Crime no jornal O Tempo |
O jornal O Tempo, de Minas Gerais, achou por bem dar espaço a um nazista defender suas “teorias”. Um bom espaço.
Faz sentido?
Faz, no novo normal brasileiro. Do repórter ao editor, passando pelos donos, ninguém questionou e a coisa simplesmente foi publicada.
Afinal, estamos em tempos de MBLs, Frotas, Bolsonaros e Felicianos evacuando um discurso fascista numa boa diariamente. Kataguiri, até ontem, era colunista da Folha de S.Paulo.
Hoje sua milícia ataca a “mídia de extrema esquerda”, que inclui a publicação dos Frias. Assim se legitimam as barbaridades.
A Lei 7.716/89 prevê no seu artigo 20: “Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
O parágrafo 1º prevê o crime de divulgação do nazismo, com 2 a 5 anos e multa. O Tempo deveria ser acionado e responder por isso.
Na matéria, ficamos conhecendo um tal Harryson Almeida Marson, de 29 anos. Ele participou de manifestações em favor do impeachment de Dilma e “é bastante ativo” nas redes sociais.
O Facebook censura fotos de mães amamentando e de quadros com nu, mas Marson pode postar suásticas à vontade.
Provavelmente assessorado por um advogado, a conversa dele é articulada. O que não significa nada - Goebbels também falava de maneira clara e calma quando queria.
Faz sentido?
Faz, no novo normal brasileiro. Do repórter ao editor, passando pelos donos, ninguém questionou e a coisa simplesmente foi publicada.
Afinal, estamos em tempos de MBLs, Frotas, Bolsonaros e Felicianos evacuando um discurso fascista numa boa diariamente. Kataguiri, até ontem, era colunista da Folha de S.Paulo.
Hoje sua milícia ataca a “mídia de extrema esquerda”, que inclui a publicação dos Frias. Assim se legitimam as barbaridades.
A Lei 7.716/89 prevê no seu artigo 20: “Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
O parágrafo 1º prevê o crime de divulgação do nazismo, com 2 a 5 anos e multa. O Tempo deveria ser acionado e responder por isso.
Na matéria, ficamos conhecendo um tal Harryson Almeida Marson, de 29 anos. Ele participou de manifestações em favor do impeachment de Dilma e “é bastante ativo” nas redes sociais.
O Facebook censura fotos de mães amamentando e de quadros com nu, mas Marson pode postar suásticas à vontade.
Provavelmente assessorado por um advogado, a conversa dele é articulada. O que não significa nada - Goebbels também falava de maneira clara e calma quando queria.
Marson jamais vai admitir, por exemplo, que quer se livrar de gays, judeus, negros e quem não for ariano.
Prefere a distinção entre “um homossexual que faz influência nas pessoas com sua arte que jamais será esquecida e um homossexual que ilude a população com vitimismos utópicos e tenta influenciar o jovem a ser como ele”.
O Holocausto é um “holoconto” (“Não houve informação sobre extermínios maciços em Auschwitz”) e Hitler foi “um homem que trouxe prosperidade a um Estado amante de seu povo”. Ah, bom!
Em julho, ele já havia brilhado na Folha com uma camiseta do Pink Floyd, gente fina, revelando que é religioso, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Embora disfarçado, é ódio em estado puro, do tipo que nos transformou nessa cloaca. Os idiotas saíram do sofá, encontraram outros iguais a eles e estão nas ruas, nas escolas e nas portas dos museus.
O filósofo Karl Popper é autor da famoso paradoxo: a “tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância”. Na Alemanha, por razões óbvias, esses monstros não têm vez.
Em agosto, dois turistas chineses foram presos quando faziam a saudação nazi em frente ao Reichstag, em Berlim.
Semanas mais tarde, um americano de 41 anos fez a mesma coisa em Dresden. Tomou um soco na cara de um pedestre e acabou respondendo a um processo por violar as leis locais.
No Brasil, eles ganham as páginas da imprensa.
Prefere a distinção entre “um homossexual que faz influência nas pessoas com sua arte que jamais será esquecida e um homossexual que ilude a população com vitimismos utópicos e tenta influenciar o jovem a ser como ele”.
O Holocausto é um “holoconto” (“Não houve informação sobre extermínios maciços em Auschwitz”) e Hitler foi “um homem que trouxe prosperidade a um Estado amante de seu povo”. Ah, bom!
Em julho, ele já havia brilhado na Folha com uma camiseta do Pink Floyd, gente fina, revelando que é religioso, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Embora disfarçado, é ódio em estado puro, do tipo que nos transformou nessa cloaca. Os idiotas saíram do sofá, encontraram outros iguais a eles e estão nas ruas, nas escolas e nas portas dos museus.
O filósofo Karl Popper é autor da famoso paradoxo: a “tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância”. Na Alemanha, por razões óbvias, esses monstros não têm vez.
Em agosto, dois turistas chineses foram presos quando faziam a saudação nazi em frente ao Reichstag, em Berlim.
Semanas mais tarde, um americano de 41 anos fez a mesma coisa em Dresden. Tomou um soco na cara de um pedestre e acabou respondendo a um processo por violar as leis locais.
No Brasil, eles ganham as páginas da imprensa.
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