Por Altamiro Borges
O governador Geraldo Alckmin, o “Santo” da lista de propina da Odebrecht, peitou toda a cúpula do PSDB para impor a candidatura do bilionário João Doria – também chamado de João Dólar – à prefeitura de São Paulo em outubro do ano passado. Ele brigou com FHC, com Serra e com outros tucanos de alta plumagem. Com métodos nada convencionais – distribuição de cargos no governo paulista e compra de votos –, o picolé de chuchu conseguiu emplacar seu filhote nas prévias internas e o falso gestor foi eleito em primeiro turno “prefake” da mais importante cidade do país. Geraldo Alckmin festejou a vitória. Imaginou que, com isso, estaria garantido como candidato do PSDB à Presidência da República em 2018. Pura ilusão! Na prática, o governador criou um monstro, que vai traí-lo sem dó nem piedade.
Nesta semana, em um evento de ricaços em Nova York (EUA), João Doria deixou a fantasia de lado e esfaqueou seu criador. Segundo relato dos enviados da Folha ao convescote, “o prefeito de São Paulo fugiu do tom até então habitual em suas declarações quando questionado sobre a sucessão de 2018, e disse que o candidato de seu partido à Presidência será ‘aquele que a população desejar’. ‘O PSDB não vai fugir dessa missão. Será candidato do PSDB aquele que tiver melhor posição perante a opinião pública. Aquele que representa o interesse popular. Para ser competitivo, para vencer as eleições, vencer o PT, vencer o Lula’, afirmou. Habitualmente, Doria vinha sempre defendendo a candidatura de Geraldo Alckmin, seu padrinho político, fragilizado após delatores da Odebrecht o acusarem de receber caixa 2”.
Ainda de acordo com a reportagem, bastante simpática ao “prefake” paulistano, “num café da manhã promovido pela Fundação Getulio Vargas, Doria evitou protocolarmente afirmar que é candidato ao Planalto. Mas as reações da plateia e de alguns palestrantes, como o ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni, não deixaram dúvidas quanto às simpatias pelo nome do prefeito. Aplaudido de pé, ele apresentou-se como um gestor com experiência empresarial e procurou desvincular-se da ‘velha política’. Disse que pretende levar para a administração pública princípios de gestão da iniciativa privada. Langoni elogiou a atitude do tucano em defesa de um Estado ‘minimalista’ e disse estar animado com a ‘renovação política" em curso no país, ‘que nos enche de esperança’”. Os ricaços presentes ficaram excitados!
Geraldo Alckmin, que também participou do tour no paraíso dos capitalistas, ainda tentou resistir à traição do seu filhote. “A competição velada de Doria e Alckmin para conquistar apoios – numa espécie de ‘prévias antecipadas’ – também foi sentida na fala do governador. Em Nova York para apresentar a investidores um programa de privatizações, concessões e parcerias no Estado, ele disse que está ‘preparado’ e tem ‘vontade, agenda, programa, aliança e conhecimento’ para ser candidato à Presidência em 2018. Apesar de declarar-se pronto para concorrer, Alckmin ponderou que ‘esse assunto encurta o governo atual’ e deveria ser evitado no momento, para que as reformas possam ser aprovadas”. Sua retórica, porém, pareceu a de um derrotado. Ou o picolé de chuchu parte para o ataque, com os já famosos métodos tucanos de retaliação, ou será humilhado por seu pupilo.
“João Dólar” é fruto dos ventos conservadores que sopram no mundo e no Brasil. Ele também é fruto da antipolítica imposta pelo consórcio mídia-Judiciário na Operação Lava-Jato. As “delações premiadas” da Odebrecht atingiram em cheio os velhos tucanos. Geraldo Alckmin, o “Santo” da lista de propina da Odebrecht, não resistiu ao bombardeio. Aécio Neves, o "Mineirinho", virou pó. José Serra, o “Careca”, também saiu fustigado. E FHC, o “gagá”, já não tem mais nenhuma influência efetiva no PSDB – é só vaidade. Neste cenário de terra-arrasada, em que os falsos moralistas do tucanato também viraram vítimas, sobrou espaço para o “prefake” paulistano. Ele até já cunhou o seu bordão: “Minha bandeira não é vermelha. É verde e amarela”. Por acaso, é o mesmo bordão usado por outro candidato outsider, Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989. “Vamos dar não definitivo à bandeira vermelha... Vamos dar sim à nossa bandeira”. Depois os brasileiros sentiram as dores do embuste!
