de entreguismo parte do campo de Sapinhoá, onde estão nada menos que seis dos 15 mais produtivos poços de petróleo do Brasil.
Nem é preciso dizer que a esquerda e Eduardo Cunha sofreram uma derrota.
À esquerda, caberá ter de enfrentar um comando do processo legislativo que, pelas razões citadas, terá toda presa e atropelos para “turbinar” os retrocessos.
Cunha, porque a presidência da Câmara é agora regida pelas forças que a Cunha se aliaram para derrubar Dilma e agora querem seu cadáver político como carne suficiente para amainar o apetite de sangue que despertaram e agora é inconveniente.
Mas – e aí a lição do velho Chacrinha – Temer também perde na vitória.
A ótima analista Maria Cristina Fernandes, no Valor, resume com maestria.
Nenhum outro presidente da Câmara (como Cunha) será capaz de colar os nove pedaços em que o Centrão se desintegrou. Nenhum presidente da República será capaz de tramitar os interesses de seu mandato numa Câmara fatiada em 17 candidaturas, depois afuniladas para igualmente inéditas 14.
Resta saber se Cunha, que voltou ao seu comportamento de iceberg, exporá a sua parte ainda submersa, porque a diferença entre as centenas de milhões que dão notícias terem sido desviados pelas delações e os as duas dezenas deles que se encontrou em suas contas suíças para outros foi.
E estes outros agora, como nos versos de Augusto dos Anjos, assistem ao enterro de sua última quimera, Cunha.
Abelardo Barbosa, o Chacrinha, tinha um bordão genial em sua A Hora da Buzina, programa de calouros: o programa que (só) acaba quando termina.
É bom lembrar disso quando se examinar a inegável vitória de Michel Temer ontem, com a eleição de Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados.
O “pacote de maldades” pós-setembro terá tramitação muito facilitada, porque é o próprio programa da dupla PSDB-DEM: desnacionalização e supressão de direitos trabalhistas.
E, em alguns casos, nem será preciso esperar: garfos e facas estão prontinhos para “traçar” o pré-sal, como mostra hoje a Folha de S. Paulo, com o requinte de colocar no “pacote” de entreguismo parte do campo de Sapinhoá, onde estão nada menos que seis dos 15 mais produtivos poços de petróleo do Brasil.
Nem é preciso dizer que a esquerda e Eduardo Cunha sofreram uma derrota.
À esquerda, caberá ter de enfrentar um comando do processo legislativo que, pelas razões citadas, terá toda presa e atropelos para “turbinar” os retrocessos.
Cunha, porque a presidência da Câmara é agora regida pelas forças que a Cunha se aliaram para derrubar Dilma e agora querem seu cadáver político como carne suficiente para amainar o apetite de sangue que despertaram e agora é inconveniente.
Mas – e aí a lição do velho Chacrinha – Temer também perde na vitória.
A ótima analista Maria Cristina Fernandes, no Valor, resume com maestria.
Nenhum outro presidente da Câmara (como Cunha) será capaz de colar os nove pedaços em que o Centrão se desintegrou. Nenhum presidente da República será capaz de tramitar os interesses de seu mandato numa Câmara fatiada em 17 candidaturas, depois afuniladas para igualmente inéditas 14.
Resta saber se Cunha, que voltou ao seu comportamento de iceberg, exporá a sua parte ainda submersa, porque a diferença entre as centenas de milhões que dão notícias terem sido desviados pelas delações e os as duas dezenas deles que se encontrou em suas contas suíças para outros foi.
E estes outros agora, como nos versos de Augusto dos Anjos, assistem ao enterro de sua última quimera, Cunha.
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