Por Altamiro Borges
Com a generosa cobertura da mídia falsamente moralista – em especial da TV Globo –, milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo (4) para defender os abusos da Lava-Jato e para endeusar o “carrasco” Sergio Moro. As “marchas contra a corrupção” ocorreram em cerca de 200 cidades. Elas foram organizadas por várias grupos golpistas, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua. O curioso é que os tais “coxinhas”, que se fantasiam de paladinos da ética, pouparam a gangue do Judas Michel Temer. Nenhum cartaz, faixa, boneco ou discurso contra Geddel Vieira, Romero Jucá, Eliseu Padilha e outros famosos corruptos que tomaram de assalto o Palácio do Planalto.
Pelo contrário. Segundo matéria da BBC-Brasil, os líderes da marcha vetaram a menção ao “Fora Temer”, superando divergências internas. “De um lado, o Vem Pra Rua defendeu que manifestantes de esquerda seriam bem-vindos no protesto que defende a Operação Lava Jato e a aprovação do projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção proposto pelo Ministério Público Federal. Mas o MBL, que vinha alinhado ao Vem Pra Rua, desta vez se mostrou indignado com a proposta e chegou a pensar em não participar do ato. ‘Quer dizer que gente que saiu às ruas pedindo a saída de Dilma e defendeu a Lava Jato até aqui, agora está topando conversar com a extrema esquerda para eventualmente defender um Fora Temer. Como assim?’, questionou Renan Santos, do MBL”.
Após o racha inicial, houve um acordo entre os grupelhos para evitar qualquer crítica ao governo ilegítimo e corrupto. “Após a demonstração pública de descontentamento do MBL, o líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, foi também às redes sociais se explicar. ‘O Vem Pra Rua não é a favor de Fora Temer. Nós não temos nenhum interesse de tirar o Temer do poder’, afirmou Rogério Chequer em vídeo. Em entrevista à BBC Brasil, Chequer disse que não pode controlar quem participa de seus atos, mas que as pessoas ligadas à esquerda e que estão alinhadas ao Fora Temer não estão alinhadas com suas posições. ‘Espero que pessoas desalinhadas não se interessem em vir’, disse. Ele afirmou inclusive que o governo do presidente Michel Temer tem ‘intenções extremamente positivas para o Brasil’”.
A BBC não esclarece quais seriam os tais “grupos de extrema esquerda” que estariam dispostos a participar da marcha da direita nativa. Durante a semana, Luciana Genro, presidenciável do PSOL derrotada em 2014, andou elogiando a midiática Lava-Jato e as “10 medidas de combate à corrupção do MPF”. Mas todas as organizações políticas e sociais de esquerda rejeitaram o ato organizado pelos grupelhos fascistas. “Eles não têm credibilidade nenhuma para fazer um protesto contra a corrupção. Eles são responsáveis por colocar Temer no poder e fizeram aliança pelo Eduardo Cunha”, afirmou Guilherme Boulos, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
De fato, não teria qualquer lógica apoiar ou participar da marcha direitista deste domingo. Além do falso discurso contra a corrupção, feito por fascistas mirins que apoiaram o “golpe dos corruptos” – muitos deles inclusive mais sujos do que pau de galinheiro –, o protesto exibiu novamente cenas grotescas. Alguns aloprados rosnaram pela “intervenção militar Já”, outros satanizaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão de não criminalizar o aborto até o terceiro mês de gestação e outros tiraram suas famosas selfies com a tropa de choque da Polícia Militar – que alguns dias antes havia esbanjado violência contra uma manifestação de repúdio à PEC da Morte em Brasília.
Com a generosa cobertura da mídia falsamente moralista – em especial da TV Globo –, milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo (4) para defender os abusos da Lava-Jato e para endeusar o “carrasco” Sergio Moro. As “marchas contra a corrupção” ocorreram em cerca de 200 cidades. Elas foram organizadas por várias grupos golpistas, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua. O curioso é que os tais “coxinhas”, que se fantasiam de paladinos da ética, pouparam a gangue do Judas Michel Temer. Nenhum cartaz, faixa, boneco ou discurso contra Geddel Vieira, Romero Jucá, Eliseu Padilha e outros famosos corruptos que tomaram de assalto o Palácio do Planalto.
Pelo contrário. Segundo matéria da BBC-Brasil, os líderes da marcha vetaram a menção ao “Fora Temer”, superando divergências internas. “De um lado, o Vem Pra Rua defendeu que manifestantes de esquerda seriam bem-vindos no protesto que defende a Operação Lava Jato e a aprovação do projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção proposto pelo Ministério Público Federal. Mas o MBL, que vinha alinhado ao Vem Pra Rua, desta vez se mostrou indignado com a proposta e chegou a pensar em não participar do ato. ‘Quer dizer que gente que saiu às ruas pedindo a saída de Dilma e defendeu a Lava Jato até aqui, agora está topando conversar com a extrema esquerda para eventualmente defender um Fora Temer. Como assim?’, questionou Renan Santos, do MBL”.
Após o racha inicial, houve um acordo entre os grupelhos para evitar qualquer crítica ao governo ilegítimo e corrupto. “Após a demonstração pública de descontentamento do MBL, o líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, foi também às redes sociais se explicar. ‘O Vem Pra Rua não é a favor de Fora Temer. Nós não temos nenhum interesse de tirar o Temer do poder’, afirmou Rogério Chequer em vídeo. Em entrevista à BBC Brasil, Chequer disse que não pode controlar quem participa de seus atos, mas que as pessoas ligadas à esquerda e que estão alinhadas ao Fora Temer não estão alinhadas com suas posições. ‘Espero que pessoas desalinhadas não se interessem em vir’, disse. Ele afirmou inclusive que o governo do presidente Michel Temer tem ‘intenções extremamente positivas para o Brasil’”.
A BBC não esclarece quais seriam os tais “grupos de extrema esquerda” que estariam dispostos a participar da marcha da direita nativa. Durante a semana, Luciana Genro, presidenciável do PSOL derrotada em 2014, andou elogiando a midiática Lava-Jato e as “10 medidas de combate à corrupção do MPF”. Mas todas as organizações políticas e sociais de esquerda rejeitaram o ato organizado pelos grupelhos fascistas. “Eles não têm credibilidade nenhuma para fazer um protesto contra a corrupção. Eles são responsáveis por colocar Temer no poder e fizeram aliança pelo Eduardo Cunha”, afirmou Guilherme Boulos, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
De fato, não teria qualquer lógica apoiar ou participar da marcha direitista deste domingo. Além do falso discurso contra a corrupção, feito por fascistas mirins que apoiaram o “golpe dos corruptos” – muitos deles inclusive mais sujos do que pau de galinheiro –, o protesto exibiu novamente cenas grotescas. Alguns aloprados rosnaram pela “intervenção militar Já”, outros satanizaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão de não criminalizar o aborto até o terceiro mês de gestação e outros tiraram suas famosas selfies com a tropa de choque da Polícia Militar – que alguns dias antes havia esbanjado violência contra uma manifestação de repúdio à PEC da Morte em Brasília.
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