Por Bepe Damasco, em seu blog:
Nesta quinta-feira (9/2) pude testemunhar mais um ação truculenta e covarde da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro contra servidores públicos e funcionários do Cedae. Mas o uso de violência absolutamente desproporcional e desnecessária para reprimir as mobilizações populares, com o uso de um aparato de guerra que inclui até "caveirões" e "brucutus", não pode ser creditado ao conhecido despreparo e à má formação dos policiais.
A naturalização do procedimento de atirar bombas a granel, descer a porrada, alvejar com spray de pimenta e disparar balas de borracha em quem exerce o direito à manifestação assegurado pela Constituição da República é parte de um fenômeno político mais amplo, visível a olho nu na trágica conjuntura política, econômica e social atual do país.
Surfando na onda de intolerância e ódio que varre o Brasil, os conservadores abandonaram quaisquer pruridos em atacar à luz do dia os mais elementares direitos sociais e conquistas civilizatórias do povo brasileiro. Mais do que isso, perderam mesmo a vergonha na cara.
Há não muito tempo, os parlamentares pensavam duas vezes antes de votar contra a classe trabalhadora. Hoje, se vangloriam de fazê-lo. Antes, os governos temiam as consequências de mandar para o Legislativo mensagens propondo cortes orçamentários na saúde, educação, habitação e trasportes. Hoje, um sem número de prefeitos e governadores segue o exemplo do golpista que congelou os gastos sociais por 20 anos e adere à penalização dos funcionários públicos e da população para enfrentar crises causadas por gestões incompetentes e corruptas. Até alguns governantes do campo progressista vêm apelando para pacotes de maldades.
Todos os ajustes das contas públicas gravemente desarranjadas são feitos exclusivamente no lombo dos trabalhadores, servidores e aposentados. Com essa estratégia, buscam tranquilizar os banqueiros e rentistas em geral de que a montanha de títulos da dívida pública em seu poder será paga.
Nem que para isso seja preciso destruir o presente e comprometer o futuro das pessoas. Aposentadoria? Bobagem, afinal, conforme a capa de uma revista, logo nos transformaremos em um país de Miks Jaggers, trabalhando até morrer. A chave para entender a desfaçatez e a desenvoltura diante dos holofotes, com as quais os políticos vêm assumindo suas opiniões e votos frontalmente contrários a quem os elegeu, está na cega confiança na blindagem da mídia.
Eles apostam que Globo, Folha, Estadão e Veja tratarão de mostrar para o eleitor que votar pelo fim da aposentadoria significa compromisso com as contas públicas; que congelar gastos sociais por 20 anos é fundamental para por ordem na casa bagunçada pelo PT; que acabar com o ganho real do salário mínimo revela zelo pelo equilíbrio fiscal; que entregar as riquezas do pré-sal é uma imposição do capitalismo moderno e que vender a Cedae do Rio vai melhorar a prestação dos serviços de água e esgoto à população.
Só esqueceram de "combinar com os russos". Não tenho bola de cristal, mas em breve, quando os brasileiros e brasileiras mais humildes sentirem no bolso e na piora acentuada de sua qualidade de vida que estão sendo enganados e espoliados por meliantes travestidos de representantes do povo, aí quero ver onde enfiarão suas caras. Haja buraco!
Nesta quinta-feira (9/2) pude testemunhar mais um ação truculenta e covarde da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro contra servidores públicos e funcionários do Cedae. Mas o uso de violência absolutamente desproporcional e desnecessária para reprimir as mobilizações populares, com o uso de um aparato de guerra que inclui até "caveirões" e "brucutus", não pode ser creditado ao conhecido despreparo e à má formação dos policiais.
A naturalização do procedimento de atirar bombas a granel, descer a porrada, alvejar com spray de pimenta e disparar balas de borracha em quem exerce o direito à manifestação assegurado pela Constituição da República é parte de um fenômeno político mais amplo, visível a olho nu na trágica conjuntura política, econômica e social atual do país.
Surfando na onda de intolerância e ódio que varre o Brasil, os conservadores abandonaram quaisquer pruridos em atacar à luz do dia os mais elementares direitos sociais e conquistas civilizatórias do povo brasileiro. Mais do que isso, perderam mesmo a vergonha na cara.
Há não muito tempo, os parlamentares pensavam duas vezes antes de votar contra a classe trabalhadora. Hoje, se vangloriam de fazê-lo. Antes, os governos temiam as consequências de mandar para o Legislativo mensagens propondo cortes orçamentários na saúde, educação, habitação e trasportes. Hoje, um sem número de prefeitos e governadores segue o exemplo do golpista que congelou os gastos sociais por 20 anos e adere à penalização dos funcionários públicos e da população para enfrentar crises causadas por gestões incompetentes e corruptas. Até alguns governantes do campo progressista vêm apelando para pacotes de maldades.
Todos os ajustes das contas públicas gravemente desarranjadas são feitos exclusivamente no lombo dos trabalhadores, servidores e aposentados. Com essa estratégia, buscam tranquilizar os banqueiros e rentistas em geral de que a montanha de títulos da dívida pública em seu poder será paga.
Nem que para isso seja preciso destruir o presente e comprometer o futuro das pessoas. Aposentadoria? Bobagem, afinal, conforme a capa de uma revista, logo nos transformaremos em um país de Miks Jaggers, trabalhando até morrer. A chave para entender a desfaçatez e a desenvoltura diante dos holofotes, com as quais os políticos vêm assumindo suas opiniões e votos frontalmente contrários a quem os elegeu, está na cega confiança na blindagem da mídia.
Eles apostam que Globo, Folha, Estadão e Veja tratarão de mostrar para o eleitor que votar pelo fim da aposentadoria significa compromisso com as contas públicas; que congelar gastos sociais por 20 anos é fundamental para por ordem na casa bagunçada pelo PT; que acabar com o ganho real do salário mínimo revela zelo pelo equilíbrio fiscal; que entregar as riquezas do pré-sal é uma imposição do capitalismo moderno e que vender a Cedae do Rio vai melhorar a prestação dos serviços de água e esgoto à população.
Só esqueceram de "combinar com os russos". Não tenho bola de cristal, mas em breve, quando os brasileiros e brasileiras mais humildes sentirem no bolso e na piora acentuada de sua qualidade de vida que estão sendo enganados e espoliados por meliantes travestidos de representantes do povo, aí quero ver onde enfiarão suas caras. Haja buraco!
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