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O governador Geraldo Alckmin, o “Santo” da lista de propina da Odebrecht, peitou toda a cúpula do PSDB para impor a candidatura do bilionário João Doria – também chamado de João Dólar – à prefeitura de São Paulo em outubro do ano passado. Ele brigou com FHC, com Serra e com outros tucanos de alta plumagem. Com métodos nada convencionais – distribuição de cargos no governo paulista e compra de votos –, o picolé de chuchu conseguiu emplacar seu filhote nas prévias internas e o falso gestor foi eleito em primeiro turno “prefake” da mais importante cidade do país. Geraldo Alckmin festejou a vitória. Imaginou que, com isso, estaria garantido como candidato do PSDB à Presidência da República em 2018. Pura ilusão! Na prática, o governador criou um monstro, que vai traí-lo sem dó nem piedade.
Nesta semana, em um evento de ricaços em Nova York (EUA), João Doria deixou a fantasia de lado e esfaqueou seu criador. Segundo relato dos enviados da Folha ao convescote, “o prefeito de São Paulo fugiu do tom até então habitual em suas declarações quando questionado sobre a sucessão de 2018, e disse que o candidato de seu partido à Presidência será ‘aquele que a população desejar’. ‘O PSDB não vai fugir dessa missão. Será candidato do PSDB aquele que tiver melhor posição perante a opinião pública. Aquele que representa o interesse popular. Para ser competitivo, para vencer as eleições, vencer o PT, vencer o Lula’, afirmou. Habitualmente, Doria vinha sempre defendendo a candidatura de Geraldo Alckmin, seu padrinho político, fragilizado após delatores da Odebrecht o acusarem de receber caixa 2”.
Ainda de acordo com a reportagem, bastante simpática ao “prefake” paulistano, “num café da manhã promovido pela Fundação Getulio Vargas, Doria evitou protocolarmente afirmar que é candidato ao Planalto. Mas as reações da plateia e de alguns palestrantes, como o ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni, não deixaram dúvidas quanto às simpatias pelo nome do prefeito. Aplaudido de pé, ele apresentou-se como um gestor com experiência empresarial e procurou desvincular-se da ‘velha política’. Disse que pretende levar para a administração pública princípios de gestão da iniciativa privada. Langoni elogiou a atitude do tucano em defesa de um Estado ‘minimalista’ e disse estar animado com a ‘renovação política" em curso no país, ‘que nos enche de esperança’”. Os ricaços presentes ficaram excitados!
Geraldo Alckmin, que também participou do tour no paraíso dos capitalistas, ainda tentou resistir à traição do seu filhote. “A competição velada de Doria e Alckmin para conquistar apoios – numa espécie de ‘prévias antecipadas’ – também foi sentida na fala do governador. Em Nova York para apresentar a investidores um programa de privatizações, concessões e parcerias no Estado, ele disse que está ‘preparado’ e tem ‘vontade, agenda, programa, aliança e conhecimento’ para ser candidato à Presidência em 2018. Apesar de declarar-se pronto para concorrer, Alckmin ponderou que ‘esse assunto encurta o governo atual’ e deveria ser evitado no momento, para que as reformas possam ser aprovadas”. Sua retórica, porém, pareceu a de um derrotado. Ou o picolé de chuchu parte para o ataque, com os já famosos métodos tucanos de retaliação, ou será humilhado por seu pupilo.
“João Dólar” é fruto dos ventos conservadores que sopram no mundo e no Brasil. Ele também é fruto da antipolítica imposta pelo consórcio mídia-Judiciário na Operação Lava-Jato. As “delações premiadas” da Odebrecht atingiram em cheio os velhos tucanos. Geraldo Alckmin, o “Santo” da lista de propina da Odebrecht, não resistiu ao bombardeio. Aécio Neves, o "Mineirinho", virou pó. José Serra, o “Careca”, também saiu fustigado. E FHC, o “gagá”, já não tem mais nenhuma influência efetiva no PSDB – é só vaidade. Neste cenário de terra-arrasada, em que os falsos moralistas do tucanato também viraram vítimas, sobrou espaço para o “prefake” paulistano. Ele até já cunhou o seu bordão: “Minha bandeira não é vermelha. É verde e amarela”. Por acaso, é o mesmo bordão usado por outro candidato outsider, Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989. “Vamos dar não definitivo à bandeira vermelha... Vamos dar sim à nossa bandeira”. Depois os brasileiros sentiram as dores do embuste!
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1 comentários:
Do Brahma vc nunca fala nada pq?
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