Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Entra a semana do Natal e, por enquanto, o único golpe previsto para ela é o arranjo para fazer uma gambiarra que permita a reeleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara, a opção temero-tucana que o “centrão” a quem tudo deve Temer ainda não engoliu.
Claro que, no clima em que andamos, com o MP usando e abusando das cartas que só ele conhece plenamente e joga sobre a mesa quando convém, tudo pode acontecer. Não é certo que concedam ao povo brasileiro, impiedosamente bombardeado pelo sistema jurídico-midiático, sequer estes dias. Afinal, é preciso não dar descanso no canhoneio da corrupção, como forma de distrai-lo do desmantelamento do Brasil, da degola de seus parcos direitos sociais e trabalhistas e da operação de saque que preparam, usando como “justificativa” a terra arrasada da economia.
Só esta última observação valeria um texto, mas contenho-me aqui no que, sobre ela, revela o atabalhoado e cosmético “minipacote” anunciado esta semana. Esqueçam o “dia tal sai o indicador” de tal ou qual faceta da atividade econômica. Estamos na era da informática, do tempo real e, se correm assim, é que já têm ciência de que tudo está, do muito ruim, despencando para o pior ainda.
É neste cenário que as forças políticas vão se reagrupar nos – de novo, quem sabe? – vinte dias de trégua, não mais.
O processo de incorporação do Governo Temer pelo PSDB se consumará, com a entrega de espaços importantes aos tucanos. E, como se sabe, importante para os tucanos são os lugares de onde possa prestar sua vassalagem ao capital financeiro e – nele ou fora dele – estrangeiro.
Como o defunto governo golpista sempre foi pequeno e fica menor a cada crise, ficam pedaços de fora nesta nova roupa do reizinho.
Do lado governista, sobra parte do centrão, que precisa do governo para sobreviver mas começa a pesar e comparar a parca ração que a paralisia da administração lhe dá com o desgaste que defendê-la traz. Com muita correção, Janio de Freitas aponta na Folha como o recesso parlamentar acelerará este processo.
Do lado tucano, a já quase certa defecção de Geraldo Alckmin, que sai do sucesso eleitoral de outubro para ser “encaixotado” para viabilizar o acordo Temer-FHC-Serra-Aécio. Se sairá ou não do barco, depende das condições do mar, as quais não são difíceis de antever.
As forças populares, depois das vacilações que se seguiram ao desastre do impeachment, quando teve gente querendo reinventar a roda, parece ter entendido que só um personagem, hoje, é capaz de encarnar para o povão o Norte da recuperação do país. As pesquisas mostraram – e mais ainda mostrarão – que Lula ressurge como referência e isso é reconhecido até por gente que lhe torce o nariz, como faz Elio Gaspari em sua coluna de hoje, onde diz que “a jararaca está viva” e supõe que, até mesmo se completarem a infâmia e o condenarem pode “fabrica(r) postes para 2018”
Embora não creia em uma ou outra hipótese – menos pela reação das instituições brasileira e mais pelo escãndalo internacional que se tornou esta perseguição – é um atestado de que é ele quem desempenha este papel, malgrado Marina Silva, como abutre que é, tenha esta semana ensaiado uma volta à mídia, pelas mãos de Miriam Leitão.
Neste Natal de bolsos vazios e de lojas semidesertas, é o único grande movimento que se registra.
E, ao contrário do que acontece com o consumo e o comércio, que só esfriam, este irá esquentar rápido, logo nos primeiros dias do incerto 2017.
Entra a semana do Natal e, por enquanto, o único golpe previsto para ela é o arranjo para fazer uma gambiarra que permita a reeleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara, a opção temero-tucana que o “centrão” a quem tudo deve Temer ainda não engoliu.
Claro que, no clima em que andamos, com o MP usando e abusando das cartas que só ele conhece plenamente e joga sobre a mesa quando convém, tudo pode acontecer. Não é certo que concedam ao povo brasileiro, impiedosamente bombardeado pelo sistema jurídico-midiático, sequer estes dias. Afinal, é preciso não dar descanso no canhoneio da corrupção, como forma de distrai-lo do desmantelamento do Brasil, da degola de seus parcos direitos sociais e trabalhistas e da operação de saque que preparam, usando como “justificativa” a terra arrasada da economia.
Só esta última observação valeria um texto, mas contenho-me aqui no que, sobre ela, revela o atabalhoado e cosmético “minipacote” anunciado esta semana. Esqueçam o “dia tal sai o indicador” de tal ou qual faceta da atividade econômica. Estamos na era da informática, do tempo real e, se correm assim, é que já têm ciência de que tudo está, do muito ruim, despencando para o pior ainda.
É neste cenário que as forças políticas vão se reagrupar nos – de novo, quem sabe? – vinte dias de trégua, não mais.
O processo de incorporação do Governo Temer pelo PSDB se consumará, com a entrega de espaços importantes aos tucanos. E, como se sabe, importante para os tucanos são os lugares de onde possa prestar sua vassalagem ao capital financeiro e – nele ou fora dele – estrangeiro.
Como o defunto governo golpista sempre foi pequeno e fica menor a cada crise, ficam pedaços de fora nesta nova roupa do reizinho.
Do lado governista, sobra parte do centrão, que precisa do governo para sobreviver mas começa a pesar e comparar a parca ração que a paralisia da administração lhe dá com o desgaste que defendê-la traz. Com muita correção, Janio de Freitas aponta na Folha como o recesso parlamentar acelerará este processo.
Do lado tucano, a já quase certa defecção de Geraldo Alckmin, que sai do sucesso eleitoral de outubro para ser “encaixotado” para viabilizar o acordo Temer-FHC-Serra-Aécio. Se sairá ou não do barco, depende das condições do mar, as quais não são difíceis de antever.
As forças populares, depois das vacilações que se seguiram ao desastre do impeachment, quando teve gente querendo reinventar a roda, parece ter entendido que só um personagem, hoje, é capaz de encarnar para o povão o Norte da recuperação do país. As pesquisas mostraram – e mais ainda mostrarão – que Lula ressurge como referência e isso é reconhecido até por gente que lhe torce o nariz, como faz Elio Gaspari em sua coluna de hoje, onde diz que “a jararaca está viva” e supõe que, até mesmo se completarem a infâmia e o condenarem pode “fabrica(r) postes para 2018”
Embora não creia em uma ou outra hipótese – menos pela reação das instituições brasileira e mais pelo escãndalo internacional que se tornou esta perseguição – é um atestado de que é ele quem desempenha este papel, malgrado Marina Silva, como abutre que é, tenha esta semana ensaiado uma volta à mídia, pelas mãos de Miriam Leitão.
Neste Natal de bolsos vazios e de lojas semidesertas, é o único grande movimento que se registra.
E, ao contrário do que acontece com o consumo e o comércio, que só esfriam, este irá esquentar rápido, logo nos primeiros dias do incerto 2017.
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