Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:
As forças políticas e econômicas que patrocinaram o golpe não podem suportar o risco de uma candidatura Lula sair vitoriosa em 2018. Enfrentando um cenário que tende a se agravar, impondo aceleradamente medidas que elevam a tensão social, sabem que mesmo enfrentando enormes dificuldades eleitorais, assumindo um governo ainda mais blindado pelo neoliberalismo, Lula representa um perigo inaceitável.
O golpe precisa inabilitar Lula. Apesar de terem utilizado todo o arsenal midiático numa ofensiva implacável durante os últimos anos, Lula emerge liderando a pesquisa, saindo vitorioso em três hipóteses num eventual segundo turno. É muito risco para uma conjunção de forças que conseguiu dar o golpe e não aceitará "morrer na praia".
O caminho para a inabilitação é a "Lei da Ficha Limpa". Isso implica que Lula deverá ter uma condenação em primeira instância, confirmada por um tribunal, antes do clima eleitoral de 2018, deixar ainda mais evidente ao mundo a farsa manipuladora dos golpistas. Uma corrida contra o tempo.
No entanto, apesar do ridículo espetáculo com o "power point" dos procuradores da Lava Jato, os processos contra Lula não conseguem nem a mais remota aparência de prova, que possam usar como pretexto de condenação. A fragilidade do processo sobre o chamado "triplex do Guarujá" é tamanha que até mesmo Sergio Moro encontrará dificuldades para condenar sem ser internacionalmente desmoralizado. O Ministério Público Federal selecionou 27 testemunhas de acusação que foram ouvidas "à toque de caixa". Nenhuma delas sequer incriminou Lula e Dona Marisa. Mesmo os notórios delatores não apresentaram nenhuma prova e até recuaram em suas acusações.
Golpistas correm contra o tempo
Todas as sentenças condenatórias proferidas por Sergio Moro na Lava Jato foram confirmadas, em tempo recorde, pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre numa média de 8 meses. Utilizando essa estimativa de tempo, se Lula não vier a ser condenado em primeira instância até maio deste ano, a luz amarela começa a piscar com intensidade para o roteiro dos golpistas. A partir de então, uma eventual inabilitação pela lei da Ficha Limpa recairá em 2018, ingressando num período em que o debate eleitoral vai ganhando força e evidenciando a manobra.
Disputa política
A insatisfação popular cresce. A agenda política do golpe alimenta as tensões sociais. Para os golpistas vai ficando cada vez mais desgastante buscar saídas políticas que os assegurem no controle do governo. Afastar Temer e tentar um governo de "conciliação nacional" em eleições indiretas, aprovar uma solução "parlamentarista" são possibilidades que vão se esvaziando com o aprofundamento da crise e o passar do tempo.
Exatamente por isso, enfrentar um Lula que aparece liderando pesquisas, no qual os intensos ataques midiáticos não surtem os efeitos desejados é o maior risco político que os golpistas enfrentam. Eis porque é possível considerar que nessa questão reside, neste momento, o elo frágil do roteiro golpista.
Lutar contra a inabilitação de Lula não implica em lutar por sua candidatura. É uma bandeira mais ampla, que neste momento ataca os golpistas onde reside sua maior fragilidade. É saber travar a disputa política com o golpe.
As forças políticas e econômicas que patrocinaram o golpe não podem suportar o risco de uma candidatura Lula sair vitoriosa em 2018. Enfrentando um cenário que tende a se agravar, impondo aceleradamente medidas que elevam a tensão social, sabem que mesmo enfrentando enormes dificuldades eleitorais, assumindo um governo ainda mais blindado pelo neoliberalismo, Lula representa um perigo inaceitável.
O golpe precisa inabilitar Lula. Apesar de terem utilizado todo o arsenal midiático numa ofensiva implacável durante os últimos anos, Lula emerge liderando a pesquisa, saindo vitorioso em três hipóteses num eventual segundo turno. É muito risco para uma conjunção de forças que conseguiu dar o golpe e não aceitará "morrer na praia".
O caminho para a inabilitação é a "Lei da Ficha Limpa". Isso implica que Lula deverá ter uma condenação em primeira instância, confirmada por um tribunal, antes do clima eleitoral de 2018, deixar ainda mais evidente ao mundo a farsa manipuladora dos golpistas. Uma corrida contra o tempo.
No entanto, apesar do ridículo espetáculo com o "power point" dos procuradores da Lava Jato, os processos contra Lula não conseguem nem a mais remota aparência de prova, que possam usar como pretexto de condenação. A fragilidade do processo sobre o chamado "triplex do Guarujá" é tamanha que até mesmo Sergio Moro encontrará dificuldades para condenar sem ser internacionalmente desmoralizado. O Ministério Público Federal selecionou 27 testemunhas de acusação que foram ouvidas "à toque de caixa". Nenhuma delas sequer incriminou Lula e Dona Marisa. Mesmo os notórios delatores não apresentaram nenhuma prova e até recuaram em suas acusações.
Golpistas correm contra o tempo
Todas as sentenças condenatórias proferidas por Sergio Moro na Lava Jato foram confirmadas, em tempo recorde, pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre numa média de 8 meses. Utilizando essa estimativa de tempo, se Lula não vier a ser condenado em primeira instância até maio deste ano, a luz amarela começa a piscar com intensidade para o roteiro dos golpistas. A partir de então, uma eventual inabilitação pela lei da Ficha Limpa recairá em 2018, ingressando num período em que o debate eleitoral vai ganhando força e evidenciando a manobra.
Disputa política
A insatisfação popular cresce. A agenda política do golpe alimenta as tensões sociais. Para os golpistas vai ficando cada vez mais desgastante buscar saídas políticas que os assegurem no controle do governo. Afastar Temer e tentar um governo de "conciliação nacional" em eleições indiretas, aprovar uma solução "parlamentarista" são possibilidades que vão se esvaziando com o aprofundamento da crise e o passar do tempo.
Exatamente por isso, enfrentar um Lula que aparece liderando pesquisas, no qual os intensos ataques midiáticos não surtem os efeitos desejados é o maior risco político que os golpistas enfrentam. Eis porque é possível considerar que nessa questão reside, neste momento, o elo frágil do roteiro golpista.
Lutar contra a inabilitação de Lula não implica em lutar por sua candidatura. É uma bandeira mais ampla, que neste momento ataca os golpistas onde reside sua maior fragilidade. É saber travar a disputa política com o golpe.
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