Por Altamiro Borges
Na sexta-feira passada (12), o Tribunal do Júri de Taguatinga (DF) condenou o empresário Constantino de Oliveira pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, de 27 anos, em 12 de outubro de 2001. Nenê Constantino, como é mais conhecido, não é uma figura distante da mídia privada. Ele fundou a empresa aérea Gol e foi pioneiro no ramo de transportes rodoviários no país. Apesar desta notoriedade, a condenação por assassinato não teve maior repercussão na imprensa, que adora escândalos. O Jornal Nacional da TV Globo, por exemplo, não gastou longos minutos – como faz contra seus inimigos políticos – para tratar do caso. Será que é porque a Gol é uma das principais anunciantes da mídia mercenária?
Nenê Constantino foi condenado por homicídio qualificado e corrupção de testemunha, com pena de 16 anos e seis meses de prisão e multa de R$ 84 mil. O dono da arma usada no homicídio, João Alcides Miranda, foi condenado pelos mesmos crimes e pegou 17 anos e seis meses de prisão e 12 dias-multa. Outros dois serviçais do poderoso empresário também foram penalizados. “Todos foram condenados ao regime fechado, mas poderão recorrer da decisão em liberdade”, segundo informa a Agência Brasil. Como lembra o site, “Márcio Brito foi morto a tiros, em 2001, por causa da disputa de um terreno. Ele representava um grupo que ocupava um terreno da Viação Pioneira, uma das companhias de propriedade de Constantino, em Taguatinga”.
O episódio mostra a truculência da elite – ou cloaca – empresarial do país, que ainda raciocina como nos tempos da escravidão. Ele também revela a morosidade da Justiça (???), que só é ágil quando interessa às classes dominantes. E ainda comprova a parcialidade da mídia venal, que adora esbravejar sobre a corrupção no setor público, mas esconde as barbaridades do setor privado. Afinal, uma imprensa que vive dos anúncios privados não pode desgastar a imagem das suas fontes de receita. E ainda tem gente que acredita na sua imparcialidade. Haja ingenuidade.
*****
Leia também:
- Cunha, Gol e o sinistro acordo de leniência
- Demissões e covardia da Gol
- Gol desrespeita decisão judicial
- A Justiça e os 850 demitidos da Webjet
- Aeronautas aderem à greve geral. Remorsos?
- Os barões do transporte no Brasil
- Os corruptores e o silêncio da mídia
Na sexta-feira passada (12), o Tribunal do Júri de Taguatinga (DF) condenou o empresário Constantino de Oliveira pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, de 27 anos, em 12 de outubro de 2001. Nenê Constantino, como é mais conhecido, não é uma figura distante da mídia privada. Ele fundou a empresa aérea Gol e foi pioneiro no ramo de transportes rodoviários no país. Apesar desta notoriedade, a condenação por assassinato não teve maior repercussão na imprensa, que adora escândalos. O Jornal Nacional da TV Globo, por exemplo, não gastou longos minutos – como faz contra seus inimigos políticos – para tratar do caso. Será que é porque a Gol é uma das principais anunciantes da mídia mercenária?
Nenê Constantino foi condenado por homicídio qualificado e corrupção de testemunha, com pena de 16 anos e seis meses de prisão e multa de R$ 84 mil. O dono da arma usada no homicídio, João Alcides Miranda, foi condenado pelos mesmos crimes e pegou 17 anos e seis meses de prisão e 12 dias-multa. Outros dois serviçais do poderoso empresário também foram penalizados. “Todos foram condenados ao regime fechado, mas poderão recorrer da decisão em liberdade”, segundo informa a Agência Brasil. Como lembra o site, “Márcio Brito foi morto a tiros, em 2001, por causa da disputa de um terreno. Ele representava um grupo que ocupava um terreno da Viação Pioneira, uma das companhias de propriedade de Constantino, em Taguatinga”.
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