Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
No Valor, o Ministro da Fazenda, Henrique Meireles diz que,” se o Congresso Nacional não aprovar a reforma da Previdência, o governo poderá, como uma das primeiras medidas alternativas, acabar com o abono salarial que custa à União cerca de R$ 20 bilhões por ano” e é pago a quem recebe até 2 salários mínimos.
Como a reforma da previdência, a esta altura, reduziu-se, praticamente, ao aumento da idade mínima para aposentar-se, vale a pena refletir sobre o mapa da idade média em que morrem os moradores de cada um dos 96 bairros da cidade de São Paulo, publicado hoje pela Folha.
Em 33 deles – mais de um terço – morrem antes dos 65 anos, idade que se pretende instituir como mínima para receber uma aposentadoria.
Menos do que os 30 bairros onde a média faz supor que gozariam mais do que meros 5 anos como aposentados, por terem média de óbitos aos 70 anos ou mais.
Isso na cidade mais rica do país. Imagine nos rincões mais pobres desta terra.
E com gente que começou a trabalhar com 14, 15 , 16 anos, ou menos que isso.
As pessoas autorreferenciadas, que dizem que é um absurdo alguém se aposentar aos 55 anos – “no ápice de sua vida produtiva” – esquece que isso pode ser verdade para profissionais liberais ou para profissionais muito qualificados, em geral autônomos.
Para a imensa maioria dos trabalhadores – sobretudo os dos quais se exige esforço físico – é idade na qual já não se consegue emprego ou, quando se tem um, é “chutado” pela idade.
E mais: é difícil a alguém que vive como empregado, ainda mais com a rotatividade do mercado de trabalho no Brasil, sequer se aposente numa coincidência entre 35 anos de contribuição e 35 anos de trabalho. Há os “bicos”, o trabalho por conta própria temporário, os empregos informais, sem contribuição.
Não vou longe: comecei a trabalhar em janeiro de 1978 – há quase 40 anos, portanto – e ainda tenho uns sete ou oito meses para completar os 35 anos mínimos de contribuição. E sou um privilegiado, perto de outros profissionais mais sujeitos à demissão.
A reforma da previdência, desta forma obtusa, é uma condenação à morte sem descanso para o trabalhador humilde.
E a prova é a vergonhosa declaração de Meirelles, que fala que a saída é retirar um pequeno abono dado aos que têm salários mais baixos.
Mas não fala em tocar nos privilégios dos graúdos, sua turma, fiéis ao deus de suas existências, o dinheiro.
No Valor, o Ministro da Fazenda, Henrique Meireles diz que,” se o Congresso Nacional não aprovar a reforma da Previdência, o governo poderá, como uma das primeiras medidas alternativas, acabar com o abono salarial que custa à União cerca de R$ 20 bilhões por ano” e é pago a quem recebe até 2 salários mínimos.
Como a reforma da previdência, a esta altura, reduziu-se, praticamente, ao aumento da idade mínima para aposentar-se, vale a pena refletir sobre o mapa da idade média em que morrem os moradores de cada um dos 96 bairros da cidade de São Paulo, publicado hoje pela Folha.
Em 33 deles – mais de um terço – morrem antes dos 65 anos, idade que se pretende instituir como mínima para receber uma aposentadoria.
Menos do que os 30 bairros onde a média faz supor que gozariam mais do que meros 5 anos como aposentados, por terem média de óbitos aos 70 anos ou mais.
Isso na cidade mais rica do país. Imagine nos rincões mais pobres desta terra.
E com gente que começou a trabalhar com 14, 15 , 16 anos, ou menos que isso.
As pessoas autorreferenciadas, que dizem que é um absurdo alguém se aposentar aos 55 anos – “no ápice de sua vida produtiva” – esquece que isso pode ser verdade para profissionais liberais ou para profissionais muito qualificados, em geral autônomos.
Para a imensa maioria dos trabalhadores – sobretudo os dos quais se exige esforço físico – é idade na qual já não se consegue emprego ou, quando se tem um, é “chutado” pela idade.
E mais: é difícil a alguém que vive como empregado, ainda mais com a rotatividade do mercado de trabalho no Brasil, sequer se aposente numa coincidência entre 35 anos de contribuição e 35 anos de trabalho. Há os “bicos”, o trabalho por conta própria temporário, os empregos informais, sem contribuição.
Não vou longe: comecei a trabalhar em janeiro de 1978 – há quase 40 anos, portanto – e ainda tenho uns sete ou oito meses para completar os 35 anos mínimos de contribuição. E sou um privilegiado, perto de outros profissionais mais sujeitos à demissão.
A reforma da previdência, desta forma obtusa, é uma condenação à morte sem descanso para o trabalhador humilde.
E a prova é a vergonhosa declaração de Meirelles, que fala que a saída é retirar um pequeno abono dado aos que têm salários mais baixos.
Mas não fala em tocar nos privilégios dos graúdos, sua turma, fiéis ao deus de suas existências, o dinheiro.
1 comentários:
Mas o que podemos esperar do Henrique Maisreles? Só baixaria criminosa! Esse desgoverno que aí está nas mãos duma quadrilha já denunciada pelo PGR Rodrigo Janot, necessita de ser derrubado imediatamente e todos os corruptos ladrões trancafiados!
Mas o que o Povo está esperando? 2018? Muito tarde! Tem que agir já para salvar o Brasil da desgraça! GREVE GERAL IRRESTRITA!
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